segunda-feira, novembro 10, 2003

Anti-extremista

O extremismo e o fanatismo são fenómenos que sempre me preocuparam. Sempre acreditei e continuo a acreditar que são responsáveis por muitos dos males do mundo.

Em Portugal há sinais, que me parecem muito preocupantes, de uma crescente tolerância para com determinado tipo de extremismo político e ideológico. Talvez seja culpa dos seis anos que passámos com um governo da 3.ª via, que não decidia, não fazia, não deixava fazer nem queria que se fizesse.

Este fim-de-semana passaram nas televisões dois desses sinais: a intolerância geral face aos protestos dos estudantes e a manifestação dos “amigos de Olivença”.

No primeiro caso estamos perante uma luta cuja justeza não vou, neste momento, discutir. O que digo é que os estudantes têm o direito de se manifestarem por aquilo que julgam justo e que é normal que jovens de 18 ou 20 anos ultrapassem alguns limites. Cabe à sociedade, quanto muito, explicar-lhes isso. Nunca ser completamente intolerante para com eles. Até porque eles têm muito a acrescentar a este país, em muitos aspectos.

No segundo a questão é completamente oposta. Os “amigos de Olivença” têm igual direito de se manifestar. Mas é estranho que um grupo de extremistas patéticos que se manifesta à porta de uma cimeira ibérica seja notícia e não receba sinais de desacordo por parte do resto do país…

Esperemos que estes sintomas de extremismo passem depressa, porque já temos problemas a mais no país.

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