O puto quer um brinquedo novo
PSL candidatou-se a presidente do PSD com ambições a primeiro-ministro em 2009.
A cada minuto nasce um otário.
Estas duas frases devem ter estado na base das sondagens eleitorais que validaram a candidatura e, caso vença, o que não acredito porque ainda tenho alguma fé no discernimento das pessoas e na sua memória colectiva, acho que poderá ser o fim do PSD e o reinício do tempo das vacas gordas para o país. Para os abutres do costume, claro. Ontem já lá andava (desculpem a emenda mas tenho de adicionar as palavrinhas "pelo menos" aqui senão os outros podem achar que são diferentes ou que foram esquecidos, o que não é o caso) um que conheço como tal, a rondar, a fazer o que sabe melhor para ser nomeado para o que não sabe fazer, para rapar o tacho. Escroques. Pulhas. Ladrões. Estas últimas são só palavras do dicionário, nada tendo a ver com juízos de valor sobre as pessoas em questão. Para essas julgo que nem o Mia Couto conseguiu ainda inventar terminologia adequadamente insultuosa.
A política partidária em Portugal (não falo no resto do mundo porque me escapa, ainda que, repito, veja com bons olhos a quase vitória do Obama) enoja-me com os seus joguinhos de trocas de poleiro e favores, da esquerda à direita. Já há muito que me deixei disso e, a julgar pelos crescentes números da abstenção, não serei o único. Para mim, o futuro está nas candidaturas apartidárias independentes, baseadas em movimentos temporários dedicados a uma missão, que reúnam pessoas capazes com vontade de fazer e sem vontade de serem políticos profissionais, o que cada vez mais soa a um nome feio.
E bem que gostava de ver um dia um mecanismo de responsabilização política das promessas eleitoralistas. Isto para não falar num cadastro do funcionário do Estado que impedisse a dança dos incompetentes dos aparelhos pelos apetitosos cargos de gestão e consultadoria nas empresas públicas nacionais e municipais - a nova vergonha inventada para contornar a lei.
2 comentários:
Não conseguiria expressar melhor aquela que é a minha opinião geral sobre a política partidária em Portugal, apenas gostaria de fazer um pequeno reparo.
Na minha óptica, a abstenção representa mais a indiferença dos portugueses para com os seus deveres cívicos do que propriamente pessoas que não votam porque já não acreditam naqueles que os representam no parlamento.
Se basta estar um dia de sol, para não se ir votar em algo tão importante como a despenalização do aborto…
Sim, é verdade. Falta de civismo e de sentido de dever. Alheamento completo da responsabilidade da decisão. Enfim... depois ganha peso a frase "cada um tem aquilo que merece", no caso, os líderes.
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