segunda-feira, maio 24, 2004

CCDRC - O desastre continua

No Verão de 2003, depois de um ano inteiro sem liderança, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) ganhou um novo presidente: o social-democrata Paulo Pereira Coelho, que abandonou a vice-presidência da Câmara da Figueira da Foz para assumir o cargo.

O polémico e claramente sub-qualificado político entrou em grande na instituição. Dando a entender que iria proceder a uma revolução, "expulsou" para novas localizações todos os que trabalhavam no edifício central, mandou instalar SportTV no seu gabinete, assinou o Record e meteu mãos à obra.

Ao fim de alguns meses as medidas de fundo chegaram: foi criada uma Agência de Turismo que permitiu a contratação da esposa de um vereador social-democrata da Câmara de Coimbra e de outros ilustres sociais-democratas da cidade, pagos a peso de ouro, claro. Quanto a revolução, nada. Meia dúzia de contratos não renovados foi tudo o que se viu.

E a CCDRC, mal ou bem, parecia começar a andar novamente. Depois de mais de um ano e meio sem nada fazer, a nova equipa da presidência parecia estar por dentro dos assuntos da casa, e a pesada locomotiva dava sinais de querer arrancar.

Só que ainda não foi desta. O Presidente, por certo pelos magníficos trabalhos realizados na autarquia da Figueira e na CCDRC, foi nomeado Secretário de Estado da Administração Local. A CCDRC está novamente sem Presidente. Será preciso nomear um novo, será preciso que este estude os programas que deve gerir e será preciso rezar para que, quando tudo isso tiver acontecido, não haja uma nova remodelação governamental que o leve para Lisboa. Estaremos então em 2005. Já não haverá dinheiro para atribuir neste Quadro Comunitário. E claro, em 2006, o novo governo, que se prevê socialista, quererá certamente nomear um dos seus para a Presidência da CCDRC.

Mas nada disto importa. O que importa é que quem presta relevantes serviços ao partido, perdão, ao país, veja o seu esforço recompensado.

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