Cool é
o quase, o à beirinha, o era só mais um niquinhito e não saber o que isso quer dizer.
o quase, o à beirinha, o era só mais um niquinhito e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 30.12.08 0 comments
Não foi de certeza em castelhano que Sócrates conseguiu criar as condições, seguramente junto do BCE, para a redução das taxas de juro...
Posted by artur at 26.12.08 2 comments
Lembro-me do primeiro Natal em que ofereci prendas à família: compradas todas as prendas, dividi as moedas que sobraram por envelopes que coloquei nos sapatinhos respectivos. Suponho que não tinha nada melhor para fazer àquele dinheiro* do que utilizá-lo para fazer as pessoas felizes.
Das quadras natalícias lembro-me sobretudo das consoadas. E de prendas simples, como uma tabela e uma bola de basket (que me proporcionaram milhares de horas de prazer).
O Natal desde cedo me encantou: da música nos altifalantes da rua da Sofia ao calor da lareira acesa, passando pela tarde passada a ver o Natal dos Hospitais (que, depois do Clemente e do Fernando Pereira, reservava para o fim o Herman e fechava com o coro de Santo Amaro de Oeiras).
Não percebo o fenómeno consumista** das mil prendas, mas também não me perturba. A verdade é que nada parece perturbar a harmonia natalícia.
Ao contrário do que aquela primeira experiência poderia indicar, o dinheiro nunca representou um papel importante no meu Natal***. O meu Natal pode passar bem sem grande dinheiro. Só não pode passar sem paz.
Bom Natal!
artur
* Se não tinha nada melhor para fazer ao seu dinheiro, fez bem em depositá-lo no BPP.
** Agradeça ao BPP por neste Natal de 2008 ter sido menos consumista.
*** Graças ao BPP talvez tenha perdido papel importante, mas veja o lado positivo: de qualquer maneira houve Natal.
Posted by artur at 25.12.08 1 comments
States na Broadway e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 19.12.08 0 comments
querer fazer um documentário ficcionado narrado num fluxo de consciência e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 18.12.08 0 comments
ter sempre um maile para mandar e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 17.12.08 0 comments
saber que uma rotina é uma vitória e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 16.12.08 0 comments
estar em reunião e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 12.12.08 0 comments
derivar em "sonblage" e não saber o que isso quer dizer.
Posted by tcravidao at 11.12.08 0 comments
Tudo o que há para dizer sobre os bancos em crise, pela voz dos Gatos.
Posted by artur at 10.12.08 0 comments
saber que uma juventude perdida é o motor da geração crescida e não saber o que isto quer dizer.
Posted by tcravidao at 10.12.08 0 comments
O que leva alguém a dar o nome de Fundo de Investimento Imobiliário Valor Alcântara (Fundo de Investimento IVA) a um Fundo feito com dinheiros de fraude ao IVA e a criar para gerir o fundo uma sociedade chamada Valor Alternativo (VA)?
Seguramente um retorcido sentido de humor aliado a um preocupante sentimento de impunidade. Os meus parabéns a Jorge Coelho e Dias Loureiro. Quanto ao sentido de humor surpreenderam. E pela positiva.
Posted by artur at 7.12.08 0 comments
pão duro e sardinhas em molho de tomate na praça do império.
Posted by tcravidao at 3.12.08 0 comments
Conversa de velho.
Há 16 anos eu tinha 16.
O grande hit da música portuguesa chamava-se sub 16.
Ninguém tinha telemóvel.
Há 16 ligaram para a secretaria da escola.
Da secretaria foram avisar a minha turma.
Uma colega avisou-me no pátio da escola.
Há 16 acabaram as aulas e fui a correr para a maternidade.
Logo saio a correr para te ver.
Posted by artur at 25.11.08 2 comments
Para ouvir o discurso de Sócrates sobre a crise e continuar com um sorriso nos lábios talvez a solução seja cantar uma velha canção de bebedeira espanhola, que entoavam esta semana uns miúdos no meio de um jogo de bola no bairro de Lavapiés:
"NO QUEREMOS FANTA;
NO QUEREMOS COLA;
QUEREMOS LO QUE TOMA
DIEGO ARMANDO MARADONA!"
Posted by artur at 25.11.08 0 comments
Estar numa qualquer terra e ir ao Café Central não augura, regra geral, nada de bom. Bem, o que é verdade em Portugal não é obrigatoriamente certo em outras partes do planeta. Ir ao Café Central em Madrid foi o fim perfeito para umas belas férias. Para além de um gin tónico que nem vos conto, estivemos maravilhados a ouvir um quinteto de jazz liderado por uma menina de 23 anos chamada Tui Higgins. Apesar de as músicas disponíveis no MySpace não fazerem justiça ao que vimos e ouvimos este Sábado, vale a pena ir lá espreitar.
Posted by artur at 24.11.08 2 comments
Miguel Cadilhe garantiu um PPR de DEZ MILHÕES DE EUROS de um banco falido e somos nós que vamos pagar.
Há quase vinte anos houve um ministro das finanças de Portugal que saiu do governo depois de um escândalo que envolvia um apartamento nas Amoreiras. Como é que ele se chamava?
Posted by artur at 6.11.08 0 comments
A diferença entre Portugal e os EUA é que os americanos podem escolher entre um bom candidato e um candidato de sonho. (E parece que escolhem o sonho.)
Aqui não havia Obamas com hipóteses de sucesso.
Daqui a um ano escolheremos entre o vigarista mentiroso e a bruxa má.
Posted by artur at 5.11.08 1 comments
No século da criatividade temos uma educação que tenta evitar que cada um pense pela própria cabeça. Uma educação que estupidifica.
Temos a escola do Mapa Mundo Portugalcêntrico. A escola das aulas todas dadas em português. As aulas de informática do Windows (e agora do Magalhães?). As aulas de matemática em que todos têm a mesma máquina de calcular escolhida pelo professor. As aulas do papel central dos portugueses na história dos descobrimentos (que só se ensina em Portugal) - quantos meses passamos nisso? As aulas em que nos ensinam coisas de há dois mil anos como verdades incontestáveis mas não nos conseguem dar a certeza de que a Nossa Senhora apareceu em Fátima em 1917 (e já existiam jornais e fotografia...).
Se não formos educados para pensarmos pela nossa cabeça não estamos a ser preparados para viver neste mundo. Não há Plano Tecnológico que nos valha se não conseguimos ver o mundo como o vêem os vários outros. Talvez um bom começo fosse começar pelos mapas.
Posted by artur at 30.10.08 0 comments
A extracção do petróleo que a GALP "descobriu" no Brasil só é rentável com o preço do barril a rondar os 80$, ou acima.
O preço do petróleo baixou hoje, pela primeira vez desde Fevereiro de 2007, a fasquia dos 60 dólares o barril.
Os pequenos carros eléctricos chegarão em força ao mercado americano já em 2009.
É um bom dia para vender aquelas acções da GALP que ainda tinhas esperança que voltassem a subir. O mercado não tem dúvidas disso e a GALP lidera os trambolhões no PSI-20.
Não é a crise internacional. É o mundo real.
Posted by artur at 27.10.08 4 comments
Segundo estudo divulgado hoje pela OCDE, Portugal é um dos países pertencentes àquela organização com maior desigualdade na distribuição do Rendimento, sendo apenas suplantado nesse indicador negativo por México e Turquia.
Vale a pena brincar um bocadinho com estas estatísticas no GapMinder. Vejam o gráfico que preparei, com o indicador mais comum de desigualdade da distribuição de rendimentos. Vale a pena. É só carregar no play. Vejam como estamos a milhas dos países nórdicos, como estamos a divergir dos países europeus (Espanha aparece como exemplo, mas experimentem activar outros), e como o México se aproxima de nós (com maior rigor, deveria dizer que nós nos aproximamos deles...).
Posted by artur at 21.10.08 9 comments
Banqueiros e investidores juntam-se em marcha de protesto, exigindo plano do governo que os ajude a ultrapassar este momento de crise.
Posted by artur at 20.10.08 0 comments
As horas passadas a tentar simplificar as teorias da Nova Geografia Económica ganharam hoje um novo valor.
Posted by artur at 13.10.08 1 comments
Amanhã é dia de a bolsa subir um bocadinho ou continuamos no escorrega?
Posted by artur at 12.10.08 0 comments
foi quanto caiu o indicador principal da Bolsa de Lisboa no último ano. O mais engraçado é que, alargando o gráfico para um ano, esta crise do sistema financeiro quase nem se distingue da tendência geral do ano.
Na verdade, parece cada vez mais inegável que esta crise ajuda e muito o governo Sócrates, mascarando de efeitos colaterais de uma crise internacional as consequências directas de mais de uma década de governos desastrosos liderados por políticos medíocres.
Posted by artur at 11.10.08 0 comments
Há mais ou menos 15 anos jogava-se um jogo para PC chamado SimCity. Era um jogo de estratégia cujo objectivo era construir, de raiz, uma cidade. A grande restrição ao sucesso no jogo era o dinheiro disponível para investir na cidade.
Um amigo mais atento descobriu que bastava a qualquer momento durante o jogo escrever a palavra FUNDS para o dinheiro disponível aumentar substancialmente. Mas havia um problema. Inevitavelmente, pouco tempo depois da trapaça, um desastre natural abatia-se sobre a cidade, destruindo-a quase por completo.
Solução: escrever funds, receber o dinheiro, gravar o jogo e sair do jogo. Quando se voltava a entrar o jogo mantinha o dinheiro-extra, mas não guardava a memória da batotice, pelo que a catástrofe natural não se abatia sobre a cidade. Era o melhor de dois mundos.
É esta a essência do plano Paulson. Investimentos loucos que permitem a um grupo de pessoas, em particular os gestores de bancos e sociedades de investimentos, ganhar muitos milhões de dólares. Enquanto o mercado sobe essa malta ganha fortunas. Quando a catástrofe inevitável se abate sobre o mercado, penalizando os que arriscaram em demasia, estes usam a sua influência para que o resto da sociedade pague os seus desvarios. O plano Paulson é o "gravar" e "sair" do Capitalismo.
O Plano Paulson não é desenhado para ajudar estes proprietários de casas agora falidos. E bem, porque eles são responsáveis pelos investimentos que fizeram em casas. O Plano Paulson ajudará os banqueiros e os gestores dos bancos, que em poucos meses estarão novamente a receber salários obscenos e prémios de produtividade de milhões.
No fim de tudo, neste Capitalismo de batotice, grandes impérios serão construídos, mas não por sabedoria ou grande conhecimento dos mercados financeiros. Por trapaça e chico-espertice e por exploração do trabalho dos americanos que não fizeram asneira, que não compraram a casa errada, que não enganaram ninguém, que não quiseram enriquecer facilmente, e que, injustamente, pagam 700 mil milhões de dólares de batotice alheia.
Pagará, no fim, a economia americana, que investirá o trabalho de um ano de mais de 33 milhões de americanos (contas feitas para um custo de 10 dls./hora) para comprar um monte de nada.
Pagarão os americanos sérios para que os americanos trapaceiros, que conseguiram mudar as regras a meio do jogo, enriqueçam.
Posted by artur at 5.10.08 0 comments
Voltar a andar. Não consigo descrever a alegria.
Posted by artur at 9.9.08 6 comments
O filme que mostra tudo terá a sua estreia na Gabardina.
Gabardina: o blog que apoia os filmes que mostram tudo!
Posted by tcravidao at 5.9.08 0 comments
Cadernos bonitos, com imagens do desenho animado preferido ou do Cristiano Ronaldo.
Este ano não há. É a crise. Só os cadernos mais baratos do "De Borla". Capas feias e papel fraco.
Na primeira página, os pais conscenciosos, para darem o exemplo aos filhos, deveriam escrever, em letra bem feita e sem erros ortográficos:
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
A culpa é minha, que continuei a votar no PS e no PSD.
Posted by artur at 1.9.08 0 comments
Posted by Catarse at 30.8.08 0 comments
Jaguar E-type
The age of the understatement
Tu
O primeiro golo na primeira cerveja
10 minutos de ronha & longos dias na praia
Tom Sharpe & Douglas Adams
The big chill, Top Secret & The life of Brian
"Ambas as duas", "Espétaclar" & "Bestial"
As papoilas saltitantes
O Belmiro na Amadora (Sound&Image)
The Pillow Man
The falling water
Apple
Deste Género
A Camponesa
Rir (mesmo que inacreditavelmente inapropriado)
Posted by Catarse at 29.8.08 0 comments
Se belo é comer pistácios frente a uma madrassa em Samarcanda, então sublime só pode ser conhecer Tânger em 45 minutos, digo 30, vá 20 esticadinhos.
Posted by tcravidao at 28.8.08 0 comments
Belo é odiar tarefas burocráticas, sublime é executá-las na perfeição.
Posted by tcravidao at 28.8.08 0 comments
Quero acreditar que há uma relação inversamente proporcional entre o belo e o sublime.
Posted by tcravidao at 25.8.08 0 comments
Sem cair nos abusos de rebarbamento masculino, é possível apreciar condignamente a beleza feminina como ela merece. Mais ainda quando o torcicolo ou a ginástica para a boa práctica da observação é justa e merecida. Se há bons motivos para perder o controlo do automóvel, para deixar as compras esparramadas pelo chão ou esbarrar de tromba num poste é a passagem de uma digna representante do género feminino. Dá gosto ver uma miúda, rapariga ou mulher que sabe potenciar as suas qualidades sem se exibir, conseguindo o efeito pretendido de deixar os miúdos, rapazes e homens (não necessáriamente por esta mesma ordem) a babar com ar perdido. O olhar (de pescoço torcido em angulos anatomicamente pouco recomendáveis) é o mínimo louvor que se pode ensaiar, dispensando-se o ar ordinário de quem fazia e acontecia (e tantas vezes depois se ficam pelas intenções), mas orlando a cara com um sorriso (um pouco aparvalhado por vezes, admita-se) e/ou proferindo umas quantas palavras elogiosas criteriosamente escolhidas (principalmente no timming) pode contribuir-se para uma bem merecida massagem ao ego de alguém. O esforço (que não é pouco, dadas as limitações e dores que provocam os saltos altos e as armações metálicas dos soutiens, as horas e dinheiro gastos em maquilhagem, cabeleireiro e roupa, as dietas loucas e a tortura do ginásio e da depilação) para se ser apreciada tem de ser apreciado! Por mim falo, que vivi uma adolescência em que as raparigas pouco diferiam em vestuário dos rapazes e quase nada exibiam a sua feminilidade (sem culpas próprias que anos volvidos sobre a estúpida moda da altura algumas estão aí para as curvas - e que belíssima escolha de palavras). Não escondo do que gosto e gosto de saias. Gosto de vestidos. Gosto de decotes. Gosto de formas reveladas ou intuídas. Tudo com gosto e critério de quem sabe que não há perfeição completa (salvo aquela para quem os meus olhos não se cansam de olhar mas admito, nesse particular, falta de isenção) e potencia pontos fortes, escondendo as fraquezas.
Para mim, longe dos ideiais de beleza clássica ou da lascividade do quase nu, gosto de um look casualmente descontraído, até alternativo, mas com algum requinte de quem sabe tratar de si e tem confiança nas suas qualidades. Quando salpicado por um sorriso de derreter pedra, um porte elegante, uma pele morena, cabelos revoltos e pelo cheiro certo (tão importante!), está encontrada a fórmula mágica! Eu, pelo menos, já verifiquei várias vezes e o resultado é sempre o mesmo: noves fora, tu!
Posted by Catarse at 24.8.08 0 comments
Os engates de Verão são, como a estação, tórridos, intensos, despreocupados e efémeros. Acontecem quando menos se espera (ainda que se possam procurar com afã) e acabam atropelados pelo seguinte ou pelo fim das férias. São, muitas vezes, movidos pela inconsequência do que dali virá e alimentados à noite, com calor, copos, danças e pouca roupa. As técnicas são variadas como variada é a oferta de ambos os sexos. Mais discretos, mais exuberantes, mais agressivos, mais sorrateiros, mais bem sucedidos ou tampas do pior, o segredo do sucesso está na comunhão das intenções, gostos, ritmos e apetites. Há quem se desinteresse por jogadas lentas, sem tempo a perder para partir para a próxima, e há quem goste de uma boa corte, elaborada e persistente. Com gestos, palavras, imagem ou movimentos, com a ajuda de um winger (leia-se amigo/a) ou solo, kamikaze ou estratega, informações privilegiadas ou no escuro, gosto de apreciar o desenrolar destas cenas como se de um documentário se tratasse. Então tendo com quem comentar é um pitéu. Chamem-lhe voyeurismo ou bisbilhotanço mas a novela da vida real acontece à nossa volta e o enredo é suculento, cheio de bons personagens, uns mais comuns, outros únicos, onde nos podemos reconhecer ou especular sobre o que faríamos nos seus lugares. Com o extra de poder ouvir os diálogos ou em mute, divirte-me imenso palpitar sobre o que se passa num restaurante, numa discoteca, numa praia, numa esplanada, no local de trabalho. Quem diz engates e amantes, diz teorias da conspiração à escala planetária e tramas dignas de Le Carré. Muitos destes filmes terão apenas uma pálida conexão com a realidade dos factos, sendo que tantas vezes se desmoronaram num instante de revelação e mais ainda ficaram por confirmar o que verdadeiramente seriam, mas valem pelos momentos de puro deleite com pérolas incríveis, pela intuição/imaginação com que se apuram os pedaços soltos e pela perspicácia com que se apanham detalhes relevantes. Depois cabe a cada realizador improvisado editar o épico a gosto. A diversão está garantida!
Posted by Catarse at 23.8.08 1 comments
Ainda que alguns episódios tenham sido algo caricatos, fazendo acreditar que enquanto uns foram para as ditas Olimpíadas e outros apenas para as OlimPiadas, é sempre de saudar uma das melhores prestações de Portugal neste tipo de eventos.
Glória aos vencedores e honra aos vencidos seria a postura ideal para as prestações de atletas que se querem imbuídos de vontade de competir e vencer. As metas de um país como o nosso, que ainda mal consegue prover-se internamente de estruturas para a práctica de várias modalidades e que conta com uma pequeníssima base de recrutamento, não podem ser elevadas ao nível que os discursos dos dirigentes as levantaram dando como certas medalhas ainda no cu da galinha (ainda que seja a favor da inclusão de notas de ambição e confiança) sob pena da desilusão e desmoralização de quem tem reais chances de conseguir algo. E nem só do Ouro do Nélson Évora se vive, como prova a digníssima Prata da Vanessa Fernandes ou o quase Bronze do Gustavo Lima. Há máximos pessoais e recordes nacionais para bater, experiência para acumular e ensinamentos a tirar para futuras participações, isto tendo em consideração que os apoios estatais são limitados e não dão para todos, tendo de existir um crivo e uma bitola para cada um, consoante as suas reais capacidades e potencial desportivo.
Para corrigir fica a falta de apoio psicológico aos atletas para os preparar para a ansiedade de performance que fez alguns baquearem (como a Naide Gomes) e a falta de preparação para a exposição mediática que levou às sobejamente conhecidas declarações sobre os hábitos matinais de alguns atletas. Isto para não falar na azia e falta de fair play reveladas com as queixas contra a arbitragem, mais habituais no nosso futebol mesquinho do que na elite do desporto, onde se querem ver exemplos e modelos de comportamento para todos. O trabalho de sapa para a próxima edição passa, na minha opinião, por aqui e também pelo maior incentivo em termos de parques desportivos capazes de aliciar jovens para a pratica das modalidades olímpicas. Este não é um investimento fútil pois o desporto cumpre não só objectivos de manutenção da saúde, como controlo da obesidade e stress ou combate à droga e ao tabagismo, de que todos podemos tirar dividendos, mas também sociais como via de afirmação e sucesso para todos aqueles que adoram o prazer da competição e da pratica desportiva.
De manhã é que não, porque não sou muito dado a esse tipo de eventos e os adversários são muito fortes.
Posted by Catarse at 22.8.08 0 comments
Um amigo disse-me um dia que era no extremo da competição que se revelava o verdadeiro feitio de cada um. Eu concordo mas acrescento outro valoroso campo para a observação sociológica: a praia.
Despidos dos pruridos das vestes ocidentais (agora convertidos à moda indo-árabe-asiática das túnicas, sarongues, pidangues e calças não sei quê), revela-se mais do que o que está à vista e se à vista desarmada há coisas que nem à bala lá iam, estendendo a experiência a toda a capacidade de percepção sensorial captam-se subtis nuances que vão bem para além da camada celulítico-adiposa, do couro bronzeado e estafado, das curvas reveladas pelo bikini cavadão (nobre e sentida homenagem a essa banda rock de São Paulo), das tatuagens e piercings que ritualmente se pavoneiam pela areia (ainda não tenho mas não estão arredadas de todo das cogitações), das mamas espetadas e dos rabos caídos, dos surfistas de domingo, das tias enxutas, dos meninos engatatões, das pin-ups siliconizadas, dos namorados e namoradas enlevados de paixão (não necessariamente emparelhados nesta mesma ordem mas empenhadamente empilhados na ilusória solidão de quem não tem olhos para mais nada do que o seu mais que tudo), dos prosaicos, vetustos mas indispensáveis vendedores da bola de berlim provida ou não do proverbial creme, dos baywatchianos mikes que atentamente vigiam a costa de pijama amarelo e vermelho rodeados de babes loiras, dos cães que, analfabetos, 'tadinhos, não sabem que transgridem ao passear-se no areal, dos piqueniques familiares gloriosos (já pouco vistos no seu real esplendor das feijoadas cozinhas no camping gás ou mais afoitamente na fogueira nas dunas), da geleira azul recheada de calorias, do guarda sol da Sagres, da toalha das enfermeiras em lingerie, do jornal desportivo que se desfolha ao vento, do "cantante" a pilhas que abafa o detestável som do mar que enrola na areia, das raquetes cada vez mais pujantes nas suas trocas de bolas empunhadas por Nadais e Kornikovas, ou mais comummente por McEnroes e Navratilovas, da bola que brinca na arena de areia dos brinca na mesma, das construções e castelos de areia erguidos por futuros engenheiros e destruídos por sádicos pedreiros, do volley que teima em não ganhar nada mas pulula, salta e avança como o sonho de uma criança, do poupadinho protector solar (de que gosto tanto do cheiro) usado com parcimónia como se de um raro perfume se tratasse...
Ahhh... a praia! O que vale é que isto é só saudade do fim de semana a falar e Sábado lá estarei a engrossar as filas de trânsito de capota aberta para ir poupando tempo de exposição solar enquanto inalo a minha dose de escape!
Posted by Catarse at 21.8.08 0 comments
Bricolage, o hobby favorito de milhares de pares de mãos destras (e alguns ímpares de pares de mãos menos aptas), ganhou alento com o advento das grandes superfícies de materiais de construção e ferramentas como, passe a publicidade, o AKI e o Mestre Mako, e lojas de peças como o IKEA. De repente, como se debaixo das pedras (ou, mais precisamente, do conforto dos sofás) surgissem, viram a luz neo marceneiros, carpinteiros, electricistas, pintores, canalizadores (o meu ponto fraco; detesto), decoradores de interiores (e utentes dos serviços de atendimento permanente do sistema nacional de saúde), que revelaram habilidades insuspeitas para a construção (ou, tão mais frequentemente, para a demolição). Existe dentro de cada gajo (e de algumas sadias rapariginhas também, ainda que os brinquedos possam diferir) um secreto apelo pelo manuseio de powertools, como se de uma manifestação de masculinidade se tratasse agora que as pelejas entre ufanos machos pelas atenções das dengosas femeas caíram um pouco em desuso. É vê-los de rebarbadora em riste, martelos em barda e pincéis ao alto! Parafusos, buchas, interruptores, calhas, ripas, decapantes, tintas, nada escapa à voracidade da transformação do lar em estaleiro à velocidade da luz (que tão frequentemente se esquecem de desligar antes de mudar a lâmpada da casa de banho para gáudio e contentamento das varajeiras que apreciam a carne bem passada). O imaginário feminino de ter a hora coca-cola light lá em casa é apenas decepcionado aquando do aparecimento do suposto operário robusto, brozeado e musculado transfigurado em sedentário rocinante de barriginha tombada por cima do cinto de ferramentas e mãos delicadas de princesa-não-me-toques, com a mesma habilidade para a coisa que um carapau para a prática do ping-pong a pares. Noutro tema, já vos disse que tenho um berbequim de 650 watts com percussão, capaz de transformar em segundos a mais solidamente construída parede num inestético passevit de estuque e tijolo? 4 sílabas: Es-pé-ta-clar! 3 algarismos: 112! 2 vezes: aquelas que tenho de pensar antes de me meter noutra destas! 1 palavrão, repetido vezes e vezes sem conta...
Posted by Catarse at 20.8.08 0 comments
Muitos especulam sobre o efeito dos gases de estufa para explicar a instabilidade do clima e este Verão da caca que temos tido. A minha teoria é bem mais prosaica, sendo, todavia, perfeitamente cabal na relação causa-efeito: faltou a leitura dos desportivos ao fim do dia na praia. Tradição de tempos imemoriais, ficou este ano arredada do panorama por falta de férias (apesar dos fins de semana, o adágio "o que hoje é verdade, amanhã é mentira" desse ícone futebolístico do bom tempo, Pimenta Machado, não se compraz com uma leitura esporádica - exige dedicação diária dos 3 jornais para não perder pitada e as 5 a 10 contratações da praxe quase, quase certas). Para não se perder tudo, fica a análise dos grandes sem que tenha visto sequer um joguinho de amostra, leia-se pré-época:
SCP: Boas e cirúrgicas contratações, com o habitual recurso a portugueses, jovens e retornos a casa. Alguns serão flops, outros certezas em ascensão mas o grupo está melhor que no ano passado, pelo menos no meio campo. Defesa é o ponto mais fraco. Ataque é incógnita, ainda que um bom momento do Yannick (detesto) disfarce a ausência do Liedson e as peças novas do Derlei ainda não tenham enferrujado. Moutinho e Veloso falaram demais e resta saber se irão, eles próprios ou o clube, pagar por isso.
FCP: Estranha pré-época com saídas grandes e entradas esquisitas. Grupo desequilibrado e em vias de perder um desequilibrador (no bom e no mau sentido, de facto ou apenas mentalmente). Laterais são o ponto mais fraco da defesa (sempre houve um trauma com laterais para aqueles lados). Ataque forte (ou não tenha lá um Hulk) mas sem concorrência para Lisandro. Meio campo Lucho-dependente e sem pivot defensivo. Treinador é, claramente, o mais fraco dos três e isso vê-se nas contratações e na falta de garra na táctica montada para a Supertaça.
SLB: Mais um ano, mais uma renovação. Esta parece-me melhor que as anteriores (tanto nas saídas como nas entradas e também no treinador escolhido) mas, como sempre, exige-se tempo para ganhar rotinas que a rotineira exigência de títulos normalmente não permite. Meio campo muito (e bem) reforçado. Defesa é ponto mais fraco (à direita e retirando, inclusivamente, Katso do meio campo, pelo menos até regressar David Luís). Ataque é incógnita apesar do bom momento de Cardozo, Di Maria (em Pequim) e promessas de Urreta (falta Aimar como deve ser, integrar Reyes e virá ainda Luís Garcia?).
Será, certamente, um campeonato mais equilibrado e Braga, Vitória de Guimarães e Belenenses mantém aspirações a serem os bravos do pelotão.
Posted by Catarse at 19.8.08 0 comments
Posted by Catarse at 18.8.08 0 comments
-O que vai ser?
-Um copo de leite frio.
-Aqui tem: o copo, o leite e o frio. É só?
-Estou casado.
-É só?
-Sim, sou.
-Então, tome um pastelinho de nata torrado.
Posted by tcravidao at 14.8.08 1 comments
-E o galão?
-Nem muito quente, nem muito frio, nem muito morno.
Posted by tcravidao at 13.8.08 0 comments
Programa para uma tarde em família.
14 às 16 - Acartar cadáveres de varejeira.
16 às 18 - Empilhar larvas de Drosophila.
18 às 18:30 - Lanchar.
Posted by tcravidao at 12.8.08 0 comments
Não fosse o suor absorvido pela roupa e diria que o Verão era perfeito.
Posted by tcravidao at 6.8.08 0 comments
Não fosse a notável capacidade de reter lentes de contacto e diria que os cabelos presos no ralo da banheira não tinham função alguma.
Posted by tcravidao at 1.8.08 3 comments
O Verão tece cumplicidades entre os que permanecem nas cidades. Para além do jogo cumpli (os que partilham) cidades (cidades), há entre os que ficam uma sobranceria sobre os que partem que nasce por um lado, da calma que é a decisão de não ir a lado algum: não ter de arrumar nada, de não ter de cumprir horas de chegada, rituais de praia ou de campo e, por outro, da certeza que o êxodo trará lugares para estacionar, noites sem trânsito e cinemas vazios. Só durante o Verão é possível conhecer as filhas de 12 anos do dono do café e o gato que mia mal sente barulho nas escadas. O Verão é nas cidades momento comovente e urbano. Trabalhar no Verão é estar um pouco acima das regras de produção.
Posted by tcravidao at 29.7.08 1 comments
Há um qualquer significado escondido em tudo isto ou não me tenham outro dia diagnosticado paranóia e mania da perseguição. Disso não me restam dúvidas, até porque raramente as tenho (ou me lembro delas, graças ao Alzheimer) e nunca me engano (ver ponto anterior). Demasiadas consequências (chuva em novembro, natal em dezembro), demasiadas coincidências (cai neve em nova iorque, faz sol no meu país)... chamem-lhe o que quiserem e concordem em discordar mas apenas na terminologia (ou na liturgia, homília, demagogia, aerofagia), que de resto é apenas acessória (quem diz "acessória" quer normalmente dizer "essencial" mas escreve "axeçória", graças ao novo acordo ortográlhico). Qual é a grande diferença entre sacrificar uma virgem a um vulcão ou no voto de castidade? O desperdício é o mesmo e mais valia irem representantes dos mais dignos sectores de actividade do nosso país, como políticos, deputados, presidentes de câmara ou de clubes de futebol a estagiar em Londres (o presidente, não o clube) ou daqueles condenados a continuar a vender fruta de dormir, juntamente com alguns turistas-mais-mediáticos-que-deixam-dois-filhos-a-dormir-e-ups-esta-está-morta-leste-bem-o-folheto-informativo?-eu-sou-só-mãe-tu-é-que-ias-ser-ministro-da-saúde-deixa-lá-pode-ser-que-ainda-a-raptem. Afinal escolhemos uma democracia representativa e cada um tem aquilo que merece. E, mais a mais, para uma virgem há remédio, para a corrupção até agora não, pelo que seria de tentar o vulcão (rima e é verdade). The thing is, bottom line, the truth is out there, mesmo depois dos Ficheiros Secretos terem acabado e de já não ver televisão há 4 meses! Para quem a quiser ver, a verdade e não a televisão (sim, estou a sofrer de privação), para quem não se resignar a aceitar os dogmas da tradição (como por exemplo que o sol nasce todos os dias e, quando o faz, é para todos - vide hoje) e estiver disposto a ver um pouco mais além (mesmo sem a ajuda de psicotrópicos, legais ou ilegais). Sem cair na tentação da seita (ver portistas) ou assumir a postura do pragmatismo terra-a-terra (ver sportinguistas), lentamente as peças do puzzle caem no seu lugar (ver plantel do Benfica, campeão em 2008/9). Da sociologia à geologia, da física à psicologia, da biologia à economia, do horóscopo da Dica da Semana (grande fã!) ao estudo da influência nefasta do carbúnculo na precessão dos equinócios, os limites do conhecimento humano expandem-se (ao contrário do poder de compra e estabilidade social e acompanhando a inflacção, as taxas de juro e o desemprego) e as barreiras onde engavetámos as disciplinas dissolvem-se, tornando tudo num grande puré de batata cósmico (a Grande Teoria do Tudo, com a resposta à pergunta fundamental sobre a Vida e o Universo, que qualquer boa alma que tenha lido Douglas Adams sabe que é 42 e que o que verdadeiramente falta é, como sempre, a pergunta). Com grumos, para chatear aquela malta arrumadinha com pretensões à perfeição. Aproveitando as lições da História, porque nem tudo o que é passado é mau (vide Eusébio) e nem tudo o que é mau é Salazarista (vide LCDs da Quinta da Fonte), mas sem ficar preso ao presente (até pela irritante tendência que este tem para passar de moda), existe uma atracção inexorável para a mudança que acelera vertiginosamente (certamente pelas magníficas autoestradas pré-eleitorais, mas a pé porque não há dinheiro para a gasolina, quase vazias pela concorrência do TGV e OTA que admiramos embasbacados e orgulhosos de fora porque não há dinheiro para bilhetes) em direcção ao futuro, certamente simpático no modo como nos oferece uma reforma adequada aos cargos de gestão e política que todos tivémos e onde fizémos pela vida seguindo o lema de um por todos e cada um por si, com os PPRs que encarecem o petróleo, seguros de saúde para pagar o risco de termos privatizado a saúde e seguros de alimentos porque alimentos seguros já não há.
Valha-nos a certeza das estações, com este Verão incrível que temos tido!
Posted by Catarse at 26.7.08 0 comments
Posted by Catarse at 20.7.08 1 comments
Viajo no comboio para Lisboa e escrevo porque sempre foi assim. Depois de pela primeira vez ter inaugurado o modelo E-112 na segurança social de Coimbra, fico com a sensação de que nenhuma das funcionárias fazia puto ideia do que acabou de fazer. Enfim… talvez seja essa a história que resuma tudo isto…ninguém faz puto ideia. Nem a mãe que à minha frente agride, sim, isso mesmo, agride o que presumo ser a filha. Porque só agredimos quem gostamos, esta mãe agride com palmadas, olhares tensos de raiva uma menina vestida de azul que tenta coçar o nariz com os pés para lhe tentar chamar a atenção. A mãe frenética mexe no telemóvel. Há pouco ligou para o que presumo ser o pai da Mónica. Disse como a Mónica se estava a portar mal e de birra e etc… “Caro pai da Mónica, eu que vi tudo até aqui, posso garantir que a Mónica se está a portar muito bem, a sua mulher é que se porta mal”. Claro que não tenho um telemóvel para filmar, nem uma televisão para mostrar, mas prefiro ver um professor a ser empurrado, ou um juiz a levar um sopapo do que uma Mónica a levar palmadas da mãe estúpida. É que os professores e os juízes podem defender-se, a Mónica não.
Posted by tcravidao at 7.7.08 0 comments
A grande vitória do agressor não é bater no agredido - esse é, aliás, apenas um sinal de fraqueza. O agressor vence quando consegue incutir no agredido um sentimento de culpa que o impede de se revoltar, de lutar contra a agressão ou de a denunciar.
Da mesma forma, as vitórias de FCP e Pinto da Costa sobre o Benfica e o futebol não são os subornos, as manobras de manipulação de instituições, nem sequer as vitórias "desportivas" que a corrupção lhes garante - comprar árbitros é apenas sinal de fraqueza.
Vitória do FCP/Pinto da Costa é quando os benfiquistas se começam a convencer de que a corrupção e as derrotas são culpa do Benfica. Dos seus dirigentes, treinadores e jogadores.
Não digo que o Benfica não cometeu erros - as vítimas de violência doméstica também não são perfeitas - mas a confusão entre erros e merecimento da violência é errada e é, exactamente, o objectivo do agressor.
O agressor vence quando vejo auto-intitulados Novos Benfiquistas a assumirem a culpa, omitindo ou desvalorizando a agressão.
O FCP vence quando, ao mesmo tempo que cresce a culpa no agredido, a pequena réstia de consciência do agressor é completamente ignorada. Vence quando se consegue convencer de que não bate e de que é, na verdade, a vítima.
O que se passou no futebol português nos últimos 30 anos é mais do que evidente. Não precisamos de quinhentinhos, cafés, fruta nem Calheiros como prova. Todos os que vêem futebol sabem.
É inaceitável e isso é independente dos erros do Benfica.
O Benfica precisa de um psiquiatra e de um serviço de apoio à vítima. O Benfica precisa de benfiquistas com nova força e coragem e não de Novos Benfiquistas. O Benfica e o futebol precisam de honestidade e justiça. Dos treinadores e jogadores falamos depois.
Posted by artur at 2.7.08 0 comments
O que é que faz de um filme, um filme e de um médico um médico?
Um quadro, um homem, uma viagem e de um bolo de arroz…
um quadro e não uma coisa pintada,
uma viagem e não um êxodo,
um bolo de arroz e não farinha-açúcar-ovos. O que é que faz de uma coisa uma coisa e não a mera soma dos seus componentes?
O que fica se tirarmos ao filmes a câmara, a luz e a acção e aos médicos os conhecimentos técnicos.
O que fica de uma viagem sem deslocação ou de um bolo sem fermentação?
Posted by tcravidao at 2.7.08 1 comments
2 de Julho de 1998. 10 anos amanhã. A Praça mais bonita do mundo cheia de milhares de pessoas. Dos rapazes que vêem na imagem só quatro contam. O das riscas, da Istrice, na retaguarda, ficou com uma pista de partida má. O de roxo, da Torre, está a ser tapado pelos inimigos da Onda, de azul e branco, enquanto o de amarelo e verde, da Oca, amiga da Onda e inimiga da Torre, corre tranquilo para a vitória. Os outros tipos, tramados pelo sorteio dos cavalos, correm em pilecas, sem qualquer hipótese de triunfo.
Um ano antes aquele pouco mais de minuto de corrida teria tido tanto significado para mim como este texto deve estar a ter para quem o lê. Naquele dia, a emoção foi enorme. Pela beleza do que se passava à minha volta, mas sobretudo porque estava a três dias do fim da minha aventura.
A dor desses três dias foi seguramente diferente da dor que sinto neste momento. Mas são duas das maiores que já tive. E o que custa é a certeza de que há dores muito maiores por aí à solta. O que dá vontade é abraçar esta dor grande que sei pequena, habituar-me a ela e trazê-la comigo, como gostaria de ter trazido aquele ano. Talvez seja ilusão, mas parece-me que o que está sempre connosco, o que acarinhamos, não nos pode magoar assim tanto.
Agora que a dor começa a passar, dá vontade de lhe piscar o olho e dizer "vem daí comigo!" O meu medo é que com as dores grandes-grandes já não seja assim.
Posted by artur at 1.7.08 5 comments
Posted by Catarse at 22.6.08 0 comments
Belo jogo, sim senhor.
Só vi parte de metade da segunda parte,
de pé, com muita gente à frente,
de cisco no olho direito e alergia no esquerdo,
a espirrar continuamente,
de pé – já disse –
com uma mulher ostensivamente grávida, a beber ostensivamente cerveja,
e duas lésbicas no mel.
Tinha pressa que terminasse:
O jogo, o cisco, a alergia, os espirros e a cerveja,
Havia filme às dez na cinemateca.
Posted by tcravidao at 20.6.08 0 comments
Passaram 23 anos sobre o Alemanha-Portugal mais famoso de sempre, marcado por este golaço do Carlos Manuel.
Posted by artur at 19.6.08 1 comments
Agora que a Galp nos castigou pelo boicote, encerrando os seus postos de gasolina assim que se ouviu falar em bloqueio; Agora que o governo pode descansar, continuar o trabalho das últimas décadas e culpar a crise mundial; Agora que estatísticas estúpidas e parciais nos tentam convencer de que somos todos burros; Agora que a nossa única alegria com o país era a ilusão com a nossa selecção, o melhor seleccionador que Portugal alguma vez teve vai embora.
Preparemo-nos então para ter como seleccionador um qualquer Sócrates, Menezes, Santana, Durão ou Guterres do futebol.
Até lá, gozemos as últimas duas ou três semanas de empenho e magia do Ronaldo e Cia.. Foi bom.
Posted by artur at 12.6.08 2 comments
Posted by Catarse at 12.6.08 2 comments
Posted by Catarse at 11.6.08 0 comments
Posted by Catarse at 10.6.08 1 comments
Falta um nome para a selecção. Com mística. Como "Os Magriços". Isso é classe e moral! E falta um hino à selecção. Como o dos Da Weasel em 2004. Com ritmo. Enquanto não temos esse, fica uma brincadeira:
Selecção
Alguma coisa acontece
No meu coração
Logo que sai uma bola
Dos pés do Simão
É que quando olhei para ti
Eu nada entendi
Das corridas loucas
Do grande Petit
Das fintas estranhas
Do puto Nani…
Ainda não havia
Para mim Scolari
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece
No meu coração
Logo que sai uma bola
Dos pés do Simão...
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
De mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio
O que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes...
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem quer na baliza
Outro que não o Ricardo
Aprende depressa
Que é adepto bastardo
Porque és o orgulho, o orgulho
O orgulho, o orgulho...
Do povo oprimido nas filas
Nas ruas, vielas
Que para meter gasolina
Esvazia as panelas
Que sofre e só ri
A sonhar com estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos e espaços
Cristiano e Deco
Teus deuses da relva...
João Moutinho
Sangue novo
Bosingwa
Sempre a rasgar
Centrais a comandar
E os portugueses sonham
Até ao Verão
Sempre que sai uma bola
Dos pés do Simão...
Roubado e adaptado de Sampa - Caetano Veloso
Posted by artur at 9.6.08 6 comments
- 11 horas de sono
.
- Arrumar a casa
.
- Crisântemos brancos
.
- Spa, Ritual do Amor
.
- Petiscos & Selecção
Posted by Catarse at 7.6.08 2 comments
Posted by Catarse at 6.6.08 4 comments
Posted by Catarse at 5.6.08 0 comments
Trabalhos de hoje:
Posted by tcravidao at 5.6.08 0 comments
Duas:
Descida ao Alandroal colocar uma J V C GZ 344 sobre um pintor
Aula de estética.
Posted by tcravidao at 4.6.08 0 comments
Posted by Catarse at 4.6.08 0 comments
Tarefas:
Reunião para apurar custos de edições discográficas.
Apresentação de proposta de vídeo clipe e elaboração de cronograma.
Seguimento do percurso de cabo para disco Lacie.
Compra de consumíveis de vídeo.
Aula de argumento.
Posted by tcravidao at 3.6.08 0 comments
- Organizar o arquivo físico das submissões com impressão em papel, respectivo armazenamento em dossier com lombada identificada e preenchimento da ficha de histórico do arquivo;
- Enviar email com tracking number e identificação da última submissão para agente nos Estados Unidos, WW;
- Fazer manutenção de utilizador da impressora Xerox Phaser 6360 e da Xerox WorkCenter 7245 PCL 6, com troca de consumíveis (tinteiros, fotorreceptores, toner waste containers e fusor);
- Fazer encomenda de material do economato para o mês de Junho, conforme necessidades e existências;
- Pesquisa no arquivo do material de embalagem de versões submetidas de material de 2006.
Posted by Catarse at 3.6.08 0 comments
Posted by Catarse at 2.6.08 0 comments
Reportando-me à Sexta-feira passada, eis as tarefas que executei:
Filmagem das gravações do álbum de Samuel Úria (Flor Caveira);
Procura de mini-disc para som directo;
Escrita de e-mail de agradecimento pelo excelente telecinema feito pela inglesa Todd;
Seguimento do pedido de devolução de cabo para um disco Lacie.
Tradução e compressão de parte do documentário sobre o Camané.
Posted by tcravidao at 2.6.08 0 comments
Prometo-me-te até ao fim dos tempos!
(Post extra)
Posted by Catarse at 1.6.08 0 comments
Posted by Catarse at 1.6.08 3 comments
Posted by Catarse at 30.5.08 0 comments
Não abasteço na Galp, na Repsol e na BP até que estas companhias vendam mais barato que as outras.
Os consumidores têm poder e devem usá-lo!
Posted by artur at 30.5.08 1 comments
Posted by Catarse at 29.5.08 0 comments
Não sei se jure ou se prometa. Pelo sim, pelo não, como prometo mais do que juro, hoje vou prometer. Assim, para compensar. Por isso, prometo que só vou jurar quando não poder (puder) prometer. Juro. Quero dizer prometo. Hoje, juro que amanhã, prometo jurar prometer que não vou prometer mais do que juro. E por isso, amanhã não vou prometer, mas jurar. Assim, para compensar.
Posted by tcravidao at 28.5.08 0 comments
Posted by Catarse at 28.5.08 0 comments
Do Benfica pode-se dizer que, uma vez mais, repete-se a dança do início de época: Novo treinador, novos jogadores, novas esperanças... veremos! Prometo, ainda que sem grande convicção ou tempo para perder, acompanhar. Para já, gosto de ver o Rui Costa em acção e agrada-me a escolha do treinador.
Da Selecção há promessa de tentar o melhor possível. É o que se pede. Empenho e vontade de jogar. Mesmo cansados, que acredito que estejam. Mesmo que possam não ser os melhores (por acaso até acho que são, na generalidade). Mesmo que não sejam todos Portugueses de gema sê-lo-ão na relva. É apoiá-los até ao fim e que isto só termine de Taça na mão!
Posted by Catarse at 27.5.08 0 comments
Acharam estranho que não tenha tido medo do [Rec]. Não tive. Não me tirou o sono (apesar de me ter feito enjoar como um miúdo totó de 8 anos em excursão da escola primária ao Mosteiro da Batalha).
Tenho medo de outras coisas. Do Paulo Teixeira Pinto, por exemplo. A entrevista deste senhor à revista do Expresso desta semana, não me tendo tirado o sono (é uma tarefa difícil), fez-me pensar uma boa meia hora sobre os perigos deste mundo. Arrepiou-me a sensação de que naquelas páginas está uma imagem da massa de que eram feitas algumas das figuras mais tenebrosas da história da humanidade. Por sorte, parece-me, longe da inteligência delas. Por azar, nosso, suficientemente esperto para sacar milhões de indemnização ao BCP.
Arrepia-me a total contradição sem hesitações. Logo na primeira resposta – de uma entrevista ao Expresso com fotografias da sua casa e dos quadros que pinta – afirma sem pudor que preferia não ter exposição pública. Vem depois o monárquico do PSD, porta-voz de um governo republicano. Tudo normal.
As ligações à Igreja, os três dias de férias (acordando sempre às 7h30) depois da indemnização milionária e a pose de homem renascentista confirmam apenas os arrepios que os olhos fotografados já tinham provocado.
Medo, muito medo. Mil vezes Sócrates ou Menezes. Que o PTP tenha um futuro brilhante na pintura, faça muitos seminários com o António Borges e o Jorge Coelho e se confirme como uma certeza do jet set, aparecendo semanalmente (contrariado) nas revistas, de preferência ao lado do José Castelo Branco.
Posted by artur at 27.5.08 1 comments
Posted by Catarse at 26.5.08 0 comments
A pior tarefa que me calhou nos empregos que tive nos últimos anos foi: resolver problemas. Afastar um obstáculo do caminho, de vez em quando, para que tudo possa seguir o seu curso normal até tem piada. Mas quando os dias e as semanas se tornam em provas de obstáculos e o objectivo é apenas derrubá-los para que os que vêm atrás possam continuar as suas corridas com a maior facilidade possível, torna-se aborrecido. Nesses dias tenho truques para manter a boa disposição. Há blogs, não obrigatoriamente humorísticos, que fazem isso por mim. Tenho dois ficheiros aúdio sempre de reserva para os casos mais complicados (Marco do Big Brother e amiga da Santinha de Balasar). Quando tudo isso falha, basta perceber que um certo sistema de valores já chegou aos EUA para que o riso esteja de volta.
Posted by artur at 23.5.08 0 comments
Há um direito natural ao trabalho? Será o trabalho uma actividade tão essencial como comer? Sim. Mas por partes. Há o trabalho alienado, e o trabalho natural. O alienado não é trabalho no sentido que lhe quero dar. É uma actividade que alguém cumpre para poder bastar-se a si e aos seus. Por seu lado, o trabalho natural é o conjunto de tarefas que um cada cumpriria, ainda que pudesse bastar-se a si e aos seus. O trabalho natural tem como principal característica a sensação de transformação. Alguém que trabalhe naturalmente, sente que faz algum tipo de diferença. Que, de algum modo transforma o meio onde se insere para melhor. Pelo contrário, no trabalho alienado o indivíduo que o executa pouco sabe de que modo a sua actividade influência as coisas, ou os outros à sua volta. Não há actividades que se possam classificar em absoluto como trabalho alienado, ou como trabalho natural, pois essa distinção cabe a quem executa , porém há áreas de actividade onde é predominante a sensação de trabalho natural. Refiro-me às tarefas simples e manuais como jardinagem, pesca, agricultura, actividades médicas, e as tarefas criativas. Pois em ambas, há uma parte do executante que passa para o exterior. Sendo estas que preenchem o conceito de trabalho natural, é relativamente a estas que reivindico um direito natural de todos.
Posted by tcravidao at 22.5.08 0 comments
Curiosa a relação entre trabalho e prazer. Entre trabalho e lazer. Os excluídos um do outro. Trabalho é trabalho e conhaque é uma bebida. Trabalho para beber, para o lazer. Não trabalho no lazer nem bebo quando conduzo. Tenho para mim, numa incerteza que dói, que a separação entre trabalho e prazer está por um lado ligada ao éter crístico que nos envolve e, por outro, à necessidade que a esquerda política, e por isso direita cerebral, tem de nos defender do sofrimento terreno. Ambas, as duas, têm assim a mesma intenção messiânica: salvar. Dizem o que condena, o que salva e o que podem fazem para ajudar. Um converte, outro revoluciona: ambas fazem pé de bombeiro para passar o muro do pecado ou de classe.
Posted by tcravidao at 21.5.08 0 comments
Posted by Catarse at 20.5.08 5 comments
Posted by Catarse at 19.5.08 0 comments