quinta-feira, maio 25, 2006

quest'altr'anno giocherà con la maglia numero 10

Foi há quinze anos. Com o meu primeiro cartão jovem vinha uma revista. Nessa revista uma reportagem sobre o novo grande craque do Benfica. Acho que ainda jogava no Fafe, por empréstimo. Lembro-me que falava do seu benfiquismo e no seu primeiro carro, um opel corsa. Pouco depois ganhou o mundial de juniores em Lisboa e tornou-se conhecido do mundo da bola. Guardei a revista durante anos.
Demasiado cedo saiu, contra a sua vontade, para a Fiorentina, porque o Benfica precisava do dinheiro da transferência.
Em cada ano (doze? treze?) houve o sonho do regresso. Seu e nosso.
Na memória sempre um dos festejos de golo mais emblemáticos da história do futebol, depois da marcação do penalty decisivo na final do mundial de juniores (só comparável ao de Tardelli na final do mundial de 82). Aquela tarde em que as televisões italianas passaram vezes sem fim um toque de calcanhar que fintou três adversários. O passe dos 4-4 em Leverkusen. O golo pela Fiorentina no estádio da Luz, seguido de lágrimas. Os benfiquistas não esperavam outra coisa: o golo, pela honestidade; as lágrimas pelo benfiquismo.
Vê-lo a entrar no estádio da Luz, com o "10" nas costas da camisola vermelha, vale mais arrepios e emoção que qualquer Liga dos Campeões. Mesmo que fosse só por um minuto, tinhas que voltar.
Gostava de ser repórter de televisão, para fazer uma só reportagem. Uma peça sobre o Rui Costa. Com esta música em fundo. Um reportagem que se resumiria em quatro palavras: coragem, altruísmo, fantasia, Benfica.



quarta-feira, maio 24, 2006

O argumento que faltava


Prince foi eleito o vegetariano mais sexy, numa votação promovida pela Peta.

segunda-feira, maio 22, 2006

Cer-ti-dões

Vais à Faculdade pedir uma certidão da pós-graduação que completaste a caminho do mestrado.
Dizem-te para ires à secretaria-geral pedi-la.
Vais.
Pedes a mesma coisa e dizem-te que sim, é possível. Tens que voltar à Faculdade (fica do outro lado da cidade), pedir equivalência às cadeiras (de nada adianta explicares que são AS MESMAS cadeiras), voltar à secretaria, pedir a certidão que seguirá para o gabinete de mestrados e voltará à Faculdade para que seja calculada a média. O processo será depois devolvido à secretaria para emissão da certidão. Serão 62,50 euros e uma eternidade à espera.
Reclamas, reclamas, reclamas.
Por fim explicam-te que podes, em alternativa, pedir uma certidão de estudos pós-graduados ("Ah, é muito diferente da certidão de pós-graduação", garantem-te). O processo é o mesmo, mas não tens que pedir as equivalências (repetes entre dentes que as cadeiras são AS MESMAS). Dão-te informação sobre todas as cadeiras que fizeste e não só sobre as da pós-graduação. Se conseguires mover as tuas influências na Faculdade para que te calculem a média depressa, serão 62,50 euros e três semanas de espera.
Não podes esperar três semanas.
Tens outra alternativa. Uma certidão de aprovação das disciplinas da parte lectiva. A mesma informação que a certidão anterior mas sem cálculo da média (as minhas notas são todas iguais!). Como a informação já está toda lançada e disponível no sistema, demorará apenas (??!!) uma semana e custará 12,50 euros.

E darem-me uma senha para eu retirar da internet todas as certidões que me apetecer sobre os meus anos na Universidade de Coimbra? Ainda não paguei o suficiente???

sexta-feira, maio 19, 2006

Na Escola Superior Teatro e Cinema durante a greve: Vinde abelhinhas!



Segunda-feira 22
"Gatos no Telhado"
12:00
"Aumentar a alma sem morrer
Miguel Melo / Kjersti Kaasa
"Errar ?"
Iolanda Santos
Sem título
Rosinda Costa / Sabri Lucas
"Escultura em movimento"
1º ano Formação de Actores
?As Bacantes?
Miguel Raposo / Pedro / Rúben / Margarida Bento / Filipe Sambado
PHOTOMATON CINEMATÓCOISO
(sessões contínuas)
Projecções
"Video Series"
Tiago Cravidão
"Filme mudo / Filme sonorizado"
Pedro Sabino

"A Corda" (revisitada)
?Retire o título?
Inês Clemente
+
Intervenções espontâneas
(para quem quiser performar...e não se inscreveu)

Terça-feira 23
12:00
"Pedidos para me tornar pior: torna-te claro"
Bruna Félix / Gonçalo Ruivo
"Lá fora"
Cristina Castro / Ana sofia
"A Companhia apresenta"
Bruno Bento
"História da rapariga que não conseguia parar de dançar"
Filipe Afonso
"Desespero"
Gustavo Vargas
Psicanálise do movimento
Joana Sapinho
PHOTOMATON CINEMATÓCOISO
(sessões contínuas)

Projecções

Curtas-metragens

+
Intervenções espontâneas
(para quem quiser performar...e não se inscreveu)

Quarta-feira 24

12:00
a partir de "Livro da dança" de Gonçalo M. Tavares
Vanda Cerejo / Telmo Bento
Sem título
Jorge Cabral / Sophie
Casting de posturas de Fado
Bruno Bento / Tânia Alves
As Suplicantes
Sandra Hung / Inês Lago / Sofia Dinger
Extemamente
Ferro / Rui Neto
Sem título
Rúben Fernandes
PHOTOMATON CINEMATÓCOISO
(sessões contínuas)
Projecções.Do milhorcinho.
Iván Gallego

+
Intervenções espontâneas
(para quem quiser performar...e não se inscreveu)

quarta-feira, maio 17, 2006

O Código de da Vinci em Cannes



O protesto da Irmã Mary e Monica Bellucci que faz parte do júri do festival.

terça-feira, maio 16, 2006

Ooohhh...




Agora é possível fazeres o teu própio recorte de jornal. Aqui. Via Ponto Media.

Espaço-tempo

Einstein sabia melhor que ninguém, porque sabia duas vezes. Sabia uma vez, como todos nós sabemos, e sabia outra vez como a ciência exige que se saiba: que o afinal tempo é relativo. Na verdade, sempre foi, pois se um segundo com a mão em cima do lume parece uma hora, e se uma hora com a rapariga de que gostamos parece um segundo, então tudo depende da velocidade, publicará em 1916 na relatividade geral. A verdade científica é apenas a construção com a lógica interna da ciência das verdades emocionais. A ciência limita-se a dar uma certa universalidade às emoções humanas. Só.

segunda-feira, maio 15, 2006

Os casulos


Ainda larvas, pessoas de fato e gravata; saia e casaco estão sentadas nos carros estacionados no sítio ideal para o resto do dia. Dormitam ao som da Antena 1. Gente que não conseguindo lidar com a angústia de não arranjar sitio para estacionar o carro ou temendo perder muito tempo no pára-arranca, decide executar a metamorfose fim-de-semana / segunda-feira dentro do próprio carro. De pais de família para secretários de tribunal. De bêbados juvenis para estafetas. De fúteis mulherzinhas sempre com dores de cabeça ao sábado à noite para executivas de seguradoras. De pastilhados para criativos de publicidade. De surfistas para advogados. Nos casulos renault, ford e lancia a metamorfose termina com o sorriso que os aguentará o resto da semana: a memória do primeiro passo do filho, das maminhas da gaja loira, do bom vinho, das luzes ao nascer do dia e da melhor onda do fim-de-semana.

quarta-feira, maio 10, 2006

Quiz José Cid - Imperdível!



Você é Grande Grande Amor
você preenche todos os requisitos para ser o chamado "cidadão do mundo". Adora viajar e imagina o dia em que pega na sua mala de cartão e parte à conquista do mundo. É alguém vivido, sempre a olhar para a frente e que gosta do imprevisto

Via Bomba Inteligente (que por sinal é a mesma música que eu).

I'm glad they came along

Uma vez vez na vida, talvez lá para o meio da segunda metade, devíamos ter direito a um dia especial. Uns sofás confortáveis, chá e bolachinhas e uma série de conversas. Sem hora marcada. Com todo o tempo do mundo.
Por onde andas? O que tens feito? Em que é que acreditas? És feliz?

segunda-feira, maio 08, 2006

Do blog de um amigo

Não pares de procurar aquilo que amas ou acabarás por amar aquilo que encontrares.

N'Dinga

Tantos anos depois, parte da justiça foi feita. O Guimarães vai para a segunda, a Briosa continua na primeira.
Por contraditório que possa parecer, deixo um abraço solidário aos meus amigos vimaranenses.

a literatice ea ficção

A literatice.
De textura plástica, de um inefável verde-esperança, a intuir a linha curva da mulher e o cumprimento do homem e mais a fertilidade do fruto, esperando por vosso ventre, jaz e arrefece, este imemorial e infinito e excelso caroço de azeitona de Elvas.
A ficção.
A carcaça da azeitona mais acre de Elvas, está meia roída em cima de uma carteira de fósforos do motel "A Sãozita" quando Helena, cabeleireira, pergunta a António, mediador de seguros se falou à mulher do divórcio.

quinta-feira, maio 04, 2006

Um corneto p'ra ti, um corneto p'ra ti, olá, olá! E a vida sorri!

Vejo e oiço Lobo Xavier na quadratura do círculo defender o aumento dos apoios à natalidade. E logo a seguir que os que têm rendimentos mais altos possam, a partir de um certo nível de rendimento, prescindir das contribuições para a segurança social e utilizar o dinheiro como quiserem.

Dada a defesa do apoio à natalidade (que resulta, obviamente, de um argumento de alisamento dos rendimentos per capita, transferindo dinheiro dos agregados familiares menos numerosos para os mais numerosos), o argumento coerente a defender seria que se mantivessem inalteradas as contribuições de quem aufere rendimentos mais elevados, estabelecendo-se um tecto para as pensões de reforma, promovendo-se dessa forma o alisamento dos rendimentos.

Afinal, se os que ganham muito pudessem não contribuir para a segurança social, por que não deveriam poder os que não querem ter filhos borrifar-se para as famílias numerosas e gastar o seu dinheiro, em vez de pagarem impostos?

Mas a coerência aqui não interessa nada. O que interessa é que a direita católica possa defender os seus interesses: por um lado, as vantagens financeiras para os que seguem os conselhos da obra e têm muitos filhos e, por outro, a liberdade dos que auferem rendimentos altos e não estão dispostos a redistribui-los. Sabemos bem que uns e outros são muitas vezes os mesmos. A obra ajuda quem se junta a ela. A obra é quase sempre igual a poder e dinheiro.

É querida esta direita católica. E é querido que esta avalanche de opinião que acena com o fantasma da bancarrota da segurança social para apavorar o resto do mundo e retirar-lhe assim os direitos que vão tendo - sempre em nome da sustentabilidade e das gerações futuras - não seja confrontada, ao menos, com estas grosseiras incoerências.

Quem tem obrigação de perguntar não percebe ou não quer perceber?

quarta-feira, maio 03, 2006

Noi siamo un po' diversi

Horizontes mais largos. Vida com mais caminhos. Vida com menos preconceitos. Vida mais confusa. Mais línguas. Mais culturas. Mais vontade de conhecer. Mais vontade de partir. Mais casas. Menos em casa. Horizontes mais largos. Noi, erasmus, siamo un po' diversi.