Loving the game
Nos Estados Unidos tenta-se que o desporto não seja só uma questão de paixão irracional, mas que seja, sobretudo, um bom e emocionante espetáculo pelo qual os espectadores estejam dispostos a pagar. Por isso, nas competições semelhantes à Formula 1, os carros são todos muito parecidos, com os mesmos motores, os mesmos chassis e os mesmos pneus, ficando a cargo dos pilotos e dos mecânicos fazer a diferença.
Mas o melhor exemplo deste espírito é, muito provavelmente, a mais espetacular liga do mundo: a NBA. A Liga de basquetebol norte-americana promove o equilíbio entre as várias equipas, não só através de tectos salariais individuais e de plantel, mas também dando preferência às equipas pior classificadas na época anterior na escolha dos jogadores disponíveis para entrar na Liga na nova época. Este complexo sistema a que a NBA chama Draft, permite que as piores equipas de hoje tenham as estrelas do futuro e possam ganhar o título daqui a três ou quatro anos.
Hoje realiza-se o Draft de 2004. Conseguem imaginar a revolução que seria se o Paços de Ferreira pudesse ter escolhido o Cristiano Ronaldo para as próximas épocas e o Benfica tivesse que se contentar com um qualquer João Silva, a bem do equilíbrio da Superliga?
Pois é, impossível. É que por cá nós não amamos o jogo, amamos as nossas equipas.
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