Há mais vida para além da lei...
Os estudantes violaram a lei ao fecharem a cadeado a Porta Férrea; os estudantes suprimiram a ordem do estado democrático na antiga rua Larga, foi com estes comentários que algumas pessoas criticaram, em nome da lei, os protestos dos estudantes.
Em nome da lei e do estado democrático, os que durante as crises académicas de 1969 andavam a bater em Pides e a ensaboar escadas monumentais para derrubar os cavalos da G.N.R vêm agora dizer que os estudantes não têm o direito de fazer, nem sequer o mesmo, mas algo, muito menos agressivo. Aqueles que combatiam a lei, antes do 25 de Abril, e que por esse facto fizeram cair o regime fascista, devem, ou pelo deviam, aceitar, que os estudantes não concordem com esta lei das propinas e que por isso estejam dispostos a combatê-la.
A verdade, é que a geração que hoje está no poder em Portugal, não aceita que possam surgir mudanças como aquela que eles próprios organizaram e que de tanto se orgulham.
A lei não é nenhum imperativo categórico e se se pode impor ao corpo pela policia, não se pode impor ao espírito sem que dela emane Justiça. Por isso, é que a tortura do sono era legal mas todos a sentiam injusta.
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