Nota Editorial: Manifestações Públicas de Sentimentos
Dentro de um tema presente e muito marcante que, inclusivamente, suscitou já alguns comentários de leitores atentos e amigos - é sempre bom receber feedback de quem lê e mais ainda de quem se interessa pessoalmente, algo que agradeço - fica o título deste post como um alerta informativo sobre o que penso deste assunto. É certo que tudo o que é demais é moléstia mas é preciso ver que os limites de uns não são iguais aos de outros e aqui reside o problema: onde traçar a linha da qual não se passará. Como comentei num post anterior, salvo questões de intrusão na privacidade alheia (erros cometidos e corrigidos no passado, fruto da inexperiência nestas lides da blogosfera), aprendi a não colocar aqui nem fotografias que permitissem a identificação de pessoas nem textos que revelassem mais do que a minha noção de privacidade o permite (admitindo que os limites de outros possam ser diferentes e tendo sempre isso em consideração quando falo de terceiros - sabendo também que a minha vida não é estanque e interage com outros). Por outro lado, como também já escrevi por aqui, gosto do papel de purga (pessoal), criativo (escape tão necessário da realidade) e informativo (para quem me conhece e está longe) que este blog e esta assinatura (Catarse) tornaram possível, variando no tempo, tema e estilo.
Pessoalmente acho que, nos dias de hoje, quando manifestamos publicamente sentimentos como ódio, revolta ou censura ninguém se importa com o teor verrinoso ou cínico do que escrevemos que são, inclusivamente, tidos como sinais de um (frio) intelecto, coolness ou superior e refinado sentido de humor, mesmo quando estamos directamente a visar e ferir alguém enquanto que, cada vez mais, há pruridos e uma quase vergonha ou inibição com manifestações de carinho e afecto. Não me parece que deva ser assim que as coisas têm de ser e é esta a minha "linha editorial", se assim se pode chamar, bem como a minha postura pessoal na "vida real". A minha liberdade termina onde começa a dos outros mas aqui existe a liberdade de cada um para ler o que quiser assim como a minha (dentro dos limites acima descritos e demais condicionantes legais e morais aplicáveis). Concordo que possam achar que este não será o local mais propício para tal escritos, mas, se assim o julgarem, têm bom remédio como sempre o tiveram quando escrevo sobre outro tema qualquer: Não leiam ou discordem nos comentários (é por isso que os mantenho abertos a todos e nunca censurei nenhum).
Agradeço mesmo muito o feedback que tenho tido e gosto de ter e não sou imune à crítica (positiva ou negativa) até porque a qualidade do que aqui escrevo não é sempre a mesma nem apela de igual modo a todos mas também não é essa a minha pretensão. Escrevo porque gosto e gosto do que escrevo e assim vou continuar. Até me fartar. Até julgar que deixou de fazer sentido. Espero sinceramente que continuem a acompanhar atentamente, como o têm feito, estas incursões, descrições, criações, palermices, desabafos e devaneios que vos vou deixando. Isto não é um amuo. Isto não é uma censura ou recriminação. Isto é apenas uma clarificação que nasce de vários e inestimáveis inputs que me fizeram chegar (e peço que continuem a fazê-lo sempre que o entenderem fazer), não só agora como noutras alturas, e que penso resumir de uma forma clara e explícita a minha maneira de pensar sobre este assunto e sobre o meu papel neste blog (que, aproveito para acrescentar, não é só meu, pelo que isto se aplica apenas e somente aos textos publicados sob o meu pseudónimo)!
Não há tabus, temas proibidos, brincadeiras censuráveis ou questões inabordáveis. Apenas uma imensa vontade de escrever.
Dentro do tema anteriormente designado como LA RIPA, tal deve-se ao aparecimento de uma pessoa muito importante na minha vida e à inegualável alegria que tal gerou e que, por vezes, me enche de tal maneira que não consigo evitar que extravase. Como este blog está agora indelevelmente ligado a mim, é também por intermédio dele que manifesto a minha felicidade e a partilho com todos! Espero que compreendam.
Mais acrescento que, numa nota eminentemente mais geral (e principalmente no que aos amigos concerne), nem tudo é perceptível à vista desarmada, nem sempre o que parece é e, por vezes, é mesmo melhor perguntar directamente sem melindres ou inibições - o interesse é mútuo como sabem e se nem sempre comunico (como decerto acontecerá desse lado) é por falta de tempo e excesso de distância, algo que me esforço e terei de me continuar a esforçar por contrariar!
Achei que era necessária esta nota nesta altura. Espero que continuem a ler! E a comentar!
Cumprimentos editoriais! Saudações amigas e calorosas! The Catharsis is (still) out there...
Pedro
P.S. - Isto não é dirigido a ninguém em particular e muito menos a amizades de 20 anos.
5 comentários:
Catarse, fazes muito bem...quem não quer , não lê, não comenta etc. Aliás, acho que o sentido de humor é muito importante nestas coisas (como em tantas outras...) e há que saber brincar!!! Aliás, até o nome La Ripa surgiu, como resposta brincalhona à tua auto-designação de RIPA!!! Acho que fazes muito bem em gritar aos 4 ventos (leia-se, postar!!!)o que sentes e como te sentes!!!! Colocar aqui o que quiseres, deixares mesmo, que em certos momentos, este blog seja mesmo dirigido a Alguém muito particular e importante para ti!!!! Faz pipocas de panela aberta, caramba!!!! Quem não gosta, não percebe...é isso!!
Eu a a amiga Arrozinho cá continuamos fiéis ao blog, com ou sem La Ripa, ora mais sérias, ora a brincar, porque acredita ( e olha que digo isto com aquele sorriso dos amigos de longa data que, não é caso, pois nem nos conhecemos...), a blogosfera sem ti ficava bem mais pobre e eu e a arrozinho, não tínhamos onde ir dizer uns disparates!!!!...ehehehehehe...
Carpe Diem!
;-)
Isabel
Eis um problema com que me debato há... hum...deixa lá ver... desde que nasci: porque é que as pessoas têm dificuldades em manifestar os sentimentos bons e positivos e facilmente lhes saem da boca as coisas negativas? Não têm o mesmo peso? As boas e as más?? Então porque é que é mais fácil dizer o negativo?? Concordo plenamente contigo, aliás somos amigos por alguma razão :)
As vezes até custa exteriorizar o que mais louco e adorável vai cá dentro porque sabemos à partida que somos tomados por 'excêntricos' hipersensíveis...que raio de coisa esta...compreedo-te porque não sei nada lidar com isso.
Conta aqui com a Rã para o que der e vier que eu conto contigo também!!
Bjos
Por uma vez, raro mas acontece, fiquei sem palavras! :)))
Caro, posta o que te vai na alma, posta quando quiseres e se quiseres e o que te posso dizer é que não leves muito a sério os comentários. É bom ter um feed back, que to estou aqui a transmitir e que tu sabes que tens :P , mas nunca se pode agradar a gregos e troinanos e há sempre malta que está noutra onda. No blog do piolho que tem cerca de mil entradas por dia, já me fartei de responder a comentários discordantes, e tive até dialogos engraçados. Mas também sob a máscara cobarde do anonimato li muito comentário dirigido a mim e alguns deles insultuosos. Não é bom, mas entendi que não vale a pena me aborrecer com isso e faz parte deste mundo "blogger", além de que, não tenho de me justificar para ninguém. A melhor cena é reagir com humor mesmo, como diz a im. E é o que ja se disse aqui, quem quer comentar comenta, quem nao quer passa à frente, ou então por masoquismo continua a vir aqui, das duas uma, ou à espera que isto descambe, ou na esperança que surga alguma surpresa criativa que és bem capaz de fazer. É por isso que venho aqui todos os dias, porque me divertes, porque os comentários são animados e é uma forma de saber como é que tu vais. E adorei saber que levaste uma boa RIPAda!
Bom, mas a verdadeira razão de ue comentar, é que ontem me lembrei de ti, pois vi um documentário fantástico sobre uma cena que jamais eu saberia o que era... A BOTULINA...
Um abraço
Ui... já a dar no Botox, Toni? ;)))
Gracias, pikeno! Abraçada!
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