segunda-feira, abril 21, 2008

Retro

Em plenos anos 80, as coisas eram o que eram. Uma coisa era uma coisa e o Glorioso era mesmo o Glorioso! Campeonatos, Taças, Supertaças, Competições Europeias, tudo marchava da mesma forma, sérios, dignos, honrados, sem medos, hesitações ou contemplações. A nostalgia do passado reflecte apenas a palidez do presente, sem chama nem brio que não uns fogachos intermitentes por parte de intervenientes mais mercenários que meritórios da honra de ostentar aquele símbolo na camisola. O desgaste de presidentes cinzentos e desprestigiantes erodiu parte do património do clube, tanto moral como material e pior que a fúria dos adeptos quando assistem a derrotas e empates inglórios (este ano o SLB tem mais empates que vitórias e isto ainda não acabou) é ver a apatia e o desinteresse de quem já nem tem tempo ou paciência para 90 minutos daquilo e se limita a encolher os ombros e a abanar a cabeça. Assim se destrói um clube rico em títulos, conquistas, honra e simbolismo que levou tão longe e tão bem o nome de Portugal por esse mundo fora e é triste assistir a este penoso caminhar para o término do campeonato, sabendo ainda que nada de bom virá no próximo (já nem o para o ano é que é nos vale). Agora assistimos à hegemonia de um clube sem berço, sem dignidade, sem honra, que lidera à custa de não olhar a meios para atingir os seus fins, que espezinha e amesquinha tudo o que se lhe opõem, sejam políticos, juízes, liga, federação ou governos, num claro desprezo por qualquer tipo de princípios e alicerçados na doutrina do contra tudo e contra todos do seu presidente (até tremo quando vejo aqueles bardinos da ribeira de azul e branco vestidos, ostentando cartazes sobre os méritos do JNPC, quais fiéis correlegionários da Fátima Felgueiras, Valentim ou Avelino F. Torres) e no seu intocável braço armado, os SD. Quem quiser que vibre com este futebol à moda do Wrestling americano em que vale mais o resultado do que a disputa desportiva e que nem espetáculo proporciona para além do gozo com as derrotas alheias. A mim, cada dia me diz menos...
Na fotografia os saudosos protagonistas do SLB de 80 (em que, adianto, nem gostava de futebol e só via basket à frente: a NBA e o SLB de Carlos Lisboa e Jean Jacques, claro): Silvino; Veloso, Dito, Mozer e Álvaro; Chiquinho, Shéu, Elzo e Pacheco; Magnusson e Rui Águas

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente post!

toni

(com preguiça de fazer login)