as linhas delgadas de luis direita
Normalmente não compro o diário de notícias. Normalmente compro o Público. Espero um dia ter dinheiro suficiente para comprar o publico e o diário de noticias normalmente.
Quando compro o D.N um dos primeiros artigos que leio é a crónica "linhas direitas" de Luís Delgado. Corro para essa crónica como corro para o suplemento "inimigo publico" do público de sexta-feira. O título da crónica, não deixa dúvidas quanto ao que encerra: um homem de direita que escreve sobre a actualidade. Porém os textos intrigam-me e despertam-me a dúvida: será que o homem/mulher de direita em Portugal pensa o que Luís Delgado escreve. Acho que não. Os textos estão cheios de um ocidentalismo-egocêntrico-imperial-cristão(no pior sentido)-liberal-snob-moralista e conservador que arrepia só de ler. Há uma moral que trespassa por aquelas linhas, uma presunção de inevitabilidade das medidas securitárias. È quase como se Luís Delgado utilizasse os acontecimentos não para os analisar, mas para reforçar a sua barreira ideológica. Luís Delgado não fundamenta, elenca; não argumenta, afirma; não discute, presume.
No D.N de ontem por exemplo chama cães raivosos aos terroristas que atacaram em Beslan. O método é o mesmo de sempre: parte da classificação que ele próprio fez bate com as costas da mão direita na palma da mão esquerda a dizer: "ora toma, estão a ver eu bem vos disse". Divertido.
1 comentário:
Esta é uma das melhores daquele senhor de direita que já li. Muito bem!
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