terça-feira, julho 13, 2004

Quem corrige é responsável.


Se havia dúvidas, a subserviência esclareceu-as. Se havia dúvidas quando à convicção que o PSD tinha em relação à legitimidade para formar novo governo após a demissão de Barroso, a posição de subserviência assumida por Pedro Santana Lopes em relação a Sampaio veio esclarece-las.
Pacheco Pereira, único que identificou essa subserviência, esqueceu-se, do meu ponto de vista de levar até ao fim o pensamento. Para mim, só faz sentido que um primeiro-ministro deixe que o presidente ponha e disponha do governo se o próprio primeiro-ministro estiver ele próprio convencido da sua escassa legitimidade. Só um primeiro-ministro que se veja diminuído é que tolera vetos de ministros e recomendações várias.

Santana disse à SIC que considera um "estimulo" trabalhar de perto com o Presidente. Para mim, trata-se de outra coisa. Santana quer associar o presidente à sua governação para daí retirar a legitimidade politica que lhe falta e que ele, mais que minguem sente.

Nota: Uma frase de Santana como a que foi proferida sobre a deslocação dos ministérios provocou mais análises politicas, entrevistas, vox populi e linhas nos jornais que o facto de na entrevista que deu à Sic não ter expressado uma única posição politica de fundo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta semana, na sede do BE e para além do visivel luto, ouvi cantarolar:

You're taking the fun
out of everything
making me run
when i dont want to think
you're taking the fun
out of everything
i dont want to think at all

There's no other way
there's no other way
all you can do
is watch them play

You're taking the fun
out of everything
you're making it clear
when i dont want to think
you're taking me up
when i don't want to go up anymore
im just watching it all

There's no other way
there's no other way
all you can do
is watch them play

I'll watch you play
i'll watch you play
there's no other way
theres' no other way
all you can do
is watch them play


Blur - There´s no other way