sexta-feira, julho 02, 2004

Mesmo a calhar

De repente o PSD percebeu que se for agora a votos será esmagado. E assim o homem mais odiado de sempre dentro do partido, Pedro Santana Lopes, consegue gerar à sua volta um consenso impensável para quem viu congressos dos laranjas nos últimos anos. Marques Mendes cala-se; a Ferreira Leite pede desculpa pelo que disse; os outros potenciais candidatos escondem-se convenientemente. E a campanha subterrânea e caciqueira começa. Aos mais "esclarecidos" acena-se com o terror dos "extremistas" do Bloco irem para o Governo. Ao povo em geral fala-se do fantasma da instabilidade. Aos mais pobres dá-se a entender que com Santana haverá um festim de notas a cair do céu, porque é o estilo dele. Nos programas de antena aberta das rádios, os serviçais do costume insinuam que o Presidente da República fará um favor ao PS, convocando eleições antecipadas, pressionando-o a fazer o contrário. É que ainda há laranjas sem emprego. Poucos, mas há. E nos edíficios do Governo, bem apertadinhos, ainda cabem mais uns assessores. Estes dois anitos vinham mesmo a calhar.

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