Eu acredito
Ontem vi um documentário na televisão sobre Ronald Reagan. Um dos pormenores mais interessantes e, aparentemente, mais importantes da vida política do ex-presidente americano foi o seu discurso na tomada de posse, em Janeiro de 1981. Após ter assumido que o país atravessava uma grave crise e de considerar que esta seria ultrapassada, Reagan questionou-se: "por que não haveríamos de o conseguir? Afinal, somos americanos."
O país está cheio de bandeiras. Nas janelas, nos carros, nas lojas e nas fábricas. Esperança não falta. O Figo está outra vez em grande forma. O Rui Costa jogou pouco este ano e está descansado. O Simão fez uma grande época. Os do Porto são campeões europeus. O Ronaldo é uma estrela. O Scolari campeão do mundo. Todos acreditam. Eu, confesso, também penso na vitória. Imagino a festa, os abraços, a emoção dos jogos nos cafés, os cortejos pelas ruas. Mas, de repente, ao ver uma bandeira enorme no topo de um carro, ainda o Euro não começou, caio em mim. Se calhar não vamos ganhar. Afinal, somos portugueses.
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