"Tegui"
O principal argumento utilizado por Portas para fundamentar a escolha da " Tegui" para o ministério da defesa foi a sua descendência. Disse que era fila e neta de militares.
Primeiro, ou os militares já se reproduzem sozinhos ou Portas esqueceu-se, que para além dos homens são necessárias mulheres para que haja filhas e netas. Seria a avó de Teresa militar, e a mãe, será que fez a tropa? Para quem se orgulha de ser moderno, e de ter uma mulher à frente da tropa é revelador que se esqueça da parte feminina da família de "Tegui".
Segundo. Para além de sexista o caso de Teresa revela o entendimento que o governo e de certa forma uma geração, tem sobre as possibilidades de mobilidade social. Portas utilizou o argumento familiar porque acredita na transferência dinástica do poder. Os dirigentes devem promover os seus filhos para que ocupem os cargos que eles deixarão vagos e assim possam perpetuar o seu o poder. Esta coisa não é nova e na Índia até é bastante honesta porque todos sabem que assim é, mas no Boavista, em algumas faculdades: direito e medicina em Coimbra, em algumas partes do cinema, na U.D.P da madeira, nos conselhos de administração das grandes empresas e escritórios de advogados e em outros casos que agora não indico por ser maçador, as regras com que nos seduzem não são o da progressão dinástica, dizem que todos são iguais e que o principio da igualdade tal como está na Constituição é sempre respeitado.
Porque razão é que uma filha de militares é melhor que um filho de médicos para ser ministro da defesa? Eu não sei mas o Portas lá deve saber.
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