É o normal.
Existem umas normas plasmadas na convenção de Genebra que definem as regras que a guerra deve seguir. È claro que esta convenção é um absurdo e só se compreende na tradição racionalista europeia, que tenta, através da lei evitar que a Europa volte a ser uma mar de cadáveres que foi até ao final da II guerra mundial. A convenção de genebra pretende ordenar a barbárie que é guerra. Só que a guerra não é ordenável, porque se o fosse não se chamava guerra, chama-se xadrez.
A guerra é tripas, pessoas esventradas e órgãos esfacelados. A guerra é ir de manhã para o trabalho em Madrid e levar com um barrote em brasa no peito e agonizar em dor até à morte. A guerra é perder filhos, pais e irmãos. Guerra é barbárie. O que os soldados americanos fizeram aos iraquianos é o que sempre todos os soldados fazem aos inimigos. Pontapear, humilhar, abusar é o “business as usual” de qualquer guerra passada ou futura. A espécie é assim. E não vão ser umas letritas escritas num papelito que ninguém sabe que existe que vão barrar a tendência para a barbárie. Pelo menos até que o homem deixe de ser “humano, demasiadamente humano”.
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