OlimPiadas de Verão
Ainda que alguns episódios tenham sido algo caricatos, fazendo acreditar que enquanto uns foram para as ditas Olimpíadas e outros apenas para as OlimPiadas, é sempre de saudar uma das melhores prestações de Portugal neste tipo de eventos.
Glória aos vencedores e honra aos vencidos seria a postura ideal para as prestações de atletas que se querem imbuídos de vontade de competir e vencer. As metas de um país como o nosso, que ainda mal consegue prover-se internamente de estruturas para a práctica de várias modalidades e que conta com uma pequeníssima base de recrutamento, não podem ser elevadas ao nível que os discursos dos dirigentes as levantaram dando como certas medalhas ainda no cu da galinha (ainda que seja a favor da inclusão de notas de ambição e confiança) sob pena da desilusão e desmoralização de quem tem reais chances de conseguir algo. E nem só do Ouro do Nélson Évora se vive, como prova a digníssima Prata da Vanessa Fernandes ou o quase Bronze do Gustavo Lima. Há máximos pessoais e recordes nacionais para bater, experiência para acumular e ensinamentos a tirar para futuras participações, isto tendo em consideração que os apoios estatais são limitados e não dão para todos, tendo de existir um crivo e uma bitola para cada um, consoante as suas reais capacidades e potencial desportivo.
Para corrigir fica a falta de apoio psicológico aos atletas para os preparar para a ansiedade de performance que fez alguns baquearem (como a Naide Gomes) e a falta de preparação para a exposição mediática que levou às sobejamente conhecidas declarações sobre os hábitos matinais de alguns atletas. Isto para não falar na azia e falta de fair play reveladas com as queixas contra a arbitragem, mais habituais no nosso futebol mesquinho do que na elite do desporto, onde se querem ver exemplos e modelos de comportamento para todos. O trabalho de sapa para a próxima edição passa, na minha opinião, por aqui e também pelo maior incentivo em termos de parques desportivos capazes de aliciar jovens para a pratica das modalidades olímpicas. Este não é um investimento fútil pois o desporto cumpre não só objectivos de manutenção da saúde, como controlo da obesidade e stress ou combate à droga e ao tabagismo, de que todos podemos tirar dividendos, mas também sociais como via de afirmação e sucesso para todos aqueles que adoram o prazer da competição e da pratica desportiva.
De manhã é que não, porque não sou muito dado a esse tipo de eventos e os adversários são muito fortes.
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