sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Há Deuses e há deuses...

Reconfortado por saber que o mundo apesar de injusto por vezes o é a seu favor, Catarse

(a continuar assim vou mesmo começar a falar de mim na terceira pessoa no dia-a-dia, do género: - Então Catarse, o que vais almoçar? - O Catarse hoje quer lasanha. Sim, o Catarse tem fome. Ou, melhor ainda, acumulado com o plural majestático: - Então Catarse, o que vais almoçar? - Nós, o Catarse, queremos lasanha. Sim, nós, o Catarse, temos fome. Vai, ou melhor, nós, o Catarse, vamos ser um sucesso no refeitório da empresa!)

abeirou-se (lindo exemplo de Português regional) do balcão e afastando as unhas da Cremilde ainda solidamente ligadas ao resto da sua mão, por sua vez solidamente ligada ao resto do seu braço, por sua vez solidamente ligado a coisa nenhuma, de cima do teclado, puxou-o para si, o teclado e não o braço da Cremilde, que seguiu no sentido contrário, esparramando-se em cima do manual de acolhimento da empresa curiosamente com o dedo médio ostensivamente estendido e ornado de uma unha impecavelmente tratada e pintada.
Virou o monitor para si e começou a tentar perceber onde tinha entrado. Enquanto carregava a homepage, observou o logo enigmático que pendia da parede ao fundo da recepção e repetido no wallpaper do computador e que parecia representar um homem a escorregar numa casca de banana, segurando uma rebarbadora ligada que parecia escapar-se-lhe das mãos em direcção a uma betoneira que passava mesmo ao lado de um depósito de munições estrategicamente situado sobre uma falha tectónica mas isso não fazia sentido nenhum.
“Ah! Já está. - pensou - ?!?! (se já tentaram pensar em sinais de pontuação, posso afiançar-vos que parece mais fácil que é) Afinal até faz algum sentido...”
Ao que parecia tinha entrado na sede social de um Deus. O Deus do acaso das pequenas coisas aparentemente insignificantes mas que afinal se revestem de extrema importância por uma muito improvável mas inexorável sucessão de acontecimentos encadeados. Coincidentemente ou não, ali dentro era impossível afirmar tal coisa com um grau de certeza satisfatório, Gaspar escolheu esse momento para assomar a sua mui divina cabeça de dentro do bolso onde (também) estivera, certamente absorto na sua omnipresenço-potênço-sapiência a governar o tudo ou a jogar PlayStation8, sim ele já a tem e não, não faz por ganhar sempre ainda que por vezes caia na tentação de usar cheats como vidas infinitas, uma escolha curiosa para um ser imortal - para simplificação narrativa, abster-nos-emos de voltar a mencionar estas características divinas da Minhoca, excepto nos casos em que tal for pertinente para o desenrolar da história e me apetecer ter a maçada.
“- Xiii... onde vieste parar... tá bonito isto!”
E voltou, fisica e metaforicamente para acentuar a frase, para dentro do bolso.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Recordo as intensas ânsias que corroíam os convivas. Os olhares trémulos de antecipação à porta da cozinha. E, o silêncio em que os últimos dos teofagos aguardavam a chegada do repasto. Puff ! som do gás a desligar, “bolas está quente”, paf-paf as portas abrem-se… “Cheguem-me uma base que isto queima a mesa”.” Uma concha, para o molho”, “pão, mais pão”. Estavam esta meia dúzia de almas nestes preparos quando um piano, sem razão aparente, sem dó maior e com um pedal torto, emitiu um Mi de sétima, no 44º do prédio sede da Toshiba em Tóquio. Porém, esta nota durou 2 horas e por isso quando regressamos ao regueirão dos anjos, Deus cozinhado num refogado era já memória na cabeça e betume nos estômagos destes meninos.

Cosmogonias

Ontem alguém tentava refutar a ideia de Deus afirmando que tudo isto não passava de uma imensa cadeia de interacções acção-reacção demasiadamente complexas para as podermos abarcar de uma só vez. O argumento era que, existindo algo, ou alguém (assim a puxar para o género divino era uma ideia gira, não era?), com suficiente capacidade de análise, era possível ver que tudo estaria pré-determinado e, a partir daí, eram só pecinhas de dominó a cair inevitavelmente umas por cima das outras até ao desenlace final. A teoria é bonita, elegante e imaginativa mas, a meu ver, só remete a questão da existência do dito ser divino para as condições iniciais da equação: Quem fez a sopa, o caldo (primordial, entenda-se)? E já agora com que intuito? Será isto apenas uma gigantesca pescadinha de rabo da boca ou seremos apenas um tubinho de ensaio numa série experimental?
A mim parece-me que continuamos a dispor de algum grau de liberdade e da capacidade de escolha quanto ao nosso futuro ainda que, cada vez mais, se vá descobrindo que alguns dos nossos comportamentos são previsíveis enquanto conjunto (psicologia de massas é muito bonita e ainda mais quando explorada do ponto de vista do marketing) e que existem regras para quase todos os fenómenos naturais. Até sinto uma certa atracção pela noção de predestinação de acontecimentos chave mas não sob o ponto de vista de um qualquer futuro totalmente pré-determinado e conducente a um fim mas como se de troços de auto-estrada se tratassem: uma vez entrando por um caminho, ficas preso a ele até que se te depare outra saída mas há sempre cruzamentos e podemos ainda quebrar as regras e fazer um pouco de off-road.
Convém apenas não esquecer que toda esta visão das coisas é humana, e por isso redutora, e que advém de uma qualquer necessidade intrínseca de organização do conhecimento (remeto para a alegoria da caverna, onde podemos estar a ver apenas uma sombra da coisa e não a coisa em si).
Mais uma vez, dúvidas, dúvidas, dúvidas...
Isto levanta, a propósito, um tema relacionado: Cosmogonias - teorias sobre as origens do Universo. De científicas a mitológicas, há para todos os gostos e imaginações.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Deus - Existe, não existe, joga aos dados, não joga aos dados... afinal cuméquié?!

Dúvidas, dúvidas, dúvidas. Pela própria definição de fé, neste assunto não é necessária a existência de prova mas, como todos temos um São Tomé dentro de nós, precisamos de ver para crer. A facilidade com que dogmaticamente aceitamos uma qualquer teoria, imaterial e incompreensível, sobre um qualquer campo da física teórica que apenas uma boa meia dúzia de pessoas na terra domina verdadeiramente e, ao mesmo tempo, recusamos a ideia de um ser superior a nós, seja ele (ou eles) de que tipo for é, no mínimo, curiosa. Egocêntrica, limitada de imaginação, arrogante e narcisista também me surgem no espírito.

Que as noções básicas de bondade, caridade, paz e compreensão são transversais a todas as grandes religiões é um dado adquirido e cujos benefícios civilizacionais são óbvios. Que as instituições que (tentativa e arrogantemente) se intitulam gestoras destas (e doutras) doutrinas e teologias tenham caído em descrédito, decadentes e corruptas, também (Igreja Católica incluída mas não exclusiva, bastando ver alguns ensinamentos praticados no Médio Oriente sobre violência e direitos da mulher) e cujos malefícios civilizacionais são, nesta altura, igualmente óbvios. Confundir os dois conceitos é um erro primário.

Para mim, pessoalmente, dada a diversidade, complexidade e improbabilidade de fenómenos naturais, a própria existência da vida, bem como toda a noção de acção e consequência, bem e mal, crime e castigo, objectivos e propósitos, sede de conhecimento e imaginação criativa com livre arbítrio à mistura, é-me relativamente pacífico aceitar uma superior ordem das coisas que nos escape. Se tal é corporizável (metafisicamente) num só ser superior ou divino já é outra história e cai no domínio da pura fé, pessoal e intransmissível, que não necessita de explicação ou fundamentação.

Não acredito num Deus que necessite do fausto de um espaço de culto como o de uma Igreja em detrimento de alimentos ou vacinas. Não acredito na necessidade (muito menos na obrigatoriedade) do ritual para celebrar a arbitrariedade de comportamentos (públicas virtudes e vícios privados) de quem lá vai ao Domingo para a lavagem semanal da alma, podre até ao âmago. Não acredito em frases claramente manipuladoras e chantagistas como "Quanto mais me celebrares, mais te favorecerei" como li numa publicação beata. Não me rendo à noção da presciência divina nem me submeto ao jugo da sua inércia.

Do mesmo modo, não acredito na versão ópio do povo quando aplicada apenas ao conceito de Deus. O conforto da ideia, civilizacional ou não, é, na minha opinião, intrínseco à natureza humana mesmo para aqueles que se imaginam o pico da evolução universal ou se sentem sozinhos, na definição astronómica do termo sem, contudo, conduzir necessariamente ao adormecimento dos cordeiros (interessante escolha de palavras) de Deus pela ignorância pura do culto proselitista e da obediência cega das massas. Ou como disse o grande pastor do Discordianismo: "If organized religion is the opium of the masses, then disorganized religion is the marijuana of the lunatic fringe. – Kerry Thornley, The introduction to the Principia Discordia 5th Ed.", pelo que prefiro enquadrar-me na segunda mole de seres sencientes.

Uma vez que não tenho quaisquer pretensões evangelizadoras sobre o tema, nem mesmo uma noção exacta daquilo em que acredito, provavelmente uma mescla de várias crenças e visões do mundo temperadas a gosto pela minha imaginação, estado de espírito e fase da vida, aceito obviamente que se discorde de tudo o que escrevi mas não consigo ver com bons olhos noções de verdade absoluta sobre o tema. Acabo sempre por imaginar a gargalhada satânica que recepcionará os incrédulos agnósticos e ateus sobreposta à surpresa inexistente dos devotos crentes votados a um limbo igualmente inexistente, sem propósito algum.

U R

Os médicos disseram que delirava e a polícia nem quis saber. Mas tenho a certeza que do que vi, na naquela maldita noite de 2002 dentro de um prédio abandonado no Regueirão dos anjos. O último encontro da UR, a milenar ordem dos teogafos do Norte, disfarçado de assembleia geral da colectividade 31 de Dezembro com sede na rua Maria. Estava tudo ali para quem quisesse ver: uma assembleia geral com 6 pessoas... sede social na rua Maria... só faltava anunciar no Seringador. Mas como poucos souberam juntar um mais um, sucederam-se à minha frente, hediondos momentos que descreverei com a segurança que só a minha memória permite.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Acredito em Deus, mas não acredito em Deus. Um Deus capaz de existir para alguns, ser objectivo de procura para uns e, de simplesmente não existir para outros. Um Deus que não está ao serviço de quem o inventa, que não legitima estados, acções, pessoas ou desejos. Um Deus não produtivo, não rentável, inútil, e nada prático. Um Deus em dobra, curvo, apenas aresta de coisa. É nesse Deus que acredito, porque é nesse que não acredito.

The proof that God doesn't exist - Douglas Adams Babel Fish

«The Babel fish is small, yellow and leech-like, and probably the oddest thing in the Universe. It feeds on brainwave energy received not from its own carrier but from those around it. It absorbs all unconscious mental frequencies from this brainwave energy to nourish itself with. It then excretes into the mind of its carrier a telepathic matrix formed by combining the conscious thought frequencies with nerve signals picked up from the speech centres of the brain which has supplied them. The practical upshot of all this is that if you stick a Babel fish in your ear you can instantly understand anything said to you in any form of language.

Now it is such a bizarrely improbable coincidence that anything so mind-bogglingly useful could have evolved purely by chance that some thinkers have chosen to see it as a final and clinching proof of the non-existence of God. The argument goes something like this:
"I refuse to prove that I exist," says God, "for proof denies faith, and without faith I am nothing."
"But," says Man, "the Babel fish is a dead giveaway isn't it? It could not have
evolved by chance. It proves that you exist, and so therefore, by your own arguments, you don't. Q.E.D."
"Oh dear," says God, "I hadn't thought of that," and promptly vanishes in a puff of
logic.
"Oh, that was easy," says Man, and for an encore goes on to prove that black is white and gets himself killed on the next
zebra crossing.
Most leading theologians claim that this argument isn't worth a pair of fetid
dingo's kidneys, but that didn't stop Oolon Colluphid from making a fortune with his book Well That About Wraps It Up For God.»

Dentro do tema da semana, poucas coisas me ocorrem como mais apropriadas que esta pérola da lógica retirada da bíblia sci-fi nonsense que é Hitchiker's Guide to the Galaxy do Douglas Adams. Um dos meus favoritos pessoais que não me canso de recomendar.

Resta acrescentar que o tradutor online da Altavista é o Babel Fish porque sim.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Deus dos Deuses

Ultrapassada a prova da serpente, parva como todas as coisas verdadeiramente importantes são para propositadamente parecerem menos do que são, o que verdadeiramente prova a sua importância ainda que aparentem apenas ser parvas fazendo de parvos todos aqueles que não conseguem ver para além das suas próprias limitações, e transportando no bolso o minimal deus dos deuses, munido ainda da inefável sandes de pão com marmelada, Catarse seguiu o seu rumo, indiferente ao senso comum que, empoleirado numa bananeira vizinha, lhe lançava fortes impropérios e desincentivos abardinados, augurando-lhe um triste fim por ignorar os seus sóbrios e doutos concelhos que, por esse mesmo motivo, eram absolutamente impossíveis de seguir por quem quer que visse o mundo com olhos de contas de vidro, de águia ou de gato, uma pala, monóculo e/ou visão raio-x (Válido também para quem tem dois dedos de testa. Este prospecto não dispensa a consulta da informação completa num qualquer balcão aderente ou mesmo pegajoso). Cuspindo um caroço de azeitona vindo de parte incerta, já que não comia uma azeitona faz mais de três-quinze-dias, facto sobre o qual não pensou nem mais um segundo, sabendo que nunca saberia o suficiente sobre o assunto para desvendar esse olivo-mistério limitando-se a aceitar a materialização do objecto como apropriada para vincar sob a forma cuspida o seu escarrado desprezo pelo senso comum logo ali ao lado pendurado, Catarse decidiu enverdar pelo caminho mais fácil, ao contrário do que advogam todas as histórias de boa e sólida moral no final, e escolheu uma cortada levemente a descer que escherianamente subia a montanha, ladeada de frondosas árvores de fruto, exuberantes arbustos improvavelmente moldados sob a forma de cadeirões, pássaros chilreantes, flores perfumadas e um ribeiro de água fresca e límpida. Se os fins não justificam os meios então era igualmente desnecessário validar a importância do fim pela dificuldade de o atingir. A lógica pode parecer retorcida mas, nos dias que correm, ser retorcido não era a pior das coisas que a lógica podia ser, isto tendo em conta que transportava no bolso Gaspar, o Deus dos Deuses, e que milhões de pessoas julgariam "apenas" como uma minhoca, numa clara demonstração de quão estúpida pode ser uma maioria. Para além disso, um pouco de desobediência civil nunca fez mal a ninguém. Uns quilómetros adiante avistou um edifício e para lá se dirigiu, confiando que nada acontece por acaso, nem mesmo os edifícios em clara violação do PDM se tal coisa existisse por ali (experiências recentes provaram que este documento existe apenas, como quase tudo no Universo, quando olham para ele e já que ninguém, leia-se autarcas, eleitores ou construtores civis, únicos seres verdadeiramente relevantes para esta metáfora, no seu perfeito juízo, quer fazer tal coisa, os PDMs não existem, coisa que, aliás, é de fácil comprovação olhando em redor - sim, os mamarrachos existem porque a sua hedionda existência não escapa nem por um segundo aos olhos de ninguém - e em última instância a religião, seja ela qual for, está certa, mesmo em assuntos tão díspares como orgasmos múltiplos e planeamento do território: é tudo uma questão de fé!). Enojando o sensor da porta com a sandes de marmelada, a porta abriu-se para o deixar entrar e deparou-se com o terror de qualquer utente crente na solidez das instituições (outra figura tão insubstancial como improvável): uma recepcionista prestável e conversadora. "Olá! Eu sou a Cremilde! Já vistes as minhas unhas?" amandou-lhe ela num tom de voz que habilitaria perfeitamente qualquer crime passional a legítima defesa, comenda e palmadinhas nas costas de hipotéticos futuros vizinhos , amigos e colegas ensurdo-enlouquecidos. Acto contínuo, a corrente que prendia um candelabro ao tecto directamente sobre a cabecinha da criatura cedeu à angústia de a ouvir dia após dia e provou que (pelo menos um) Deus existe, esmagando-a sob centenas de quilos de metal, cera, vidro e cotão.

domingo, fevereiro 24, 2008

Bush, bin Laden e o comboínho do amor

Os jovens casais apaixonados sabem sempre como ter uma tarde romântica de domingo.



Video em parceria com Fotoesfera

Foto domingo






sábado, fevereiro 23, 2008

Era domingo...

Catarse escolheu a hipótese b, e, passou pela serpente. Porém, queria olhar o Deus dos Deuses nos olhos. A plenos pulmões, gritou pela serpente. Apenas uma pedra no chão do tamanho de um pequeno abafador se mexeu. Voltou a gritar: nada. Afastou-se, e pela última vez gritou. Já longe, escutou, uma voz muito fininha, que vinha debaixo da pedra que há pouco se mexera. Uma minhoca ramelosa, com a marca da almofada nas orelhas em esforço para abrir os olhos, resfolgava:
-Agora vou ter de te magoar a sério.
Assim, insurgindo-se contra a falta de colaboração de Catarse, encosta-se à sola do sapato para lhe passar uma rasteira. Deita os bofes pela boca e tem um arrepio:
-Se dizes que sou parecida com o Gasparzinho…
-Sim? O que é que fazes? Ah, já sei… amuas mesmo à séria…
E a minhota ficou triste, fez beicinho e chorou. Afinal, era sempre a mesma coisa…Ninguém gostava dela, não tinha amigos e, só metendo medo aos outros conseguia atenção…Então Catarse, pegou no pequeno Gaspar, meteu-o dentro de uma caixa de fósforos e decidiu levar o Deus dos Deuses no bolso, bem junto ao pão com marmelada. Sandes essencial a todos que procuram o carimbo de estrelas sextavadas

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

A serpente dos enigmas

- O meu nome é Uraeus e sou a serpente dos enigmas. Ao contrário do que aqui foi dito, a razão porque fico mais nervosa aos Domingos é por ser este o dia do meu Senhor Rá, o deus-sol. Eu fui, sou, serei, a serpente do Jardim do Éden. Eu fui, sou, serei, Mucalinda, o rei das serpentes que protege Buddha. Sou Ouroboros, o ciclo fechado que representa o tudo. Sou Jörmungandr que rodeia o oceano do mundo. Sou Shesha onde repousa Vishnu. Servi Quatlicue, a senhora da serpente, e Mixcoatl, a serpente das nuvens, pais de Quetzalcoatl, deus Azteca da Criação. Sou Aidophedo dos Ashanti. Eu acompanho as loas de Damballah. Sou a Hydra e Ophiuchus nos céus. Sou Ningizzida ou Kundalini, a serpente do fogo suméria ou Hindu. Sou a Renenutet e a Wadjet egípcias. Sou Basilisk, rei das serpentes, filho de Pliny, the Elder. Sou Oshunmare, Ratumaibulu, sou a serpente arco-íris. Sou a senhora dos Ophions e dos Nagas. Sou o Bem e o Mal. Sou o Início e o Fim. Clemente e Cruel. Protectora e Vingativa. Quem és tu, incauto, que te atreves a atravessar os meus domínios e com que fim aqui vens?

HIPÓTESE A:

- Eu sou Catarse, sou paraguaio e vim aqui para comer a tua filha.

- Para quê?

- Paraguaio.

HIPÓTESE B:

- Eu sou Catarse e venho em busca do carimbo da estrela sextavada.

- Para isso terás de responder a um enigma. Falhar é morrer. Aceitas?

- Sim. Diz lá!

- Qual é o sonho de qualquer cobra?

- É ser pente!

- Passa. Chico-esperto...

HIPÓTESE C:

- Sou Catarse e procuro o carimbo da estrela sextavada!

- Para isso tens de saber quem sou verdadeiramente.

- Hummm... difícil. Dás-me uma pista?

- Ok. "You know what's bad for your health?"

- What?

- "Me"

- Xiii... continua difícil. Mais uma?

- Só porque hoje estou bem disposta! "Crime is a desease. I'm the cure!"

- Já sei, já sei! És o Stallone! Marion Cobretti aka Cobra, o braço forte da lei!

- Boa! Agora és tu! Adoro charadas de filmes!! Pode ser em mímica?

- Mímica? Ehh... agora não vai dar, desculpa. Combinei café às 11,27.

- Ohhh... estes domingos custam tanto a passar...

Agora escolha! A, B ou C? Vote já!

Sr. Catarse, vamos tomar um café na mesa onde são sempre onze e vinte sete da manhã. Quero avisá-lo que requerimento que apresentou não pode ir a decisão. Falta-lhe o carimbo das estrelas sextavadas, e…e…. duas fotografias tipo passe. Lamento…só quero ajudá-lo…mas assim…Diga, Diga…Quer dizer, sem isso é difícil. Mas haver, há…para as fotografias tenho aqui a minha máquina…agora para o carimbo…receio que não possa ajudar…A não ser…a não ser que vá falar com o meu antecessor, ele pode ter ainda os antigos carimbos de estrelas sextavadas. Mora sozinho na floresta das almas risonhas, perto da palmeira que dá amoras…é impossível errar… e muito difícil de passar pela Serpente dos enigmas…ainda por cima hoje, Domingo, um dia em que a Serpente fica sempre muito ansiosa pela chegada de Segunda-feira. Mas a decisão é sua…

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ciclos

Cada um terá o seu, adequado à sua rotina ou falta dela, mas que os há, como as bruxas, há. Metabólicos, diabólicos, estrambólicos, alcoólicos, melancólicos... há quem viva com eles, há quem viva para eles, mas não há como escapar-lhes. Desde a hora em que acordamos, e até antes, nos ciclos do sono e do sonho, que estamos sujeitos aos seus mais variados tipos. O do trânsito, o circadiano, o menstrual, o lunar, o da água, o da precessão dos equinócios, o da vida, etc. Tudo tem o seu timming ou, como diria alguém, a sua folga, conceitos similares vendo bem as coisas. E o dia de folga, já se sabe, é o domingo! Se ao menos tivéssemos folga de tudo aquilo que nos aborrece... e por falar nisso, Artur, o que dizer da tua súbita e inusitada mudança de género de que foste acometido no teu último texto, perdão, disse texto?, queria dizer estertor da língua portuguesa:

"Os avós dão muito jeito. Se não fosse isso estava tramada!"

Tramada?! Tramada!? Tramados estamos todos nós com estes atentados musicais com que nos brindas e que temos de Arturar!! Bom, por esta passa pelo exercício de memória que certamente é de louvar mas voltando à vaca fria, que é como quem diz o tema em mãos, le dimanche, e para fechar o ciclo deste texto, acrescentava apenas que doravante viverei em ciclos semanais. O dia é demasiado curto; o mês demasiado longo. Resta-me o consolo dos sete dias da semana para tentar alicerçar o caos (plácido, consentido e agradável é verdade, já que, pessoalmente, não me agrada o planeamento excessivo que vejo em algumas vidas demasiado formatadas) em que alegremente chafurdo mas, ao que parece, até isso me será negado caso o extremoso e dedicado funcionário da Grande Torre dos Dias leve a sua avante. Mas se não os podemos vencer...

Exmo Sr. Director Geral da Grande Torre dos Dias,

Por força do uso, do hábito e dos costumes é tido como certo que existe uma sequência estável e imutável nos dias da semana. Tendo tomado conhecimento da possibilidade de os alterar, submeto humildemente à sua superior consideração o pedido de inclusão de um sábado extra no lugar da quarta-feira. Tal mudança traria a indiscutível vantagem de duplicar as sextas (terça seria a neo-sexta) ainda que acarretasse também o duplicar de segundas (quinta a neo-segunda), sendo que um espírito tranquilo rapidamente veria a possibilidade transformar antes a segunda original numa neo-quinta, mantendo inalterável o inestimável Domingo.

Em resumo, teríamos:

...,Domingo, Neo-Quinta, Neo-Sexta, Neo-Sábado, Quinta, Sexta, Sábado,...

Pede deferimento,

Lisboa, 21 de Fevereiro do ano do Senhor de 2008

Catarse

Sou o moço de recados da Secretaria-Geral da Grande Torre dos Dias e, essencialmente, subo e desço, com requerimentos assinados e por assinar, as escadarias da torre, que gere desde o início dos tempos as acções humanas. O livre arbítrio não nunca existiu e, todos os actos, de todos os dias desde sempre, foram requeridos, analisados, ponderados, autorizados e transportados por mim algures neste edifício. Diria que conheço bem esta casa. A máquina burocrática: sonho de todos os burocratas, que muito antes de eu estar aqui escrever, o autorizou e me notificou, através da minha vontade de o fazer. Assim, a vontade, ou o que interpretamos como acaso, é o despacho de deferimento desta Secretaria-geral. Secretaria-geral que recebeu há poucos dias um requerimento especial. Os requerentes, grupo, que, razões de ética de mandarete, me impedem de identificar, pedem a substituição do Domingo por uma Quarta-Feira. A semana teria assim uma Quarta a seguir à Terça e outra a seguir ao Sábado. Já tenho o despacho na mão e vou entregá-lo nos serviços centrais. Paro e abro o envelope. Leio. Traduzo a linguagem burocrática. O requerido foi indeferido, porém a secretaria-geral, por dever de ofício, decidiu substituir o Domingo por uma Quinta-Feira e a Segunda-Feira por um Sábado. A mim, sinceramente não me convém…e como há muito tempo ando nestes corredores, sei que preciso de fazer algo para defender o Domingo.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Clássicos

Pois, pois. Vens-nos com U2, Johnny Cash e essas outras coisas modernas e abichanadas que ouves, mas esqueces-te de que nenhuma dessas chega aos calcanhares deste clássico.

Sunday Songs

Bloc Party
If we get up now we can catch the afternoon
Watch the under 15s playing football in the park
Let's sit in St. Leonards in this alcoholic day we're doing the best with what
we've got

Moby
Sunday was a bright day yesterday
Dark cloud has come into the way

David Bowie
Everything has changed
For in truth, it's the beginning of nothing
And nothing has changed
Everything has changed

Sonic Youth
Sunday comes and sunday goes
Sunday always seems to move so slow
To me - here she comes again
A perfect ending to a perfect day

U2
How long...
How long must we sing this song
How long, how long...
'cause tonight...we can be as one
Tonight...tonight...

Johnny Cash
Well, I woke up Sunday morning
With no way to hold my head that didn't hurt.
And the beer I had for breakfast wasn't bad,
So I had one more for dessert.

Nina Simone
One more
Sunday in Savannah
Hear the whole creation shoutin'
Praise the Lord
See them flinging out the banner
While the congregation says amen

Nick Cave
But not on Sundays
Never on Sundays
O Not on Sunday's slave

Blondie
She can't catch up with the working crowd.
The weekend mood and she's feeling proud.
Live in dreams, sunday girl.

Beck
There's no other ending
Sunday sun
Yesterdays are ending
Sunday sun

Elvis Costello
Standing in your socks and vest
Better get it off your chest
Every day is just like the rest
But Sunday's best

Velvet Underground
Sunday morning, praise the dawning
It's just a restless feeling by my side
Early dawning, sunday morning
It's just the wasted years so close behind

Of Montreal
Everyday feels like Sunday baby everyday feels so good
Everyday feels like Sunday baby everyday feels so good

Frank Sinatra
Hey Mr. Sunlight, don't outshine your bright,
I'm talking out of my head, I'm so high on life.
Don't you know that it's gonna be a "thousand-and-one" day.
And I'm feeling kinda Sunday, (feeling kinda Sunday), feeling kinda Sunday.

Serge Gainsbourg
Et pour toi sans effort, mes yeux seront ouverts,
N'aie pas peur mon amour s'ils ne peuvent te voir,
Ils te diront que je t'aimais plus que ma vie,
Gloomy sunday

Pink Martini
Ap to parathiro mou stelno
Ena dio ke tria ke tessera filia
Pou ftanoun sto limani
Ena ke dio ke tria ke tessera poulia

E por último, sendo que muitas mais podiam ser aqui mencionadas, a não menos importante contribuição da pop japonesa para este tema, com a inefável menção à ida de domingo ao "trono" com o jornal desportivo do dia:

Pizzicato Five
Hidoku jikan wo
Kakete
Bathroom de
Hige wo sotteta

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Os domingos no parque

Estou convencido de que os parques infantis coloridos, cheios de escorregas e baloiços, que invadiram Coimbra (presumo que também as outras cidades portuguesas) não são mais de que uma provocação aos jovens pais. Querem ver como vos vamos estragar num instantinho aquela tarde em que vocês podiam relaxar e não fazer nada? Tomem lá crianças a berrar que querem ir ao parque da esquina. Tomem a conversa de ocasião com o vizinho chato e o insuportável colega de liceu que já não viam há quinze anos. Ficou giro, isto. É, é porreiro para eles. O infantário é caríssimo. Os avós dão muito jeito. Se não fosse isso estava tramada!
Domingo passado choveu à tarde. Estava a abarrotar o parque infantil interior do Centro Comercial.

Catchy Phrases: Sunday

Nothing sounds better than a sundae after a sundae on a sunny sunday's afternoon!

by Catarse

Some rainy winter Sundays when there's a little boredom, you should always carry a gun. Not to shoot yourself, but to know exactly that you're always making a choice.

by Lina Wertmuller

Santificarás o Domingo

Se Sábado é beato pelas quatro da tarde e, Segunda-feira martírio pelas 07:30, então, Domingo é aquele farrapo de fumo de vela que serpenteia rumo ao tecto. Uma passagem, um meio, o não-lugar do calendário Gregoriano. O que já não é, mas o que também ainda não existe. Potência do que será Segunda-feira, e ruína do que foi Sábado à noite. No dia 24 de Fevereiro de 1582, quando o Papa Gregório XIII declarou o fim do calendário Juliano e, quando todos os dias comemoravam com fruta e mel, houve um, que nem sequer tocou nos mirtilos: o Domingo, pois, por razões pessoais, recusava-se passar de um calendário com nome de Imperador, para um de Papa. E jurou vingar-se. E, assim, desde esse dia, todos os Domingos são essa vingança: os filmes em repetição na televisão, o tédio tenso da expectativa de Segunda-feira, os jogos do campeonato, os lanches hiper-calóricos e os pequenos acontecimentos absurdos que não podem sequer ser contados, no contexto racional da linguagem escrita. Haverá hoje maneira de modificar o modo de ser do Domingo? Sim, santificando-o…Mas como?

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Any Given Sunday

Domingo. Um domingo qualquer. Dia da inevitável ressaca dos festejos de sábado à noite. Dia de missa à qual não me esqueço nunca de faltar. Dia de feijoada à brasileira em tempos idos em casa da minha avó com o clássico e inexplicável ovo estrelado em cima do feijão e da farofa, ao lado das torradas. Dia de esplanada se estiver sol ou de sofá a ver (ou veria caso tivesse televisão em casa e não detestasse ver filmes no portátil) os inefáveis filmes de arquivo como o Beethoven IV, Speed XVI, Um sogro do pior III, de preferência ao mesmo tempo e com largos períodos de sorna pelo meio mas sem nunca perder o fio à pré-digerida meada. Dia de chá quente, bolo fresco e namoriscanço indecente. Dia de futebol na televisão ou no estádio a ver o Benfica a jogar miseravelmente mal mas, com um pouco de sorte ou vento a favor, a ganhar. Dia de jogo de futebol jogado, faça chuva (e tanta que fez ontem, assemelhando o dito jogo a algo mais aquático) ou sol e dado que é por volta das dez da noite é pouco provável que faça sol mas se fizer ficam desde já a saber que há jogo na mesma. Dia para tanta coisa mas que, no final, acaba quase sempre com aquele gostinho de pré-segunda-feira e em que parece que não há nada para fazer...

sábado, fevereiro 16, 2008

Saturday Night Fever

Um sábado chuvoso e ainda assim pleno de possibilidades. Ir, não ir. Fazer isto ou aquilo. Só uma ideia me persegue e atormenta, apesar de a saber barrada pelas circunstâncias. Aumentando a sensibilidade ao destino, acalmo a força da vontade própria que me levaria numa única direcção, e páro para sentir o impulso do acaso. Saio de casa sem rumo, caminhando a esmo contra o vento, sem lenço e sem documento. Na esquina do jardim sou parado pelo aroma do café acabado de tirar. Sentado na esplanada invernal com uma fumegante chávena quente que me aquece as mãos e uma música insidiosa que me aquece por dentro, vou escrevendo estas linhas sem sentido, esperando que este se revele a qualquer instante. O momento surge impado de si mesmo e apresenta-se à lente da câmara. A imagem é banal e ganha apenas força por tudo o que conduziu até ela mas a cor é tudo. É esta!

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Player

Não vou falar do Makukula. Já há música no tasco. Foi mais difícil do que eu pensava. Não tenho músicas aqui para fazer upload. Fica só esta.
Quanto a cores de texto que ferem o olho, se os meus amigos não se importam, eu fico com o branco.

Sexta feira, à falta de melhor título. Pensei em Daltonismo mas poderia ser despropositado só por causa da cor UV mata moscas do texto do Tiago...

Como é já hábito constatar-se por aqui, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!
A título meramente exemplificativo: uma coisa é ter sido aceite no mestrado RAMPS e outra coisa é começar as aulas no final de Março. Uma coisa é já não estar na Amadora, outra coisa é ainda ter o quarto da casa nova num caos. Uma coisa é o meu carro estar um bagulho (como a Floribela), outra coisa é ir buscar o Smart rapidamente antes que o outro pife de vez.
Uma coisa era o blog antes, outra coisa vai ser este blog depois de domingo à noite. E o que ficar nessa altura fica, concordo. Também, bem vistas as coisas, umas e outras, falta pouco para a conclusão desta remodelação ministeribloguial: a musiquinha, o logo, as cores de texto definitivas (e se fosse esta?), o update dos links e a funcionalidade "ler mais", certo? Ah! E a reinstauração da liberdade opino-bitaitativa dos leitores!
Tempo ainda há, claro está, para ter alguma ideia genial, daquelas boas, mesmo boas, muito, muito boas mas que, de momento, me escapam... e para aproveitar o título do post de hoje para deixar uma mensagem temática e musical, apenas e tão só, ou talvez não, porque está agora (está mesmo!) a passar aqui na grafonola da microsoft (sim, eu sei que há milhares de melhores leitores por aí como o F2000, winamp e quejandos mas não tenho privilégios de administrador aqui no tasco... ainda!!): It's Friday, I'm in love!

Prazos

Estou satisfeito com: a cor de fundo, com eliminação da coluna da esquerda, com as cores para cada autor, com o critério para vídeos/fotos, com a possibilidade de haver música (se quem ler decidir ouvir), com a concentração do tema e, finalmente, com a possibildade de o Obama ser o próximo presidente americano. Diria que ao layout que chegássemos no Domingo às 00:00 horas, seria o layout definitivo.Enfim...no que de definitivo tem tudo o que é humano.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Videos

Os de autor, claro! (Novas séries precisam-se!)
E, ocasionalmente, e muito limitados, videos de particular importância.
Acho que por exemplo este, magnífico e que poderá ajudar a decidir o futuro Presidente dos EUA, merece mais do que um link.

E, já agora, centrados.

Changes

Concordo:
Cores de texto por autor (autoproponho esta para moi meme)
Começo a gostar deste look noir (mas mantenho possível adequação ao logo)
Fotos e vídeos de autor apenas (links para restantes)

Discordo:
Do preço da gasolina sem alternativas de transportes públicos à altura

Proponho:
Música se possível com playlist dos djs residentes

Invectivo:
A falha de um texto de alguém ontem. Cuméquié?

Espero:
Que o Obama ganhe e não se revele um traste como os outros

Acredito:
Cada vez mais no horóscopo da Dica da Semana

Quero:
-te!

Vendo:
Cama de casal IKEA C/ colchão
VW Polo branco de 1998 com 95000kms, 1000cc, 3p, VE, Rádio c/ CDs (ou melhor, com leitor, os CDs são meus). Necessita apenas de pequenas reparações. Testado sob as mais adversas condições, perdão, conduções, perdão, condução: a minha.

Divago:
Bastante

Fotos e videos no blog...

Não tenho muita certeza sobre isto, mas como regra geral, propunha que todas as fotos e vídeos que não resultassem de produção própria, fossem apenas linkados no post, e não publicados. Opiniões?
Apesar de já haver uma distinção entre autores, acho que devemos utilizar cores e tipos de letras diferentes.
Finalmente, a música...devíamos experimentar.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Pausa para café

E que dizer desta pausa introspectiva nos comentários? Este momento virado para dentro, para a trilogia directiva deste pasquim? Ouvi aí uns zunzuns interrogativos sobre esta medida totalitarista que atenta contra a liberdade de expressão... Ao que respondo: Apreciem-na como se de férias se tratasse... olha, como o dia de férias que tive hoje, assim a despropósito, mesmo no meio da semana e assim também a despropósito mesmo no meio deste texto. Soube-me tão bem! Mesmo bem! Sol, mar, ronha e boa companhia porque não é só o natal que é quando o homem quiser...

Agora sim estou pronto para outros dois dias de labuta duríssima e para ver se chegamos a acordo sobre a cor, o tipo de letra, a cor dos textos de cada um... concordo com o teste do azul e acho que, dependendo sempre do logo, as cores de cada texto podiam originar daí.

E o update dos links dos blogs?

Querem escolher uma imagem para vos representar ou é má ideia?

A cor e tudo o resto...

A deriva para cores mais escuras agrada-me, porém devíamos dar prioridade à cor que melhor defenda o logotipo: se tudo ficar igual, tentava um azul escuro. Os nomes à direita funcionam, e diferentes cores para diferentes autores é correcto. Errado, intragável e péssimo é a torrada e o abatanado do restaurante fino em frente ao meu local de trabalho. (A um deles pelo menos).

terça-feira, fevereiro 12, 2008

No fundo, no fundo...

... concordo que o fundo possa ser de cor diferente do branco. Até pode ser branco sujo. Ou preto. Depende mesmo da imagem do título. Aguardemos com tranquilidade.
Entretanto, podia aparecer aí ao lado o nome da malta e uma cor para cada um escrever. Ajudava imenso a não confundir os meus textos brilhantemente redigidos com as alucinações do chocapic matinal do TCravidão e com as nóias benfiquistas do Artur...
Olha, e dá-me música que eu gosto!

Cores

O problema do fundo não ser branco é a colagem de imagens. Vai acontecer isso com o símbolo. Talvez depois de termos a imagem seja mais fácil escolhermos o tom do fundo.

Para já recomendo estes links para escolha de cores.

Layout: estado a arte

Parece-me bem a ideia de escrever a cor distinta. Tão bem como a eliminação dos links da S27, do centramento do texto e a limitação da variação da fonte ao seu tamanho. Quando ao cor-de-rosinha...percebo que o branco chapão do fundo, seja um grande estalo para os olhos, tipo bar branquinho onde se consumem os leitinhos, suminhos e, em vez da velha bejeca, se abre aturneiras para encher garrafas de àgua, por isto, e para cor de fundo, ia num branco sujo. Não o branco manchado, mas o branco com patine de rua. Finalmente, a cor dos títulos dos posts...São laranja e podiam passar para vermelho tinto.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

E que tal um cor-de-rosinha?

Os três amigos juntaram-se e pensaram: podemos fazer um blog branco, um blog preto ou um blog cor-de-rosinha. Pra mim é o cor-de-rosinha!!!

O que está a ser difícil com'ó caraças é meter aquela funcionalidade do "ler mais". O título virá daqui a uns dias.
De resto?

Layout

Ehhhhh.... feio que dói, ó artista! Eu queria qualquer coisita assim mais rócócó. E cores! Mais cores! Um roxinho, um amarelo, é só uma ideia, bonito, bonito era um verde diarreia.
E digo-te uma coisa, vou passar a escrever nesta cor, itálico e tipo de letra. Ou talvez não.

Layout

Forma como determinada coisa é apresentada. Dispozice. Disposition. Plân. Em checo, francês e turco, respectivamente. Gosto do novo e faço duas propostas:
Dar mais espaço na margem esquerda do texto central;
e
Limpar de vez os links da Série 27.

domingo, fevereiro 10, 2008

Epifania do dia

Relido o artigo sobre o porquê de se formarem nós espontaneamente, destaco a única ilação lógica possível quando penso no sentido das coisas:

O Universo tende para nós.

I'm gonna be (500 miles)



(a versão da najwa nimri é bem melhor...)

When I wake up, well, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who wakes up next to you
When I go out, yeah, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who goes along with you

If I get drunk, well, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who gets drunk next to you
And if I haver, hey, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's havering to you

But I would walk five hundred miles
And I would walk five hundred more
Just to be the man who walked a thousand miles
To fall down at your door

When I'm working, yes, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's working hard for you
And when the money comes in for the work I do
I'll pass almost every penny on to you

When I come home, oh, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who comes back home to you
And if I grow old, well, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's growing old with you

But I would walk five hundred miles
And I would walk five hundred more
Just to be the man who walked a thousand miles
To fall down at your door

When I'm lonely, well, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's lonely without you
And when I'm dreamin' well, I know I'm gonna dream
I'm gonna dream about the time when I'm with you

When I go out, well, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who goes along with you
When I come home, yes, I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who comes back home with you
I'm gonna be the man who's coming home with you

But I would walk five hundred miles
And I would walk five hundred more
Just to be the man who walked a thousand miles
To fall down at your door

And I would walk five hundred miles
And I would walk five hundred more
Just to be the man who walked a thousand miles
To fall down at your door

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Porquê?


Um dos assuntos simultaneamente mais irritantes mas ainda assim interessantes que me assola de tempos a tempos, principalmente quando preciso de phones, carregadores e cabos usb:

Porquê que as bostas dos fios e cabos se emaranham e enchem de nós sozinhos? Serão pequenos entes? Duendes malévolos? Criaturinhas demoníacas inteiramente dedicadas à enervante tarefa de nos complicar a vida com os piores e mais intrincados nós naquele cabo que queríamos mesmo usar? Será apenas a estúpida da 2a lei da termodinâmica? Quem a aplica? Não se pode, como com quase todas as outras, optar por não cumprir e ser autuado pela Polícia Municipal das Imutáveis Leis da Física? Garanto que já passei algum tempo a olhar especado para o meu carregador de telemóvel pousado na mesa sem um único nó e nada! Estava, e assim ficou, impecável. Fui tomar um café. À noite quando voltei e queria pôr o telemóvel a carregar... tcharam!! Tudo ensarilhado, claro! Conclusão lógica: A termodinâmica é tímida!

Mudanças V


É hoje que viro excêntrico! Tenham medo, muito medo!

Mudanças IV


É assim, ao teu lado e feliz, que quero e espero passar o resto dos meus dias! Onde, quando e como quiseres! Desde que estejas comigo, o resto não me interessa nadinha...

Mudanças III

Assim (espero) vir a locomover-me durante os próximos tempos.

Mudanças II

Aqui (espero) ser visto durante o próximo ano e tal.

Mudanças I

Daqui vê-se (quase) a minha (nova) casa...

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

X-Leader II

Instado pelo Rapper de Mafra, Sam C, aceito o RAPto deixo aqui alguns pontos do programa de governo da revolução (estava mesmo para os deixar em comentário mas achei que tinham conquistado o direito a um post próprio - o renascimento da minha Catarse Política?! Humm... logo se vê). Isto foi, assim, amanhado um pouco de improviso em cima do joelho e, certamente, alguns pontos são merecedores de uma discussão alargada, o que, a acontecer, já me satisfará (por agora):

1) Formação de movimentos cívicos apartidários com maior poder do que o individual (novamente remeto para recentes candidaturas de sucesso deste tipo em vários países).

2) Maior intervenção da sociedade civil (que não apenas os lobbys económicos) - nós!

3) Utilização das novas tecnologias como internet (blogs, páginas, fórums) de uma forma construtiva e participativa (o que sempre esteve implícito numa forma de governo democrático e de dia para dia tende a deixar de acontecer com o consequente impacto negativo da apatia - e detesto a ideia estereotipada das ideologias esquerda artística, cultural, participativa, lírica e direita, capitalista, patronal, conservadora, prática - as ideologias esbateram-se e dever-se-ia debater agora apenas o plano das ideias, independentemente da sua origem, e a sua aplicação à realidade).

4) Responsabilização/criminalização com direito a "cadastro civil" dos funcionários estatais e dos cargos eleitos com inibição de nomeação/candidatura a novos cargos para evitar a dança vergonhosa dos tachos para os amigos (os favores agora vão de um lado ao outro do parlamento, sem separação de cores).

5) Nascimento de uma imprensa informática de origem independente e livre, sem apegos ao mass media, completamente preso a orçamentos, publicidade, lobbys,...

6) Renascimento/reconstrução/repovoamento de aldeias/vilas limítrofes aos centros urbanos sob a égide de comunidades que partilhem dos mesmo ideiais de vida, evitando assim choques culturais e de estilos de vida e permitindo o aumento da diversidade e da escolha do local onde melhor poderás viver.

7) Aumento da fiscalização e da denúncia (sem cair nos extremos big brotherianos) de casos conhecidos mas tratados com a complacência do nada posso fazer ou quem me dera fazer o mesmo. O retorno ao castigo clássico do ostracismo social teria mais, maior e melhor efeito do que à partida se poderia supor se feito com a unidade de quem é verdadeiramente prejudicado.

8) Recurso e contorno a algumas leis implementadas para cercear direitos fundamentais - um pouco de guerrilha institucional ou mesmo na prática no dia a dia - desde que feita com inteligência e bom senso, e porque não sentido de humor e um retorno à criatividade e simplicidade infantil, operaria maravilhas e causaria transtornos verdadeiramente históricos.

9) Selecção criteriosa enquanto clientes das empresas e serviços com verdadeiro sentido cívico.

10) Partilha com sentido crítico da informação (enquanto pais, clientes, eleitores, trabalhadores, cidadãos,...) e participação interessada no sector da educação (que não se pode, para os pais, esgotar em enfiar os putos numa escola, por melhor que seja, ou num ATL e esperar que dali nasçam adultos coerentes e capazes).

O Plano de Governo toma forma, Sam C! Haja força para as implementar e motivar mais gente! Mas também te digo que se é verdade que cada um tem aquilo (leia-se neste contexto governo e governantes) que merece (ou faz por merecer) e se é igualmente verdade que só se mete nas merdas quem quer (ou quem delas não quer sair). Isto não é uma luta individual, tipo um contra o mundo. Ou bem que se quer fazer alguma coisa enquanto população ou então é só conversa fiada e ficamos todos felizes e contentes a caminhar alegremente para o precipício e a resmungar como velhos do restelo de pantufas e comando de televisão na mão! Tradicionalmente haverá sempre maior empenho de quem está mal em mudar algo e, de um modo inverso, daí o crescente desinteresse que surge com o atravessar de fases da vida a caminho de melhores condições, mas penso que isso será sempre uma falsa questão na medida em que haverá também uma geração seguinte e não iremos conseguir mantê-los numa redoma se não houver redoma possível que os proteja do mal que lhes legámos. Há ainda um papel de educadores a que ninguém se deve furtar, estado, pais ou simples cidadãos interessados, na partilha e discussão de temas relevantes. E uma responsabilidade acrescida para aqueles entre nós possuidores de maiores capacidades.

Assumo que nem sequer tenho acompanhado de perto mas assim de repente...


O McCain é cinzento e tresanda a mais do mesmo ou pior. A Hillary irrita-me e dá-me ideia que só quer ver o que se pode fazer na sala oval. O Barak até pode ser/parecer ingénuo (há quem diga genuíno) e estar alavancado por dinheiro (ao menos é o dele ou o da malta) mas tem pinta!

Um clique...

... para ajudar na luta contra o cancro da mama.

Altruísmo: O Egoísmo Hipócrita

Chamem-me paranóico ou cínico mas sempre desconfiei de uma hidden agenda para aquela simpatia completamente desinteressada...


Cérebro (sie uqe itso já não é nvoo mas gstoo na msmea)

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lteras etejasm no lgaur crteo.

O rseto pdoe ser uma cnfouosa ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito:

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Tudo acontece por um motivo

Não há nada de errado com esta frase (gramaticalmente está correcta; ortograficamente também), excepto:
- o "Tudo"
- o "Motivo"
Em termos de significado, com as ressalvas anteriores, também. O único problema é que acreditar nela a 100% pode levar-nos à loucura. Ficamos reféns dos acontecimentos e da procura dos motivos. Resta um bom e sólido meio termo: ler "tudo" como se se referisse apenas aos acontecimentos significativos (ver posts anteriores em como o almoço pode ser determinante) e "motivo" como algo que escapa à nossa esfera de compreensão (escarafunchando - gosto muito desta palavra e na forma escrita então... - lá para trás também devo ter opinado sobre isto). Tcharam! Fica fácil, fácil, não é? Fácil como resolver equações com 39486841 variáveis com papel e caneta e de cabeça (acreditem ou não, a parte mais difícil desta tarefa seria escolher as designações para as variáveis... dúvidas, dúvidas...) ou como o Glorioso ainda conseguir ganhar o campeonato.
Estou neste momento a debater-me com um problema interessantíssimo: Porquê que um certo robe tinha um determinado boneco de BD? Acredito piamente que saber a resposta a esta pergunta elucidar-me-ia mais sobre os desígnios insondáveis do universo do que a Grande Teoria Unificadora da Física. It's a GUT feeling I have. (Continuam os trocadilhos parvos, agora com física de partículas - melhor que ovos? Talvez, quem sabe?)

Plot Points

A vida é mais estranha que a ficção. Muito mais. Em qualquer narrativa existem Plot Points e, no filme em que estrelo (ok, é brasileiro mas não resisti a esta conjugação), Fevereiro será um mês prenhe deles. Já começaram:
Au revoir Amadora, até nunca mais, se me for dado escolher. Foi bom enquanto durou... ehhhh, pois, não foi assim tanto. Refraseando, foi bom enquanto durou pelo simples facto que durou pouco. E, a bem da justiça das coisas, pelo Zé, esse imprevisto camarada de camarata que se revelou um tipo porreiro. A manter como amizade. Afinal é mesmo verdade que há sempre um lado bom em tudo. Mesmo em Alfornelos...
Agora faltam os restantes episódios deste palpitante enredo cheiínho de novidades. Afinal não vale a pena "afrigir-me" antes do tempo ou contar com o ovo no cu da galinha (lamento, é verdade, continuam os maus trocadilhos com ovos... eheheh).
To be continued...

Código da Estrada - Nova versão simplificada

Ponto único: Apercebam-se!

Caso exemplificativo de como funciona: Ultrapassagem dentro da cidade numa subida. Autocarro de frente, na sua faixa, a contrária portanto, parado a uns 100 metros. Subitamente, um carro emerge de uma rua lateral à esquerda com intenção e pisca para virar para a direita, para baixo. Mete a frente na estrada e... apercebe-se! Fácil.

Adenda: Fé!

terça-feira, fevereiro 05, 2008

X-Leader!

Liderança. A palavra ainda mete medo, gera angústias e dúvidas nesta nossa neo-democracia de apenas 30 e poucos anos (e, ao mesmo tempo, já tão envelhecida, gasta e sem chama) mas tanto que precisamos dela. Necessitamos de um líder, de alguém cujo pulso firme não se converta num punho (pelo menos sem razão), de alguém cuja voz instile confiança e nos inspire mas não nos minta ou engane, de alguém que faça mas não só por fazer, que saiba o que quer e partilhe o que sabe, que almeje as estrelas e nos conduza até lá. É da natureza humana, particularmente das massas, ser liderado, procurar um exemplo, em suma: seguir! Lamentavelmente, essa necessidade expõe-nos a abusos de charlatães bem falantes que nos induzem em erro com falinhas mansas e promessas vãs, como qualquer transmissão em directo de um também qualquer hemiciclo parlamentar nos fará o favor de prover com os necessários e pictóricos exemplos.




Para além de tudo o resto, e sem entrar numa espiral de teorias redundantes da conspiração, anos de guerras televisionadas, notícias pré-digeridas pelos mass media (artigos recentes apontam para uma grande maioria de notícias escritas por acessorias de imprensa com a consequente perda de isenção, validação ou investigação jornalística independente) com clara intenção de manipulação da opinião pública, escândalo económico após escândalo político que nos saturaram a capacidade de indignação e mobilização, sistemas eleitorais e democráticos cada vez mais fechados sobre si mesmos e cheios de políticos profissionais (também conhecidos como zeros à esquerda que lambem botas e rabos até à sua incompetência gritante lhes ser reconhecida e tão notória que são despedidos para cima) oriundos dos chamados aparelhos da política partidária, pressões de lobbies cada vez maiores e com agendas cada vez menos claras, o neo-contra-terrorismo institucional da política do medo (doenças, terrorismo, fanatismo, fome, desemprego, drogas, crise ambiental...), controlo da informação pela massificação (advento WWW) e desinformação pela veemência da mentira (vulgo cara de pau), crises económicas e de desemprego levaram a um afastamento das bases votantes cada vez menos interessadas em participar seja lá no que for (pelos motivos certos ou de um modo informado). Ouvem-se expressões hediondas como "Está bem, ele rouba mas ao menos este faz alguma coisa por nós" ou "Quero lá saber disso. Não posso fazer nada. De que vale a pena chatear-me?" que só podem ser produto do tal povo sereno que prefiro apelidar de camelo ou carneiro, já que ninguém se importa ou se sente visado.





Toda esta podridão tranquila, esta nonchalance despreocupada enquanto o abismo caminha para nós (sim, já nem sequer nos damos ao trabalho de ir até lá e, qual Maomé indolente, esperamos a todo o momento que a montanha venha a nós) afecta, directa ou indirectamente, todos os sectores da sociedade, prespassa transversalmente classes, regiões, religiões, crenças, estratos e ideologias de um lado ao outro do espectro. Fundimos tudo, abolimos as diferenças enriquecedoras num marasmo cinzento e homogéneo e qualquer batata ou cenoura armada ao pingarelho que, qual mosca indesejada, na sopa nos caia, é prontamente reduzida a um puré de digestão fácil para os estômagos delicados dos papalvos (sim, continuarei a onda dos insultos para ver se ainda há por aí filhos de boa gente). Já uma vez o disse e repito: qualquer pessoa minimamente familiarizada com o processo produtivo sabe que a normalização facilita o processamento. E o fruto mais apetecido para a actual classe dirigente (perdoem-me o mau uso da palavra pois ela implica capacidades mas...) que temos somos nós. Como cada um tem aquilo que merece e só se mete nas merdas quem quer, aceitemos placidamente o que nos calhar na rifa, pois pouco ou nada temos feito para contrariar o statu quo.





Em jeito de conclusão, e para ir directo ao assunto: precisamos de um Líder, com tudo o que a palavra implica. Para ontem já era tarde. E desenganem-se os que defendem a revolução tranquila. Já passámos esse ponto... Falta sangue na guelra e, se tivermos mesmo de chegar a isso, nas mãos e no chão! Falta a força das convicções e a convicção de usar a força, alicerçada nos conceitos de justiça, inteligência e racionalidade para o bem maior, numa fase conturbada e de transição para um sistema mais evoluído e purgado dos actuais males! Bem sei que isto é uma encosta escorregadia e perigosa, ainda para mais muito semelhante a tantas histórias negras do passado da Humanidade, mas só as palas que nos meteram nos olhos nos fazem acreditar que está tudo bem ou que ainda há outra volta a dar a isto. Tudo é cíclico e este está a fechar-se!




Bom, para aqueles que possam estar a pensar de onde veio isto assim sem aviso, tudo começou com ontem numa conversa de almoço, com uma tortilha à frente. Minutos antes discutíamos batatas fritas. É assim, meus amigos!, a revolução não escolhe hora nem... ementa!? Já me imagino de garfo, perdão, forquilha e archote na mão a liderar uma turba de revoltosos (angry mob elevada à potência) rumo ao Parlamento exigindo cabeças rolantes. A figura legal de incitamento ao motim fascina-me desde os tempos em que o saudoso jogador "El Toro" Acuna foi condenado pela FIFA numa decisão ímpar por, sozinho e sem ajuda, provocar o completo pandemónio no relvado e nas bancadas de um estádio em Espanha. Lindo!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

PARABÉNS!!



Amo-te!

Beijo, beijo, beijo, beijo
, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo!



domingo, fevereiro 03, 2008

Peggy Lee - Fever




Se isto é uma doença então não quero a cura nunca!

never know how much i love you
never know how much i care
when you put your arms around me
I give you fever that's so hard to bare

you give me fever
when you kiss me
fever when you hold me tight
Fever
In the morning
Fever all through the night

Sun lights up the day time
moon lights up the night
I light up when you call my name
and you know i'm gonna treat you right

you give me fever
when you kiss me
fever when you hold me tight
Fever
In the morning
Fever all through the night

Everybodies got the fever
That is somethin you all know
Fever is'nt such a new thing
Fever start long ago

Romeo love Juliet
Juliet she felt the same
When he put his arms around her
He said Julie baby your my flame

Now give me fever
When were kissin
Fever with that flame in you
Fever
I'm a fire
Fever yeah i burn for you

Captain smith and pocahontas
had a very mad affair
When her daddy tried to kill him
She said daddy oh don't you dare

He gives me fever
With his kisses
fever when he holds me tight
Fever
I'm his misses
Daddy won't you treat him right

Now you listened to my story
Here's the point that i have made
Chicks were born to give you fever
Be it fair and have a sense of game

They give you fever
when you kiss them
Fever if you really learned
Fever
Till you sizzlen
But what a lovely way to burn

But what a lovely way to burn
But what a lovely way to burn
But what a lovely way to burn

Entre INEM, vítima, irmão, VMERs e Bombeiros... salve-se quem puder!

2a Parte



1a Parte

Devendra Banhart - Santa Maria da Feira



Pois, em Santa Maria da Feira nunca experimentei mas de resto bate certo! Tão certo! E bateu forte! Tão forte! Em Santa Maria da Feira ou onde quiseres, sim?

Pensando cada dia, cada hora
Pensando en ti
Caminando, mi sesta llena de moras
Son para ti
Temprano por la tarde y por la noche
Sueño de ti

Lalalala

Comiendo pera
En santa maria de la feira
Que placer ir
La gente buena
Solo gozan nunca hay pena
Pa' que sufrir
Jugando en el mar, en la arena
Viviendo haci

Lalalala

Ventana blanca
Hay que venga la mañana
Hay que venga otra vez
Esperando
Asi es como yo paso mi tiempo
Esperando a Inaniel
Y rezando por su calor, por su aliento
Sobre mi piel

Te digo todo aqui va bien
Conmigo de no dormir
Amigo, te lo suplico, te lo pido
Que me ayudes a mi, a mi

Buscando
Con mi ancla en la marea
Nadando en ti
Yo voy andando
Oyeme, te estoy llamando
Te amo a ti

Por el valle me encontré un rio escondido
Me recuerdo, hacía calor pero tenia frio
Me iba a morir

Bianca
Ay Paloma, ay Angelina
Por fin te vi
Por fin te vi
Por fin te vi

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Beijo


Power Strike




O ataque do Benfica mede 3,83 m e pesa 183 kgs com Makukula e Cardozo.
A frase "Ninguém pára o Benfica" assume agora reais contornos físicos.

Eneagrama

A praxis, o conhecimento empírico e algumas formas de sabedoria de antigas civilizações podem não estar validados pelo actual método científico e são muitas vezes descartados como arcaicos, básicos ou simplesmente errados. Tal deve-se, na minha opinião, a algum desajuste no tipo de linguagem empregue, bem como ao facto de, num processo colonizador, o vencedor impôr a sua cultura ao vencido, muitas vezes esquecendo-se de absorver o que lhe poderia ser útil. Cada área do conhecimento humano tem o seu jargão próprio mas pode ser traduzida para outro tipo de vocabulário, mais geral, mais compreensível, mais user friendly.
Em conversa amena falaram-me de Eneagramas. Fui ver. Ao que parece é uma forma milenar de auto conhecimento, que não vou arrogar-me em avaliar como certa ou errada. Pareceu-me interessante o suficiente para a querer explorar um pouco mais. Testei-me. Deu isto:
UM = 0
DOIS = 4
TRÊS = 0
QUATRO = 1
CINCO = 1
SEIS = 0
SETE = 4
OITO = 3
NOVE = 2
Ups... faltou o devido agradecimento: Thanks Cad ;)
Nota Extra: Por lapso usei o link da Wikipedia em Brasileiro. Fica o inglês.
(Não sei porquê, mas as coisas em brasileiro soam sempre piores e menos credíveis. Seja como for, neste caso são notórias as diferenças no estilo de redacção e no próprio conteúdo do artigo.)