a ceifeira I
A civilização aprendeu a esconder a morte. A vedá-la para que não extravase para o dia-a-dia. Porque o dia-a-dia, senhores, o dia-a-dia não suporta o olhar de um moribundo. Não há campanha de preços de telemóveis, promoções de supermercado, discursos políticos ou intenções sofisticadas que aguentem o olhar profundo de quem apenas espera. A morte. E os moribundos somos todos pois não há vivo que não morra.
Sem comentários:
Enviar um comentário