sexta-feira, agosto 19, 2005

João Deão 8 e 9

João entrega ao empregado lagarto, o saco de plástico já sem gelo. Senta-se ao lado de Isabelle. Olha-a. Olha uma recém chegada imperial. Pega-lhe.
-Sabes é por isto que eu detesto chinelos.
Bebe um golo a sorrir.
-Ouviste o barulho do chinelar quando ela foi à casa de banho pôr gelo na ferida? Assustador.
-Sádico!
-Não somos todos.
-Estavas a olhar para ontem?
-Não. Estava a olhar para ti.



De pé, encostados ao balcão, com duas imperiais fresquíssimas, João e Isabelle conversam. Estão frente a frente. Entre eles, meio palmo. João com a mão na cintura de Isabelle sente na ponta dos dedos o vinco da roupa interior. Ela: visualiza-a. Sorri. Ele olha-a nos olhos. Ela desvia o olhar, aproxima-se dele, eleva-se para lhe dizer um segredo. Ele baixa a cabeça, para a escutar, e vê o peito dela com gotículas de transpiração. Agora, sente-o de encontra o seu, com se esse fosse a única superfície que a impedisse de cair. João sorri, como se ouvisse alguma coisa do que ela lhe segreda ao ouvido. O hálito na sua orelha arrepia-o, o pescoço que o serpenteia hipnotiza-o e os cabelos molhados na nuca atraem-lhe os lábios para a extremidade do ombro . Toca-me ao de leve e a temperatura invade-lhe as faces. Inspira em pequeninos espasmos e nem repara a sua mão no meio das costas dela a aperta contra si. Com uma força hesitante que treme. Ela afasta as pernas, avança uma para o meio das dele. Sente-o. Cora de lisonja e olhando-o nos olhos, beija-o acima da boca, depois afasta-a a mão dele que lhe torneja toda a cintura. Vira-lhe as costas e puxa-o pela mão para a mesa onde as amigas ainda cacarejam acerca do enorme hematoma no pé da belga e nas calças de João. Ela percebe e coloca-o atrás de si. Sentindo-o frente ás amigas

2 comentários:

Pequena Lontra disse...

isto está cada vez melhor....
é um fartote vir aqui...

Softy Susana disse...

demais... espectaculares, estes textos. Parabéns!