Any Given Sunday
Domingo. Um domingo qualquer. Dia da inevitável ressaca dos festejos de sábado à noite. Dia de missa à qual não me esqueço nunca de faltar. Dia de feijoada à brasileira em tempos idos em casa da minha avó com o clássico e inexplicável ovo estrelado em cima do feijão e da farofa, ao lado das torradas. Dia de esplanada se estiver sol ou de sofá a ver (ou veria caso tivesse televisão em casa e não detestasse ver filmes no portátil) os inefáveis filmes de arquivo como o Beethoven IV, Speed XVI, Um sogro do pior III, de preferência ao mesmo tempo e com largos períodos de sorna pelo meio mas sem nunca perder o fio à pré-digerida meada. Dia de chá quente, bolo fresco e namoriscanço indecente. Dia de futebol na televisão ou no estádio a ver o Benfica a jogar miseravelmente mal mas, com um pouco de sorte ou vento a favor, a ganhar. Dia de jogo de futebol jogado, faça chuva (e tanta que fez ontem, assemelhando o dito jogo a algo mais aquático) ou sol e dado que é por volta das dez da noite é pouco provável que faça sol mas se fizer ficam desde já a saber que há jogo na mesma. Dia para tanta coisa mas que, no final, acaba quase sempre com aquele gostinho de pré-segunda-feira e em que parece que não há nada para fazer...