segunda-feira, junho 21, 2004

Os adeptos os nazis e os peregrinos...

Ontem, depois do Portugal - Espanha, a Avenida da Liberdade em Lisboa era um símbolo de alegria para os Portugueses, de tristeza para os Espanhóis, e para aquilo que me interessa agora, um festim de infracções ao código da estrada. Não há uma alínea do código da estrada que não tenha sido violada. Infracções graves, infinitas. Muito graves, milhões. E a policia? Nada. Olhava compreensiva.

Antes do dia de ontem, algures perto de Lisboa, foi organizada uma reunião de neo-nazis. Não sei se era previsível que os nazis cometessem alguma infracção ao código da estrada, mas pelas imagens que foram transmitidas, a operação stop que a policia organizou perto da casa onde estava a decorrer a reunião, não detectou uma única infracção. A polícia estava lá. A mandar parar, e a fiscalizar.

Ambos os casos se passaram no mesmo Pais, com o mesmo código da estrada, e com a mesma polícia. Qual a razão de comportamentos tão diferentes? A diferença está em quem manda na polícia. Quem manda na policia -o poder político? ? tem interesse em promover as manifestações do euro, e pretende dificultar a reunião de grupos nazis. Essa é a verdade. E qual é problema? O problema é que em todo o lado dizem que a lei é igual para todos. E na verdade, uma infracção ao código da estrada é igual se for praticada por um nazi ou por adepto da bola. Mas para o poder politico não é. São diferentes. Tão diferentes como são diferentes as infracções ao código da estrada cometidas pelas motas em Faro, ou pelos peregrinos na Nacional-1, para Fátima.

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