Coincidências...
Há alturas em que as coincidências ganham um significado extra e quando isso nos permite escapar ilesos a um acidente na IC19 tudo parece diferente (podes ligar mais vezes, P, depois desta. Qualquer coisa que precises, um órgão interno, um álibi, etc, é só dizeres).
Circulava eu à velocidade de cruzeiro de 140Km/h pressionando o carro da frente para me desamparar a faixa (ao que este fazia orelhas moucas) quando tocou o telefone. Era uma chamada de trabalho. Abrandei um pouco a velocidade e abri uma certa distância para o Peugeot que tanto me estava a chatear por não encostar à direita.
A chamada terminou minutos depois e preparava-me para retomar a perseguição à minha némesis daquele trajecto que seguia uns 5, 10 metros à minha frente, quando, numa curva à esquerda, perturbado por alguma coisa que não percebi, a condutora começa a perder o controlo do carro, oscilando entre o separador e os carros da faixa central numa espiral de erros que culminou num magnífico estoiro quase de frente contra a divisória de cimento e consequente ressalto para a faixa central, felizmente liberta de carros que se aperceberam do que estava a suceder e se afastaram. Entre destroços, fumo e óleo, consegui passar no buraco da agulha que se formou entre o carro destroçado e o separador, quase por instinto. À passagem, tempo ainda para ver a condutora acidentada tombada para o banco do lado e o festival de travagens, desvios, manobras de emergência que se seguiu por parte dos restantes condutores.
Valeu a chamada (podes ligar mais vezes, P, depois desta. Qualquer coisa que precises, um órgão interno, um álibi, etc, é só dizeres) para não me ter juntado à pilha de metal retorcido. É que não me dava jeitinho nenhum estoirar-me todo agora. Morrer então era totalmente inconveniente. Tenho montes de coisas marcadas, pessoas para ver, lugares para ir.
(consultadas as notícias que não mencionavam mortos no IC19 anteontem)
Moral da história 1: se não queres ter um acidente no IC19 atende o telemóvel, mesmo que seja trabalho.
Moral da história 2: se não queres ter um acidente no IC19 deixa-me passar quando me estás a abrandar.
Moral da história 3: se não queres ter um acidente no IC19 aprende a conduzir o teu Peugeot.
Moral da história 4: salta sem olhar no IC19 e terás ovos no teu cesto.
Moral da história 5: um separador de cimento ganha sempre a um Peugeot.
5 comentários:
Quer me cá parecer que queres fazer companhia a uma amiga nossa na lista negra da DGV.
E não terás sido tu que puseste a senhora nervosa com essa perseguição ao ponto de ela se despistar?!!
Caramba! Isso é pior que o (mau) estado das minhas amígdalas. Não podias ir a menos de 140 no IC19? Uns 100 não te chegavam? Era mesmo preciso ir tirar a "mãe" da forca?
Valha-te o acaso: ainda bem que abrandaste. Há sempre um dia em que nos lixamos, por nossa causa ou por causa do vizinho do lado.E é preciso pensar mais nos eventuais "vaipes", azelhices ou simples descontrolos do vizinho do lado. Para susto deve ter valido! Quer dizer...deve ter valido um bocadinho pequenino, pequenino...
Moral da história 6: há sempre uma curva na nossa vida que nos descontrola...
Ainda bem que saiste ileso de toda essa salgalhada...e ainda bem que ela não era eu, senão ainda saía do carro e te dava um murro no meio dos olhos (pudesse eu andar) convencida que terias sido o autor moral do meu despiste!!!!
Nessas situações, IM sai do carro e espeta um murro no primeiro....eheheheheh
hoje fui a 120 e voltei a 80... podia ter sido do susto mas a verdade é que para lá estava trânsito, para cá esqueci-me que estava na reserva e não parei nas bombas... :)
também pensei no acaso, na coincidência e na autoria moral do sinistro... não consigo chegar a nenhuma conclusão e por isso juntei-os no embrulho descartável do dia e vai tudo fora antes de ir dormir. ;)
a DGV nada pode contra mim!! Eu é que tenho a carta do Mantorras!! Eheheheh
ahahahaha...pois é, a carta do Mantorras!!! Por acaso ouvi logo de manhã nas notícias que estava um caos o trânsito em Lisboa, sobretudo no IC19 e lembrei-me logo de ti! E depois lembrei-me logo de mim, porque estava tudo empenado na ponte da Arrábida, na do Freixo e na do Infante...e eu só queria desviar-me de todos os peugeots!!! ehehehe
Mas tirando isso,não adianta...eu tenho um problema no pé e não posso flectir muito...eheheheh...quanto mais deitadinho vai o pé no pedal, melhor....é um problema, este, o do pé...
Mas agora fora de brincadeira, estas coisas levam-nos mesmo a pensar na velhar história da necessidade vs acaso, não é? Mas também em nome do quê vamos entar justificar as coincidências? Não serão mesmo só isso, puras coincidências: estar na hora certa no sítio certo ou estar no sítio errado na hora errada?...
hummmm
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