quinta-feira, setembro 01, 2005

João Deão 15


Rapariga que tem o mesmo nome que outra que João encontrará mais tarde. Rapariga, que logo que o viu encostado à parede, no início da rua, fantasiou se seria simpático e meigo. Se dava um bom namorado: um bom marido: um bom pai. Em andamento, a tudo, concluiu que sim, por isso, porque nunca se perde nada em tentar, porque estaria sempre protegida pelas regras que definem as relações entre homens e mulheres e porque viu todos os episódios do Sexo e a Cidade; esta Teresa, noiva de um ascendente engenheiro na Mota Engil, pára frente a João e simula procurar o telemóvel na carteira, para se demorar no campo de visão dele. João se a olha, é, para a ver à transparência. Interessa-lhe observar a mulher que vem atrás: Cremilde. Teresa, como para o mundo, só ia à procura do seu telefone, acredita que só ia à procura do telefone, e, acelera o passo, para ir lanchar com Miguel, seu namorado super-star do betão armado, à esplanada, virada para o Rossio, da pastelaria Suiça. Pedirá um chá verde, um bolo de chocolate e dirá: "Está frio, devia ter trazido um casaco pelas costas."

1 comentário:

Anónimo disse...

O João, que já foi Deão, está a ficar chatarrão. Para além disso, as personagens estão a ficar evidentes. está na altura de tomar uma aspirina, que é para o sangue subir à cabeça com mais força. se a aspirina não der... tenta o viagra com red bull.
Preto