terça-feira, abril 08, 2008

És como um livro aberto...

Da maneira como leio as coisas, ou melhor, as pessoas, existem 7 tipos de personagem da vida real. Ou melhor, é possível, para mim, categorizar as pessoas em 7 grandes categorias. A saber:

- Camaleões
Adaptam-se facilmente a qualquer situação sem nunca mostrarem, se a têm verdadeiramente ou se esta muda constantemente, a sua essência. Podem ser qualquer um dos outros tipos.

- Aventureiros
Thrillseekers cheios de energia e positivismo desde que devidamente motivados pelas circunstâncias e acontecimentos fora do normal. Viciados em adrenalina. Loucos. Imprevisíveis. Espontâneos. Excêntricos.

- Carneiros
Parecidos com os primeiros mas primando pela apatia com que se sujeitam a tudo o que lhes acontece ou com o afã com que procuram a protecção da manada, sem nunca se destacarem. Cinzentos. Previsíveis. Banais.

- Sombrios
Vêem o lado escuro da vida como algo cool e de culto. Cínicos, cáusticos, críticos, quiçá traumatizados, falta-lhes a alegria assumida do lado upbeat e colorido da vida (ou assumirem a alegria) para serem completos ainda que sejam interessantes.

- Ms./Mr. Right
Tudo by the book. As regras, a coerência e as aparências são tudo e cumprir o plano estipulado está-lhes no sangue. Vão ser aquilo que sempre quiseram ser nem que isso os mate.

- Deprês
Deprimidos. Depressivos. Insatisfeitos. Incapazes de serem espontâneos ou verdadeira e despreendidamente alegres. Sugam a felicidade dos outros em proveito próprio sem nenhum retorno.

- Boa onda
Sempre na maior. Sempre alegres, bem dispostos, satisfeitos, despreocupados. Riem como respiram nem que seja à custa de serem saudavelmente tolos ou um pouco inconsequentes, excepto no que à alegria, relax e felicidade diz respeito.

Acredito que, no curso da vida, se possa mudar de um estilo para outro. Aceito também que alguns estejam presos entre géneros, dependendo do que os rodeia e do que a vida lhes apresenta. Mas, até ver, consigo encaixar, em determinada altura e dado um conhecimento suficientemente aprofundado que me permita ler o âmago da pessoa em questão, a grande maioria das pessoas numa delas. Quanto às restantes, estou na dúvida se tal se deve a ainda não as ter compreendido suficientemente bem ou se me faltam categorias para juntar a estas.

10 comentários:

artur disse...

Acho que sou os 7. Será grave?
Devíamos fazer cenas temáticas de horóscopos, eneagramas e afins aqui na Gabardina. Ajudar os leitores a conhecerem-se melhor a eles próprios.

IM disse...

Pois...revejo-me em vários, mas mais em Ms. Right...maybe...

g. disse...

Acho que seria um bom serviço público prestado pelo Gabardina! Horóscopos, etc. No doubt!
Acho que a espécie humana dificilmente se categoriza com essa facilidade. É demasiado pobre, para algo tão vasto. Estou como o Artur - acho que sou os sete. Depende do "mood".

Catarse disse...

Hummm... deixa-me ver bem o teu caso, Arturo. Serás um camaleão e daí revelares capacidade para ser todos?

Será que a minha super teoria sociológica tem uma falha? Nem quero acreditar nisso... já estava a preparar a minha tese e o best-seller... bolas!

Nahhh... na dúvida é sempre a realidade que está errada e não eu!

Eheheheheheh

Catarse disse...

Ah-ha!! Eu sabia! Cá está um exemplar que se encaixa na teoria! Uma Ms. Right! Sempre desconfiei IM, ainda que também considerasse um ser híbrido entre Ms. Right e Sombria (aquela aversão contra-natura à praia e ao sol nunca me enganaram!!).

Está provada!! ;)))

Catarse disse...

Ora bem, sugestão anotada e a ser considerada pela santíssima trindade gestora do pasquim.

Sobre a minha espectacular teoria só posso dizer que infelizmente discordo: acho que o que não falta para aí é previsibilidade e estereótipos... parece que somos muito diferentes e plenos de variabilidade mas, no fundo, depois só desejamos a integração com os nossos "pares" e caímos todos num número ridículamente pequeno de gavetas. Basta ver estudos sobre comportamento de multidões em espaços comerciais e a maneira estupidamente simples como somos manipulados para comprar determinados produtos. Ou a publicidade à qual somos, mesmo inconscientemente, sensíveis. Ou a televisão, a grande massificadora... Ou nas relações interpessoais... Enfim...

Não somos assim tããããão bons como julgamos ser; animais como os outros com o mesmo propósito: perpetuar os genes e sobreviver no nosso nicho ecológico só que em vez de dentes, sentidos apurados, garras, força, veneno ou velocidade temos raciocínio.

A grandiosa espécie humana revela toda a sua gloriosa banalidade quando de fato de treino no Colombo ao Domingo. Ou a ver a novela das cinco. Ou armados em investigadores científicos cujo objecto de estudo versa sobre a influência do tremoço na queda de cabelo do piolho púbico do papa-formigas neozelandês. Ou em políticos da treta (o topo dos exemplares atrás citados, piolhos públicos de fato e gravata, mas ainda assim dentro da mesma categoria).

Não somos assim tão diferentes...

IM disse...

Alto aí, Prof. Catarse!!! Alto aí!!! Até podemos a aceitar o sombrio se lhe retirarmos:cínicos, traumatizados e essa coisa de lhes faltar a alegria assumida!!!! O resto é verdade..assumidíssima a "aversão contra-natura ao sol e à praia"!!! ABAIXO a praia! ABAIXO o calor! ABAIXO As Chiquitas!!! (Ai!!! enganei-me...esta parte era um outro assunto...eheheheheheheh)

Catarse disse...

Vês? Como podes tu continuar a negá-lo? Rejeitas a alegria da vida que são as Chiquititas e dizes que não és sombria!?!? Xiiii... ;))))

IM disse...

Naaaaaa....para isso eu precisa de ser "Boa Onda"...aliás, não seria de cruar aqui uma outra categoria? Que tal o Mr/Ms Chiquitita????
É alguém que gosta de cores berrantes, tem predilecção por crianças abandonadas, acredita em contos de fadas e gosta de dançar para além de revelar alguma tendência para comportamentos esquizofrénicos.

g. disse...

LOL!!!! IM, adorei o MR/Miss Chiquitita!!!
Isto não há nada como uma boa gargalhada depois de um dia, noite e madrugada de trabalho infrutífero!