terça-feira, julho 31, 2007

Je so' pazzo - o video apareceu no youtube!



"Je so' pazzo" - Pino Daniele

Je so' pazzo je so' pazzo
e vogl'essere chi vogl'io
ascite fora d'a casa mia
je so' pazzo je so' pazzo
ci ho il popolo che mi aspetta
e scusate vado di fretta
non mi date sempre ragione
io lo so che sono un errore
nella vita voglio vivere
almeno un giorno da leone
e lo Stato questa volta
non mi deve condannare
pecche` so' pazzo je so' pazzo
ed oggi voglio parlare.

Je so' pazzo je so' pazzo
si se 'ntosta 'a nervatura
metto a tutti 'nfaccia o muro
je so' pazzo je so' pazzo
e chi dice che Masaniello
poi negro non sia piu` bello?
e non sono menomato
sono pure diplomato
e la faccia nera l'ho dipinta
per essere notato
Masaniello e` crisiuto
Masaniello e` turnato
je so' pazzo je so' pazzo
nun nce scassate 'o cazzo!

São três os poderosos

O Papa, o Rei e aquele que nada tem.
(ditado popular italiano que, estando a precisar de alguma actualização, serve que nem uma luva ao seguinte video, recebido via e-mail)



Com os devidos agradecimentos aos sucessivos governos de Portugal


por não deixarem que falte uma grande base de recrutamento.

Futebol de rua: Portugal goleia (12-2) Zimbabué
Portugal goleia Brasil em mundial de Futebol de Rua

segunda-feira, julho 30, 2007

Jorge, Pedro, Manel, Tiago e Luís

Não sei se foi da carne assada com farinheira, fanchona até mais não, ou do vinho bem escolhido. Não sei se foi das batatas noisette abichanadas ou do Limoncello fresquinho. Talvez tenha sido porque, de repente, parece que a vida nos corre bem e as coisas boas e importantes acontecem em catadupa. Ou talvez porque há muito que não estávamos juntos com tempo e, por isso, havia tanto para contar. Foi muito bom. Foi uma maravilha. Foi para isto que os sábados à noite foram inventados.



Jorge Palma - Encosta-te a Mim

sábado, julho 28, 2007

sexta-feira, julho 27, 2007

Interrupção Voluntária da Realidade

E chegou a hora de ir de férias... YEEEEEAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!!!!!

Durante as próximas três semanas conto afastar-me da realidade o mais que puder... não que não goste dela mas porque ela precisa de tempo para se recompor da minha presença... está-me sempre a dizer que a deformo... a ligação umbilical ao blog permanecerá embora não possa desde já garantir publicações regulares... fica uma musiquinha (Mambo Craze - De Phazz) para dar o mote de praia e relax que se avizinha e pelo qual tanto anseio...

quinta-feira, julho 26, 2007

A certeza do caminho...

A certeza do caminho não está marcada com tochas. Não está marcada com migalhas de pão para ajudar no caminho de regresso. Ainda mais quando há uma bifurcação no caminho que parecia tão certo e direitinho. Ainda mais quando, de repente, nos pedem para deixar o que é estável pelo desconhecido. Onde se vai buscar a força para essa decisão? A quem pedir indicações sobre o rumo a tomar? Eu não sei... até porque tenho um mau sentido de orientação e guio-me basicamente pelo instinto... Acredito na primeira análise das situações, naquela que fazemos inconscientemente e que, por vezes, demora uma eternidade para compreendermos que já sabíamos o que queríamos saber há imenso tempo... Uma amiga outro dia, confrontada com uma indecisão, não hesitou em saltar para o pântano da incerteza mas, no caso dela, eu diria que o pântano parecia mais iluminado que uma pista de um aeroporto quando comparada com a estrada antiga... Difícil, difícil é quando já nos habituámos à estrada antiga... Difícil, difícil é arriscar o certo pelo incerto... Nessas alturas só nos podemos virar para dentro e ver de que somos feitos... se o instinto vence a razão, se a alma de jogador (saudável, não aquela faceta de vício) nos arranca da inércia do statu quo, se queremos mesmo aquilo com que sonhamos ou se só sonhamos para passar o tempo...

Previsões para o próximo ano

Sem o Simão tudo será mais difícil.

quarta-feira, julho 25, 2007

REM - It's the end of the world as we know it



Retirada do fundo do saco, mesmo lá do fundo, sai esta musiqueta com um ritmo agradável para o verão... espero que se for mesmo o fim do mundo que seja o fim do mundo em cuecas!

terça-feira, julho 24, 2007

DEATH PROOF!




Imperdível! Delicioso! Divertido! Grande filme de classe Z! Uma coisa séria e digna, ou melhor ainda, nada séria nem digna! Exploitation movie with a twist. Diálogos à lá Tarantino! Perseguições de carro como deve ser! Miúdas! Personagens geniais! Cenas marcantes! Banda sonora irrepreensível! "Impecábel"! "Espectaclar"! "Tare a bere?" "É preciso ber, ber!"

Depois deste filme apeteceu-me:
Beber uns canecos!
Guiar estupidamente depressa!
Praguejar com pinta!
Ter um carro americano!
Bater noutro carro!
Ter conversas absurdas!
Ouvir música numa jukebox!
Uma lap dance num bar!
Espancar alguém que merecesse!
Andar com as mãos nas ancas! Melhor ainda! Pôr toda a gente a gente a andar com as mãos nas ancas, provavelmente a pior posição do mundo para andar...

É preciso mais?

segunda-feira, julho 23, 2007

A festa do PS em Lisboa

Os últimos segundos são os mais interessantes.

Links

Os blogs aparecem e desaparecem. Dos amigos, na coluna da direita, há novidades de música, poesia e culinária.
Já agora, para os mais interessados sobre o que se tem passado no futebol português nos últimos 25 anos, fica o link para a história de Galo da Costa e Reginaldo Teles (como se afirma no site "qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência").

sábado, julho 21, 2007

sexta-feira, julho 20, 2007

It's Friday, I'm happy and it feels good!





catarse aconselha... parte I

http://www.lecool.com/

http://www.radarlisboa.fm/

http://en.wikipedia.org/wiki/Breakfast

http://www.oxigenio.fm/

http://bolachasgratis.blogspot.com/

http://www.incognitobar.com/

Falta classe ao futebol português

Debatia esta manhã com um amigo o que é, para nós,um dos grandes problemas do futebol português: a falta de classe e pedigree nos jogadores. Nesta movimentada pré-temporada não encontramos reforço ou veterano que apresente um duplo apelido. Não há um Brito D'Orey nem sequer um Castro Gonçalves. Não se econtra, nas equipas da primeira liga, nem uma porra de um Santos Silva que diga que os dois apelidos andaram sempre juntos. Na verdade, desde o mítico apelido Bastos Lopes que não se encontra em Portugal um mínimo de decência em nomes de futebolistas. O melhor que conseguimos foi o Sá Pinto, que ainda tinha parentesco com a realeza...
Neste aspecto particular o futebol tem muito a aprender com a malta da oval. Na selecção de rugby encontramos desde logo um Cardoso Pinto, que não sendo nada por aí além em termos de classe, já é um duplo apelido que apresenta alguma dignidade. Para além disso encontramos apelidos de primeira água: um Uva, un D'Orey, um Pissarra ou um Murinello. Que junto com os brutamontes com nomes tipo João Silva, sempre necessários para apanhar porrada neste tipo de desporto, fazem um seleccionado apresentável. Nos jogadores portugueses de rugby podemos ter orgulho: não faltam Salvadores, Lourenços, Tomás, Vascos, Gonçalos, Duartes, Diogos ou Martins. Enfim, hoje em dia uma constituição de uma equipa portuguesa de rugby é como uma shortlist a que quaisquer pais minimamente pretensiosos podem ir buscar um nome socialmente aceitável para o seu rebento varão. Vejam a delícia destes convocados para a selecção nacional:

Joaquim Ferreira, Marcello D'Orey e Gonçalo Malheiro; André Silva; Duarte Gustavo, Juan Severino, Luis Pissarra e Duarte Cardoso Pinto; João Correia, Vasco Uva, Diogo Coutinho, José Pinto, Miguel Portela, Pedro Carvalho e Pedro Leal; Duarte Figueiredo; Gonçalo Uva; David Penalva; Paulo Murinello; Diogo Gama; João Uva e David Mateus.

Meus caros amigos do futebol, com Nuno Gomes, João Pinto, Simão Sabrosa, Vasco Faísca, Romeu, Nélson ou Raúl Meireles não vamos lá. Precisamos de duplos apelidos no mundo da bola. Se não conseguirem melhor, comecem a recrutar filhos da malta do PSD ou do CDS. Esses, embora sem classe nenhuma, sempre conseguiram a magia do duplo apelido. Um Santana Lopes, um Durão Barroso, um Ferreira Leite, um Amaro da Costa, um Nobre Guedes ou um Marques Mendes sempre seriam uma melhoria em relação ao Ricardo ou ao Quaresma. Falta classe, amigos, falta classe...

quinta-feira, julho 19, 2007

quarta-feira, julho 18, 2007

Urso

Por razões completamente alheias à minha vontade e que, de momento, permanecerão perfeitamente obscuras para a quase totalidade da população mundial, eu queria mesmo muito ser um urso. Não um urso qualquer, pois de pronto me poderia ser apontada a possibilidade de já o ser, o que até poderá nem deixar de corresponder à verdade, mas enfim, há coisas que têm mesmo muita força e, portanto, nada disso interessa agora, mas um urso específico.

Pelas mesmas alheias e obscuras (e, no entanto, poderosíssimas) motivações do ponto anterior, e em alternativa, também queria muito que esse determinado urso anunciasse a sua chegada à recepção aqui da empresa, desencadeando uma sucessão inexorável de eventos que inapelavelmente conduziriam, não ao fim do mundo, como poderia à partida parecer, mas à concretização de uma mera possibilidade num destino mais que perfeito.

Caso não seja de todo possível cumprir nenhum dos dois anteriores pontos, também servia bem os tais interesses absolutamente nebulosos e de uma opacidade acima da média (mesmo quando comparados a um dia bom de smog londrino) para essa imensa maioria de seres humanos, uma simples e básica troca de localizações espaço-dimensiono-temporais entre mim e o supracitado urso.

Como nada disto depende de mim, dada a crueldade do destino que me privou há uns tempos do dom do transmorfismo que me permitiria mudar de forma a contento, também porque a chegada do urso ocorrerá na devida altura (pelo menos assim o espero) e apenas por sua livre e espontânea vontade (vá-se lá entender os caprichos dessas criaturas) e porque os meus talentos de teletransporte estão um tudo nada enferrujados e materializar-me-ia quase de certeza dentro de uma barrica de anchovas, o que, adiante-se, em nada ajudaria aos meus propósitos, vou ali beber um cafézinho.

terça-feira, julho 17, 2007

Indecisão do caraças

“Ouvi dizer que há propostas do FC Porto, do Barcelona e doutros clubes. Mas ainda não me decidi.” A revelação foi feita pelo avançado marfinense Didier Drogba ao jornal inglês The Sun, que fala ainda do interesse do Milan.

Só mesmo "O Jogo" para dar esta notícia... Amanhã o título será "Drogba recusa Barcelona e aceita ganhar menos 1 milhão de euros por ano para cumprir sonho de criança, jogando no FC Porto."


Para os anti-benfiquistas empedernidos, deixo a lembrança de que em tempos (talvez 1999) um desportivo (penso que o Record) noticiou a vinda do Totti para o Benfica. Tal ficou a dever-se ao facto de o jornalista em causa não saber quem era o Totti da Roma e muito menos quem era o jovem Tote, da equipa B do Real Madrid, que teve uma passagem... fraquinha, pelo Benfica.

Do amor e outros fármacos psicotrópicos fortes...

Com sintomas clássicos que vão desde aquele aperto no estômago até a uma boa disposição à prova de bala, dos olhos que oscilam entre um brilho intenso e aquele ar plácidamente sonhador, de um "rush" de energia a um frémito de excitação, nervosismo e antecipação que nos atira 10 a 15 anos para trás, com efeitos secundários vão desde a mais completa vulnerabilidade (voluntária) até à confiança plena, com uma farmacocinética que permite que se espalhe no sistema em velocidades variáveis, do atordoantemente rápido ao deliciosamente lento, consoante a posologia administrada e a sensibilidade ao fármaco utilizado, temos no amor, apresente ele a formulação que apresentar, do carinho à paixão, fraternal ou platónico, um dos mais poderosos medicamentos que se conhece. Tem, com toda a certeza, o seu lado perigoso, com as overdoses que deixam qualquer um abananado ou com as versões menos saudáveis (obsessivas ou não correspondidas). Tem também alguns avisos e contra-indicações pois é certinho que passamos a andar de cabeça nas nuvens e de sorriso parvo afivelado na cara. Mais ainda, perdemos a noção do que estamos a fazer, o tempo ganha uma relatividade imprevista até por Einstein, desligamos o avaliador dos riscos e mergulhamos de cabeça, sem saber o que está à nossa espera, apostando tudo na recompensa da felicidade e descurando alegremente a hipótese da viagem ao engano que nos pode levar do céu ao fundo do poço mais negro. Mas só quando nem sequer tal coisa nos passa pela cabeça, quando o salto de fé é absoluto, é que sabemos que é verdadeiro o sentimento. Vários efeitos fisiológicos são aparentes: mudança do prisma de visão do mundo para “bright mode”, aceleração do batimento cardíaco e pressão arterial à mera visão/presença/pensamento da/na fonte do estímulo, aumento simultâneo e paradigmático da confiança total e da desorientação completa, felicidade esfuziante ao mais insignificante sinal de recíprocidade e ainda outras individualizadas para cada sujeito, como melhoria significativa de uma ou outra característica, sendo possíveis efeitos em coisas tão díspares como apetite, estado da pele, condução, actividade física, capacidade intelectual e de trabalho, sentido de humor, etc. É absolutamente proibida a administração concomitante com ciúmes irracionais e desaconselhada no caso de não existir biunivocidade no sentimento; em ambos os casos nota-se um potencial imenso para a depressão, raiva e angústia que já não configura o efeito pretendido inicialmente: felicidade absoluta e incondicional dedicada a outra pessoa. Acima de tudo, naqueles casos em que é o produto original e não adulterado, é mesmo muito bom (falamos, claro, de princípios activos porque há genéricos disto impecáveis e autorizados a circular no mercado... a patente do cupido já ardeu há muito tempo). Em caso de persistência ou agravamento dos sintomas consulte um padre (se for essa a vossa opção na vida) ou alterem morada para a mesma residência. Se ainda assim não se notar qualquer alívio dos sintomas considerem a hipótese de gerar descendência. Não dispensa a consulta da bula, de um conhecimento mínimo entre ambos os intervenientes e dos antecedentes genéticos de ambas as linhagens.

Férias

Talvez porque foi uma semana em fast forward parece que o antes foi há uma eternidade. O almoço na esplanada do McDonald's das Galerias em Milão; a fruta no mercado de Verona; os cinco minutos em Bolonha; a casa em Settignano, o Spike Lee em Fiesole e o passeio em Florença; a tenda com vista para o mar e as escaladas em Framura; o banho no óleo dos iates em Portofino e o fim de tarde em Génova; a via dell'amore e o banho em Cinque Terre; o ataque das zanzare em Pavia; as aventuras no aeroporto... E, sobretudo, aquele almoço na cantina e as costas nas pedras quentes da Piazza del Campo, porque é bom voltar a casa e é bom mostrar a nossa casa.

The National - mistaken for strangers

segunda-feira, julho 16, 2007

Screen tests 2


Por definição não recordo o quotidiano. Recordo acontecimentos. Não recordo o que comi há um mês atrás, mas recordo a maionese que há 4 anos me mostrou as coisas estranhas que o meu corpo é capaz de fazer.

O passado mais não é que um percurso presente feito de acontecimento em acontecimento. O que me interessa com os screen tests é registar os espaços entre os acontecimentos. O espaço que esteve até à ingestão da maionese, e que esteve depois do restabelecimento do trato digestivo. O passado que verdadeiramente esqueci por não ter sido marcado por acontecimento algum.

Recordamos os momentos que nos marcam: os acontecimentos. E digo: marcam, e não: marcaram, pois uma marca é um sinal de uma coisa, noutra. Um sinal do passado, que é contemporâneo à coisa marcada. Por isto, é que os acontecimentos que recordamos existem não no passado mas no presente. Porque os recordo no presente, só no presente existem .

domingo, julho 15, 2007

Beck

sábado, julho 14, 2007

Casting da Série 27 – Screen Tests –


Casting
A série 27 está a fazer casting para pequenos filmes de três minutos baseados nos screens tests de Andy Warhol. Enquanto durar o casting descreverei aqui quais os objectivos do projecto e porque me interessa tanto esta ideia. Os screen tests feitos por Warhol consistiam no registo em filme de 3 minutos do rosto de alguém. Os screen tests da Série 27 vão partir desta base mas vão incluir um elemento narrativo. Para saber mais do projecto e, eventualmente vir a participar nele, é enviar um mail para
tcravidao@hotmail.com .

sexta-feira, julho 13, 2007

DJ Professô Catarsinga ~escolhe a banda sonora da sexta feira 13 ou o que acontece quando as personagens se baralham...

Day-o Henry Belafonte in Beetlejuice

Prof. Catarsinga: O horóscopo para a sexta feira 13

Comu num diá desti ninhum dus signu si sáfá vou botá tudu juntu mesmu...

Hoji vai sáí u numiru 13 im toda ais 7 bola du euromilhão! Ou 7 in todais ais 13. Seja cumu fôr cê esqueceu di jogá ou perdeu uis bilhete cum númeru certu.

Hoji cê vai iscorregá i quebrá a cárá nu chuveiru di manhã, batê cum us denti nais bordá da banhêra e desligá a tornêra da áugua quenti na queda prá ficá logo pondu gelu nais feridá.

Hoji cê vai trocá uis fráscu di afteirsheive cum u du alcóul logu quandu a lâmina embotou na suá cárá ou si fô mulhé vai trocá pensu higiénicu pur esfregãozinhu bravu.

Hoji o papéu du banheiru vai ácábá logo na hora em qui chegá ais visitá lá im cásá e cê vai istá de cauça baixá nu corredô procurandu mais.

Hoji vai fautá luiz logo na horá di gravá o relatóriu mensáu qui já tává atrasadu, o multibancu vai comê seu cartãu na horá de pagá conta, vai perdê carteira no bar de travesti, vai deixá caí relógio na cácá du cachorru, vai sujá gravátá na hóra di pidi aumentu, vai pegá multa di velocidadi, vai dá cólica na riunião cum diretô, vai pegá trém erradú, vai olhá o céu na horá de caí uma cácá di pombu.

E si istu num acontecê num ficá priocupadu não... si não fô hoji é noutru diá quauqué!

SEXTA FEIRA 13

O porquê da sexta-feira 13 ser azarada!



E para os que não acreditam o dia ainda não acabou, os psicopatas atacam mais de noite e os piores azares acontecem quando já ninguém espera... Boa sorte! Vão precisar...

Relatório de um dia banal em frases curtas

Acordar de um sonho bom ao som de uma sirene de nevoeiro intermitente.
Esbracejar até silenciar a origem da sirene da melhor maneira que a coordenação visual motora da ocasião o permita.
Rebolar para outra posição confortável, lutando contra o mar de cobertas e almofadas.
Repetir este refrão duas ou três vezes.
Silenciar definitivamente a origem da sirene com recurso a um machado se necessário for.
Sair da cama quente e acolhedora para o chão frio e inóspito.
Ligar navegação automática até ao chuveiro mais próximo, com resmungo-saudação matinal aos restantes indígenas que possa encontrar no caminho.
Usar água, shampoo e gel de banho no corpo pela ordem certa e tentando conter o evento ao delimitado pela cortina.
Cantar música apropriada ao estado de espírito durante cerimonial dos lavabos.
Usar espuma, pincel e lâmina pela ordem certa (esperemos bem que sim) e sem proceder a cirurgias maxilo-faciais inesperadas.
Caçar vestes apropriadas pelo quarto na esperança de não ir trabalhar vestido de frade franciscano.
Saciar fome de urso com víveres saqueados na cozinha.
Lavar os dentes com a contenção necessária para evitar nariz, olhos, queixo e sobrancelhas.
Percorrer casa 4 vezes para encontrar elementos necessários para as tarefas do dia com a certeza de que alguma irá ficar para trás.
Sair de casa atrasado, sem tudo o que era preciso e regressar mais uma vez para trazer chave do carro.
Procurar carro na rua imitando o grito da gasolina para o atrair.
Conduzir de um modo perfeitamente, e escusadamente não fora o atraso, demoníaco através do rebanho.
Acompanhar tentativa de suicídio/homícidio de massas ao volante com música apropriada ao estado de espírito que pode muito bem já não ser o mesmo do WC.
Praguejar que nem um carroceiro caso encontre nabos/tansos/espertalhões pelo caminho.
Estacionar o carro a esmo no parque da empresa e avançar decidido para a dose inicial de cafeína.
Trabalhar, conversar, trabalhar, cafeína opcional, palhaçar, trabalhar.
Recrutar companhia para almoço, salivando alarvemente dada a fome de urso que entretanto regressou.
Conversar, brincar, cafeína, um pouco de sol e mais conversa antes de avançar cabisbaixo para mais uma dose de trabalho.
Trabalhar, conversar, trabalhar, cafeína opcional, trabalhar, palhaçar, trabalhar, já não rende, insistir, desistir.
Proceder a combinações para final de dia, distribuir saludos e despedidas pelos presentes, recolher items necessários para resto do dia.
Procurar carro com base no critério do pior estacionamento.
Recapitular dia e pensamentos válidos para recauchutar sob forma de post enquanto piloto automático conduz como um cossaco louco em direcção a casa.
Procurar habitat válido para carro de modo a não chamar atenção aos predadores verdes da EMEL.
Prosseguir do modo menos descrito nos planos do dia ou, ainda mais inesperadamente, de acordo com os planos.
Jantar de acordo com vontade do momento, entre o esbanjamento de um restaurante e a inspiração culinária.
Procurar companhia adequada ao estado de espírito, claramente já não o mesmo do WC ou da condução da manhã.
Combater o impulso irresistível da hibernação diária até não dar mais e rumar ao ninho após rituais de higiene apropriados.
Mergulhar num qualquer sonho, de preferência bom e que ainda não tenha visto.

quinta-feira, julho 12, 2007

Noisettes

The long blondes

Puppini Sisters

Bons sentimentos!

Ontem saí do trabalho e entrei no carro ao som de uma música alegre e bem disposta, o sol brilhava, ia correr um pouco para um parque com circuito de manutenção lá perto de casa e depois tinha um jantar porreiro no bairro com uns amigos, ou seja, basicamente, o dia até me estava a correr bem, na generalidade, e começou a nascer um post óptimo, muito positivo, sobre as coisas boas da vida...

Rolei ligeiro durante umas centenas de metros, ainda a pensar no texto que ia escrever, bem disposto e contente da vida, e saí da curva do IC30 em bom ritmo, com os pneus a chiarem alegremente, bem dispostos e contentes com o alcatrão debaixo deles, o motor a roncar num regime agradável, fruto da redução de caixa prudente que acompanhou a manobra e acenei, também alegremente e de uma forma perfeitamente cordial, com o dedo do meio para o carro de trás que devia queria trocar de faixa por cima de mim. Tudo dentro da rotina normal, portanto.

Qual o meu espanto quando, no meio de uma frase particularmente inspirada sobre aqueles bons sentimentos que nos aquecem por dentro e nos reconfortam, que renovam a nossa fé na Humanidade e fazem de nós melhores seres humanos, me deparei com uma infinidade de luzinhas vermelhas aos pares de três a olharem para mim. C******, exclamei de pronto, claramente ainda cheio de bonomia para com as contrariedades da vida, enquanto pisava firmemente o pedal do travão para imobilizar o carro mesmo antes deste ir conhecer de perto a traseira da pick up da frente.

Pensando na felicidade que me enchia a alma momentos antes, vi-me subitamente no meio daqueles testes rigorosos à paciência e boa vontade dos melhores entre nós: o belo engarrafamento do IC19, certamente motivado por um acidente. Ao ver passar o INEM que se esgueirava entre os carros que civicamente se desviavam, não pude deixar de admirar a dedicação destes profissionais à ajuda de terceiros e, pensei, espero que cheguem a tempo aos sinistrados. Reclinei-me no banco e prossegui mentalmente com o tal post sobre... sobre... ah, sobre a bondade e a alegria. Quando uma outra frase razoavelmente inspirada foi interrompida pelo soar de uma sirene da polícia, notei que nos últimos quinze minutos tinha percorrido apenas uns 100 metros. Que bela m**** de polícia que temos, pensei eu construtivamente, que nem sequer sabe desviar o trânsito para poupar tempo aos utentes das estradas, pagadores dos impostos que vão para os salários deles. E pus o rádio um pouco mais alto pois estava a dar o “Nothing but flowers” dos Talkings Heads que vinha mesmo de encontro ao teor do meu texto, com a noção de ecologia e a crítica ao urbanismo selvagem implícita. Cantarolando satisfeito e bem disposto os últimos versos da música dei lugar à troca de faixa do estúpido do lado que devia achar que os kms de carros enganadoramente PARADOS EM AMBAS AS FAIXAS à frente dele iam subitamente desaparecer com aquela manobra genial.

Ao ouvir o locutor anunciar a passagem das sete e meia um rápido cálculo mental relembrou-me que estava quase no mesmo local e que pouco me tinha afastado do sítio de onde partira naquela última hora. E que magnífico sítio era este para passar um pedaço da minha vida. E, raios partam, já não vou conseguir ir correr para o parque, para o meio das àrvores, em contacto com a natureza, com o ar puro... espera! Que cheiro é este? Ar puro não é certamente e só a bosta do escape do imbecil da frente cheira assim. Onde pouco tempo antes habitavam bons pensamentos (os que restavam e que mais uma ambulância de passagem se encarregou de escorraçar), vivia agora, alegre e bem disposto, um saudável ódiozinho rancoroso contra os anormais que não sabem conduzir e que se estoiram na estrada. Espero que estejam bem desfeitozinhos. Ou aprendem a guiar, ou se concentram no que estão a fazer ou andam mais devagar. Agora isto de me prenderem no trânsito é que não se encaixa nada na minha visão optimista da Humanidade. Palermas. Bom, onde é que eu ia? Ah, na parte em que acreditava nas pessoas, que há sempre um lado bom, que devemos confiar no potencial... f**** da ...! Isto é incrível... o parvalhão da mota, armado aos cucos a passar daquela maneira entre os carros!

E nisto passaram quase duas horas... foi-se a corrida... foi-se a paciência... e quando estava à espera de encontrar umas toneladas de destroços, um rio de sangue e óleo na estrada, corpos embebidos em aço, quando mal podia conter a expectativa de poder parar o carro para acender com o isqueiro os cabelos de uma cabeça decapitada, medir a distância e rematá-la colocada ao ângulo, ali mesmo na gaveta, para o banco de trás do carro que provocou o acidente, onde a mulher do gajo sem cabeça ainda estava a gemer agonizante numa poça de gasolina, acompanhada com o característico dizer do Figo, “Toma!” e ainda um “Que é para aprenderes! Para a próxima tens mais cuidado! Palhaço!” cuspido pela janela e gargalhando insano, acelerava loucamente rumo a casa, acabei por não vislumbrar ponta de uma ráspia, nem um parafuso que me explicasse o que me tinha deixado aquele tempo todo ali a pastar... Abri as janelas, acelerei e aumentei o volume do rádio, respirei fundo e pensei, alegre, bem disposto e feliz, que a vida é bela e deve ser sempre vista pelo lado bom, cheia de bons sentimentos, fé nos Homens, apreciada e gozada na sua plenitude!

terça-feira, julho 10, 2007

Architecture in Helsinki - Heart it races

Razão vs Emoção

Há alturas na vida em que temos de tomar decisões que põem frente a frente a razão e a emoção. Desta vez essa altura chegou sob a forma da compra de um carro. De início tudo muito bem, a razão tomou as rédeas pois havia uma série de opções a tomar...

Gasolina vs gasóleo: ganhou o gasóleo face à enormidade de kms que tenho vindo a fazer...

Novo vs usado: usado! É absurdo comprar uma coisa que perde 25 a 30% do seu valor assim que a compramos e ainda para mais com os riscos inerentes a acontecer-lhe logo alguma coisa, o que comigo seria mais do que provável logo ao sair do stand...

Tipo de carro: aqui a razão foi tomar um café e deixou a emoção a braços entre um descapotável ou um jipe... após considerar os diferentes estilos e possíveis usos (por indicação da razão...) para o carro, cheguei à conclusão que queria um jipe... instintivamente dizia-me mais...

Qual jipe? a razão entretanto passou por aqui para me lembrar que queria algumas coisas como ar condicionado e algum conforto mas foi-se logo embora a seguir deixando novamente a emoção com uns quantos sites e fotografias... ui... já está! É este! O mais bonito de todos! O único e incomparável! O Cherokee!! LINDO!!!Verde ou preto! Tanto faz! Vi vários! Vi mesmo a outra versão um pouco menos rude, o grand cherokee (1as versões, quase iguais a este), mas a verdade é que nada mais havia a fazer e o carro encaixou em mim que nem uma luva! Andei num para experimentar! Ui! Se mais alguma coisa fosse preciso para me decidir era mesmo aquilo! Adorei! Já nem pensava em mais nenhum carro... aliás, há mais algum? Tadinho do meu Polo; sentia já a desilusão de quem foi trocado... Via o jipe em todo o lado... Londres estava pejada deles... Que loucura! Comecei a caça pelo exemplar perfeito, de site em site, de norte a sul do país... apareceram vários... excluí alguns... enviei mails... recebi telefonemas... fiz propostas... entregava o Polo sem remorsos para retoma, separando-me do carro que me tinha acompanhado por quase 50000kms nos últimos tempos... entretanto a estúpida da razão apareceu e começou a dizer que isto assim não podia ser, que um jipe tem manutenção mais elevada, que é mais difícil estacionar, que não anda tanto... argumentos muito válidos certamente mas que tinham ido bater à porta errada... "lamento" disse a emoção, "nós aqui não professamos essa religião!" e fechou-lhe a porta na cara. Ahhh! Antecipava já as minhas férias por terras alentejanas ao volante do meu TT! A escolha resumia-se a uns poucos que cumpriam com os requisitos... e eis que, sub-reptíciamente, a razão entrou pela janela e abriu um fórum onde dizia que os cherokees tinham problemas de sobreaquecimento! Que não eram fiáveis! Simultaneamente alguém próximo, com acesso a informação na área, a quem tinha perguntado sobre jipes, confirma isso mesmo. Insisti mais um pouco, não querendo acreditar que era mesmo assim... Mais uma machadada, desta vez possivelmente a final, chega sob a forma de um ex possuidor e grande fã desta máquina... Confirmou todos os maus créditos que o desiludiram até à venda... Pouco fiável ao nível de motor... A quase tudo a emoção resistiu, embora abrandando lentamente o seu avanço, mas desta vez... desta vez tombou... estou muito triste... a vozinha quase patética da emoção continua presente, inconsolável, sem querer acreditar que é mesmo verdade... "Pode ser que tenhas sorte e ao teu não lhe aconteça nada!", "É tããããão bonito!"... entre isso e ouvir a voz irritante da razão a dizer num tom paternalista "Eu não te disse? Eu já te tinha dito que era má compra!"... Odeio essa voz! Por um lado ainda me apetece ser do contra e comprar na mesma! Há um ano de garantia para usar! Nem todos têm este problema! Gosto tanto! Por outro, já me estou a ver parado numa estrada escura e deserta, sem bateria ou rede no telemóvel, a fazer uns kms a pé ao som da voz lamechas do grilo falante "Eu bem te avisei"... Mas porquê? Porquê que não posso fazer ou ter aquilo que realmente quero? Só porque sei antecipadamente que é certamente um erro? Não é coisa que me tenha detido antes... e há coisas que não têm explicação... Será que me vou meter num molho de bróculos? Cá estão os bróculos outra vez na minha vida... vou virar um jovem agricultor e cultivá-los (sem ser metaforicamente como tenho vindo a fazer)! E passo a andar de tractor!

Feel free to meter o bedelho and palpitate about this... há uma decisão a tomar! Razão ou Emoção? (o carro que a razão aconselha seria um Pajero, para manter a ideia do jipe e porque parece que é um bom compromisso entre TT, estrada e fiabilidade)

segunda-feira, julho 09, 2007

Lucky Soul - Lips are unhappy

zuco 103 - na mangueira

Calendário Catarseano II: 9 de Julho



Celebra-se hoje o Martyrdom of the Báb segundo a Bahá'í Faith. Esta religião criada por Bahá'u'lláh na Pérsia do século dezanove conta com cerca de 6 milhões de fiéis (Bahá'ís) em mais de 200 países no mundo.





Numa história relacionada, mais de 6 milhões de fiéis em Portugal (e muitos mais pelo mundo fora) celebraram ontem a primeira vitória da época com golos de Yu Dabao, Bergessio, Mantorras e Katsouranis. Esta religião fundada em 1904, conta agora com cerca de 14 milhões de adeptos e simpatizantes e é, segundo o Guiness Book of Records, o maior clube do mundo com 160000 sócios.

domingo, julho 08, 2007

Bjork - Violently Happy



Since I met you
This small town hasn't got room
For my big feelings

Violently happy
'Cause i love you
Violently happy
But you're not here
Violently happy
Come calm me down
Before I get into trouble

I tip-toe down to the shore
Stand by the ocean
Make it roar at me
And I roar back.

Violently happy
'Cause I love you
Violently happy
But you're not here
Violently happy
Overemotional
Violently happy
I'll get into trouble
Real soon
If you don't get here
Baby.

Violently happy
'Cause I love you
Violently happy
I'm aiming too high
Violently happy
It will get me into trouble
Violently happy
I'm driving my car
Too fast
With ecstatic music on.

Violently happy
I'm getting too drunk
Violently happy
I'm daring people
To jump off roofs with me
Only you
Can clam me down
I'm aiming too high
Soothe me

Nick Cave & P.J Harvey -Henry Lee

Gabin - Into My Soul ( featuring Dee Dee Bridgewater )

Gabin

kings of convenience




I'd rather dance with you than talk with you
So why don't we just move into the other room
There's space for us to shake, and hey, I like this tune

Even if I could hear what you said
I doubt my reply would be interesting for you to hear
Because I haven't read a single book all year
And the only film I saw, I didn't like it at all

I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you
I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you
I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you

The music's too loud and the noise from the crowd
Increases the chance of misinterpretation
So let your hips do the talking
I'll make you laugh by acting like the guy who sings
And you'll make me smile by really getting into the swing
Getting into the swing, getting into the swing
Getting into the swing, getting into the swing
Getting into the swing, getting into the swing
Getting into the swing, getting into the swing...

(Getting to the swing...)
I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you
I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you
I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you
I'd rather dance, I'd rather dance than talk with you
I'd rather dance with you
I'd rather dance with you
I'd rather dance with you

sábado, julho 07, 2007

mad about you II já quase só me falta o murray

Tell me why, I love you like I do,
Tell me who, Can stop my heart as much as you,
Tell me all your secrets and I'll tell you most of mine,
They say nobody's perfect but it is really true this time,
I don't have the answers,
And I don't have a plan,
All I have is you,
So darling help me understand,
What we do,
You can whisper in my ear,
Where we go,
who knows what happens after here,
Let's take each other's hands,
As we jump into the final frontier,
I'm mad about you,
I'm mad about you,
so mad about you...


mad about you I...

Feel the vibe, feel the terror, feel the pain
Its driving me insane
I cant fake
For God sakes why am i
Driving in the wrong lane
Trouble is my middle name
But in the end Im not too bad
Can someone tell me if its wrong to be so mad about you
Mad about you
Mad
Are you the fishy wine that will give me
A headache in the morning
Or just a dark blue land mine
Thatll explode without a decent warning
Give me all your true hate
And Ill translate it in our bed
Into never seen passion, never seen passion
That it why I am so mad about you
Mad about you
Mad about you
Mad
Trouble is your middle name
But in the end youre not too bad
Can someone tell me if its wrong to be
So mad about you
Mad about you
Mad
Give me all your true hate
And Ill translate it in your bed
Into never seen passion
That is why I am so mad about you
Mad about you

quinta-feira, julho 05, 2007

temptations

Calendário Catarseano: 5 de Julho


Hoje celebra-se o X-Day segundo a liturgia da Church of the SubGenius. Segundo este magnífico culto irónico pop alternativo que foi criado em data incerta, o mundo acabará/acabaria/acabou a 5 de Julho de 1998. Inabalados pela passagem incólume da terra por este dia, várias explicações surgiram, sendo as duas melhores que o ano estava ao contrário e afinal é 8661 ou que o calendário gregoriano está errado e que o dia 5 de Julho ainda não chegou. Aguardamos ansiosos a chegada da grande alien Sex Goddess que nos salvará (a nós, os crentes, claro!) e celebremos a efeméride condignamente. Mais informações em http://www.subgenius.com/


Muito bom! Gosto! Long live Pastor Bob Dodds e a 50 foot woman!

Princípio de Peter, Lei de Murphy e mais umas coisas, tudo misturado

Dá uma secretária de Estado que nem para directora de centro de saúde dava, uma directora de centro de saúde destituida do cargo e toda uma cena com muita piada, que ainda não consegui encontrar no youtube.

a audiência, constituída maioritariamente por profissionais e alguns dirigentes da saúde, não conteve as gargalhadas e um pigarrear jocoso quando a secretária adjunta da Saúde agradeceu as críticas feitas ao seu ministério, afirmando que "vivemos num país em que as pessoas são livres de dizer aquilo que pensam".

A frase surge uma semana após a polémica do cartaz afixado do centro de saúde de Vieira do Minho - que levou o ministro Correia de Campos a destituir a directora da unidade pelo tom "jocoso" utilizado. Perante a reacção da plateia, a secretária de Estado sorriu e apressou-se a corrigir: "... desde que seja nos locais apropriados". "Eu sou secretária de Estado, aqui nunca poderia dizer mal do Governo. Aqui. Mas posso dizer na minha casa, na esquina, no café. Tem é de haver alguma sensibilidade social..."

LCD Soundsystem

Jesus and Mary Chain

quarta-feira, julho 04, 2007

Boy meets girl...

Assim começam todas as histórias de relacionamentos... e, generalizando, todas as histórias, substituindo boy por girl, dog, god, devil, alien, house, book, gun, food, drug, detective, thief, job, animal, rock ou plant, girl por boy, dog, god, devil, alien, house, book, gun, food, drug, detective, thief, job, animal, rock ou plant e finalmente meet por kill, eat, create, destroy, read, write, buy, sell, fuck, bury ou lose. Deste modo temos uma matriz para todas as possíveis histórias que possamos imaginar ou viver. O resto são pormenores. Imaginemos o caso inicial do título: boy meets girl. Agora acrescentemos os detalhes a partir daqui:
(para criar ambiente e construir os personagens podemos dar um passado a um ou a ambos, neste caso de preferência contrastantes para se encontrarem num ponto ou inverterem os papéis ou semelhantes para caminharem juntos para o objectivo comum: o final... feliz? Isso fica em aberto para já para manter o suspense)

Numa versão clássica: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy gets girl back, boy marries girl and both live happily ever after.

Numa versão gay: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy meets boy, girl meets girl and both live happily ever after.

Numa versão moderna: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy gets girl back, boy gets fed up with girl, ditches her and gets new girl over and over again and lives happily ever after.

Numa versão psicopata: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy kills girl, girl’s boyfriend, respective families and pets, burns down their cars and houses, erases all proofs of their existence… ending A: gets away with all of this and lives happily ever after; ending B: gets caught and goes to jail, boy meets inmate, inmate gets boy in the shower, calls some friends and they’re all (except the boy) very happy for a few hours.

Numa versão de terror: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy summons a demon and makes a pact, boy gets rich, famous, good looking and lots of good looking and badly behaving girls, girl gets poor, ugly, sick and sent to Burkina Faso on A) a small box B) several small boxes, boy loses soul but live happily ever after… that is until Judgement Day where girl goes to heaven and boy goes to hell. Sequel: Girl meets boring angel and throws herself down from the cloud they were living in. Boy meets the good looking and badly behaving girls again and together they watch the falling angels drop.

Numa versão swing & dark: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy gets girl back, boy marries girl, both start to get bored and go to parties where they meet their neighbours, they get naughty with the neighbours and leave their little daughter alone at home, someone meets their little daughter, someone takes their little daughter, boy and girl gets devastated and decide to go around the world asking for their little daughter and, in the meantime, go and meet some more naughty neighbours…

Numa versão mais consentânea com a vida real: boy meets girl, boy falls in love with girl, boy loses girl, boy gets girl back, boy marries girl and have some kids, they grow older, boy gets bored and goes on business weekends more often, girl gets bored and hires a gardener, boy buys a convertible, girl buys some cosmetic surgery, spa sessions and tennis lessons and they both live happily ever after until one of them files for divorce or murders the other to go and live with the secretary or tennis professor. Kids get double share of presents during separation process and learn how to type and play tennis for free.

London part IV: museums










Dos vários museus que a cidade oferece, desta vez deu para desbravar 4: Medieval Dungeon, Victoria and Albert Museum, Natural History Museum e Tate Modern. O primeiro (foto1), uma imitação reles da Madame Tussaud's Wax museum, versão medieval, é fraco e não merece a visita. O segundo é imponente e variado na oferta, com um jardim interior, o John Madejski Garden (foto2), muito apelativo. O terceiro é gigantesco (foto3), muito bom para quem se interessa pelo tema, especialmente divertido e educativo para crianças (e não só). O último, o melhor para mim, é genial (foto4 e 5). O próprio edifício, uma antiga power plant, é marcante. As exposições no interior, tanto as temporárias como as residentes, são mesmo muito boas no campo da arte moderna, com especial destaque para uma sobre a vida nas metrópoles, com filmes, cartazes, maquetes, gráficos, informação e fotografias que abarcam o tema da qualidade de vida em função do planeamento urbano. Dá para pensar...
E ficou tanta coisa por ver...

terça-feira, julho 03, 2007

London part III: Pubs & Clubs







Para acrescentar ao roteiro de London by night: The Foundry (1a foto) - muito alternativo, com direito a galeria para artistas amadores sujeitos à condição de nunca terem exposto antes. Tiger Tiger - a arena de caça local. Plastic People - Um club pequeno e discreto com direito a dançar boa música numa pista iluminada apenas pelo sinal da saída de emergência. The Fabric - Mega club de arquitectura industrial e música electrónica. Tudo sempre regado a Guiness e para terminar o belo English Breakfast!

London part II: Landscapes







Uma cidade cheia de imagens características, monumentos emblemáticos e traços reconhecíveis. Uma cidade cheia de câmaras que convive de perto com a paranóia da segurança. Uma cidade que vive 24 sobre 24 horas sempre à mesma velocidade: frenética. Uma cidade em que o tempo muda da chuva para o sol e de volta para a chuva de 15 em 15 minutos. Uma cidade onde o verde e o cimento coexistem. Uma cidade cheia de pessoas na sua maioria civilizadas, amistosas e dispostas a conversar em qualquer altura ou lugar.

segunda-feira, julho 02, 2007

London part I: Can I kiss it and make it better?

Ao ser-me dirigida esta frase lindíssima (uma variante da qual por acaso consta numa toalha de praia genialmente kitsch que me ofereceram no meu último aniversário - ver foto acima), proferida por uma piquena num club inglês (Tiger Tiger: Praia da Oura no UK, esse mesmo onde estava o carro bomba no dia anterior e à porta do qual o meu passaporte gerou um alarme no sistema de segurança... eu sabia que não o devia ter comprado àquele marroquino com ar suspeito...) mal queria acreditar no que estava a ouvir... Para além da coincidência da toalha há ainda a salientar a subtileza do gesto, segurando-me ternamente a mão (entalada) e administrando-lhe o tratamento que tinha segundos antes advogado. Mencionando de passagem que a indústria farmacêutica tinha muito a ganhar com formulações medicamentosas assim apresentadas, pela abordagem straight to the point e pela apreciação estética da administradora, posso acrescentar que o dedo fracturado deixou de ocupar lugar no meu espírito durante uns tempos e apresentou uma faceta mais agradável que as dores e o incómodo até então manifestados.

Medicina tradicional à parte, o beijo é de facto algo de mágico, sensual, incrível. Uns melhores, outros menos bons, dependendo dos intervenientes, do contexto, da habilidade, do sentimento, do momento, seja como for é sempre um acontecimento de partilha e proximidade. Curtos, longos, saborosos, rápidos, demorados, quentes, húmidos, simples, elaborados, repetidos, repenicados, delicados, ternos, intensos, amistosos, inocentes, apaixonados, saudadosos, malandros, para curar, para animar, para saudar, nos lábios, na testa, na mão, no pescoço, na bochecha, no nariz, na orelha, no ombro... Ui ui... Gosto!


Tomates como antigamente...

Uma notícia recente sobre intensificadores de sabor em tomates geneticamente manipulados faz pensar no rumo que as coisas andam a tomar... durante anos, com recurso a técnicas tradiocionais de agricultura de cruzamentos entre estirpes para escolher características (afinal nada mais que manipulação genética grosseira), os produtores escolheram forma, cor, consistência e resistência a doenças como sendo as prioridades para os seus tomates. Com isto perderam o sabor tradicional. Escolhas, dirão alguns, já que não se pode ter tudo... ou pode? A GM diz que sim e juntou uns pozinhos de sabor que retirou de outra espécie. O resultado foi um híbrido que ganhou nos testes de paladar.
Em princípio não sou contra o uso destas técnicas genéticas para aprimorar espécies agrículas em nosso benefício, pois afinal a agricultura e a pecuária sempre o fizeram só que com recurso a técnicas menos sofisticadas e com mais limitações. A questão aqui é saber bem aquilo que queremos e pensar antes de fazer as coisas, já que as implicações podem ser mais imprevisiveis que as respostas do génio da lâmpada aos pedidos. Não vale a pena criar fruta que brilhe no escuro para poderem fazer colheitas durante a noite se depois nos vamos queixar que não conseguimos dormir no pomar com a luz...
Também não vale a pena armar em velho do restelo e dizer que antes é que era bom porque foram as técnicas tradicionais que retiraram o sabor ao tomate e reduziram a variabilidade genética das populações pecuárias, reduzindo a sua capacidade para resistir a novas doenças... é usar o melhor que temos da melhor maneira que pudermos... com juízo e noção das implicações que isso terá neste mundo cada vez mais pequeno. Senão estamos só a jogar aos dados e quem vier a seguir que pague as apostas perdidas...

(Isto de escrever sobre comida é da fome com que estou...)