quarta-feira, janeiro 30, 2008

Zen: Auuuuuuuuummmmmmmmmmm!!!

Num regresso ao IC19, que saudades, apenas tornado possível pela crise actual e pelo preço da gasolina que está pela hora da morte (nota-se uma diminuição da intensidade do trânsito a partir do dia 20 de cada mês por falta de verba na maior parte dos orçamentos familiares, o que os obriga a soluções de car pooling ou transportes públicos - é pena que ambas só pareçam fazer sentido quando o cinto aperta), apanhei, como não podia deixar de ser para tornar completa esta experiência, um acidente. Na onda Zen que decidi adoptar para não me chatear com aquilo sobre o que qual nada posso fazer, contei até 10. Como estive lá mais de 40 minutos contei devagar. Contei de trás para a frente. Só pares. Só ímpares. Números primos. Aleatório. Fiz a tabuada deles todos. Somei-os. Subtraí-os. Dividi-os. Multipliquei-os. Calculei as raízes quadradas. Integrei. Primitivei. Baralhei-me todo porque a matemática já está um pouco enferrujada. A dada altura não havia zen que me aguentasse e, apesar de saber que as frases: "Hate gets back to you! Love gets back to you! Choose what you want to get!" estão, por mais do que um motivo, carregadinhas de razão, explodi inapelavelmente! Que raio de anormais, imbecis, bestas quadradas, estúpidos, filisteus, biltres, facínoras, sacanas, trastes, pulhas é que se esfaixam uns nos outros numa recta? Que raiva! Quem não sabe conduzir depressa anda devagar e na faixa da esquerda. Quem não sabe conduzir seja a que velocidade for fica em casa ou anda à boleia. Levanto-me eu às 7,30 todos os dias para ter tempo de fugir ao trânsito e tomar um pequeno almoço relaxado na empresa antes de começar a trabalhar e depois dá nisto?! Tive mesmo de os insultar à passagem... A bem do meu civismo e auto-controlo, lamento imenso dizer que infelizmente ajudou. Passada a necessária purga (catarse?) e aliviado o stress, relaxei e... Aaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmm!! Só faltou o incenso!
Bom, mal por mal, antes tivesse apanhado um ou outro tigre. Sempre acrescentava o tão necessário toque de surrealismo ao início do meu dia.

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