Ele até podia ter argumentado como quisesse e bem entendesse a favor da sua causa mas dizer que o outro lado não tem argumentos positivos é, no mínimo, desonestidade intelectual da parte dele. Mais a mais, alguns dos argumentos técnicos invocados, como dificuldades na rastreabilidade e para a farmacovigilância são absurdos. Se esse senhor trabalhasse noutro lado e assumisse este nível de desconhecimento e incompetência era provavelmente despedido. Mas convém-lhe ser burro (a ele e a quem ele representa) e fazer de nós burros. Dos poucos argumentos válidos apresentados, um poderia ser o perigo de contaminação na manipulação das embalagens "bulk" (os jarros de 500 que ele mencionou) mas até isto tem solução recorrendo a dispensadores. Isto irrita-me!
Se não tiveres os blisters (embalagens individuais) terias frascos "bulk" com os comprimidos todos lá dentro ao molho tipo centrum mas maior (e até podia não ser assim, podiam estar embalados um a um na mesma só que separados). O problema do senhor prende-se com a esterilidade/assepticidade dos ditos ao serem manipulados pelos farmacêuticos que, coitadinhos, não estudaram nadinha disto e são burros e inaptos e iam contaminar tudo. Os dispensadores seriam mecanismos que permitiriam passar do contentor grande para o pequeno que o cliente levaria sem ninguém lhes tocar e contanto a dose prescrita. Ou qualquer coisa do género.
Ok. Gracias pela explicação, professsor. ;) Tenho uma farmacêutica em "casa"...mas está de viagem. Pelo que descreve, de facto não vejo qual seria a questão...É o que dizes: conveniências e nada mais.
Expliquem-me lá como que essa história da unidose é vantajosa para os utentes. O principal problema do desperdício prende-se com o não cumprimento da tratamento prescrito pelo médico que seria sempre o mesmo. OK poeira para os olhos da populaça,leiam as notícias de hoje e talvez entendam porque é que o CDS quer poupar com uma mão...
Como? Porque as terapêuticas nem sempre estão limitadas às apresentações existentes. Um caso fácil e de aplicação a uma vasta população de utilizadores: anti-inflamatórios. Outra: anti-histamínicos. Mais? É ir à gaveta... E isto só para falar em duas classes de medicamentos... Não estou a dizer que as pessoas cumprem sempre com as indicações médicas e que não interrompem os tratamentos assim que sentem alguma melhoria dos sintomas mas é inegável o interesse do sector no actual estado de coisas.
E, já que estamos numa de perguntas e respostas, qual a(s) vantagem(s) da situação actual? Não temos já exemplos noutros países (desenvolvidos)? Não estamos propriamente a descobrir a pólvora aqui... só a manter um status quo que manifestamente contempla o lucro da indústria como principal objectivo e que, aparentemente, conta com a conivência do estado, ainda que também lesado com a situação por força das comparticipações.
7 comentários:
Eu também ouvi! E ouvi noutro noticiário para ter a certeza que ouvia bem...Blargh!
Ele até podia ter argumentado como quisesse e bem entendesse a favor da sua causa mas dizer que o outro lado não tem argumentos positivos é, no mínimo, desonestidade intelectual da parte dele. Mais a mais, alguns dos argumentos técnicos invocados, como dificuldades na rastreabilidade e para a farmacovigilância são absurdos. Se esse senhor trabalhasse noutro lado e assumisse este nível de desconhecimento e incompetência era provavelmente despedido. Mas convém-lhe ser burro (a ele e a quem ele representa) e fazer de nós burros. Dos poucos argumentos válidos apresentados, um poderia ser o perigo de contaminação na manipulação das embalagens "bulk" (os jarros de 500 que ele mencionou) mas até isto tem solução recorrendo a dispensadores. Isto irrita-me!
Eu apanhei sempre os noticiários a meio...ouvi a da rastreabilidade, etc. Mas explica lá essa do "bulk" e dos dispensadores...?
Se não tiveres os blisters (embalagens individuais) terias frascos "bulk" com os comprimidos todos lá dentro ao molho tipo centrum mas maior (e até podia não ser assim, podiam estar embalados um a um na mesma só que separados). O problema do senhor prende-se com a esterilidade/assepticidade dos ditos ao serem manipulados pelos farmacêuticos que, coitadinhos, não estudaram nadinha disto e são burros e inaptos e iam contaminar tudo. Os dispensadores seriam mecanismos que permitiriam passar do contentor grande para o pequeno que o cliente levaria sem ninguém lhes tocar e contanto a dose prescrita. Ou qualquer coisa do género.
Ok. Gracias pela explicação, professsor. ;) Tenho uma farmacêutica em "casa"...mas está de viagem.
Pelo que descreve, de facto não vejo qual seria a questão...É o que dizes: conveniências e nada mais.
Expliquem-me lá como que essa história da unidose é vantajosa para os utentes. O principal problema do desperdício prende-se com o não cumprimento da tratamento prescrito pelo médico que seria sempre o mesmo.
OK poeira para os olhos da populaça,leiam as notícias de hoje e talvez entendam porque é que o CDS quer poupar com uma mão...
Como? Porque as terapêuticas nem sempre estão limitadas às apresentações existentes. Um caso fácil e de aplicação a uma vasta população de utilizadores: anti-inflamatórios. Outra: anti-histamínicos. Mais? É ir à gaveta... E isto só para falar em duas classes de medicamentos... Não estou a dizer que as pessoas cumprem sempre com as indicações médicas e que não interrompem os tratamentos assim que sentem alguma melhoria dos sintomas mas é inegável o interesse do sector no actual estado de coisas.
E, já que estamos numa de perguntas e respostas, qual a(s) vantagem(s) da situação actual? Não temos já exemplos noutros países (desenvolvidos)? Não estamos propriamente a descobrir a pólvora aqui... só a manter um status quo que manifestamente contempla o lucro da indústria como principal objectivo e que, aparentemente, conta com a conivência do estado, ainda que também lesado com a situação por força das comparticipações.
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