terça-feira, julho 29, 2008


O Verão tece cumplicidades entre os que permanecem nas cidades. Para além do jogo cumpli (os que partilham) cidades (cidades), há entre os que ficam uma sobranceria sobre os que partem que nasce por um lado, da calma que é a decisão de não ir a lado algum: não ter de arrumar nada, de não ter de cumprir horas de chegada, rituais de praia ou de campo e, por outro, da certeza que o êxodo trará lugares para estacionar, noites sem trânsito e cinemas vazios. Só durante o Verão é possível conhecer as filhas de 12 anos do dono do café e o gato que mia mal sente barulho nas escadas. O Verão é nas cidades momento comovente e urbano. Trabalhar no Verão é estar um pouco acima das regras de produção.

1 comentário:

SR disse...

Estou, em cumpli-cidade, contigo!