oral...idade
Não, não é um post sobre pedófilia.
Há uma expressão que começa a fazer o seu caminho na linguagem coloquial dos Portugueses. Depois do “ não havia necessidade” e do “shraaaan” eis que surge o “ou não”. Estas modas cíclicas que democratizam a linguagem, têm normalmente origem no grupo social que o resto dos grupos tenta imitar. Na maioria dos casos estas bengalas da oralidade apenas servem para isso: igualar, pelo menos no falar, os diferentes. Para além desta função óbvia, penso que se pode tentar ir mais fundo e analisar o próprio significado do conteúdo de cada bengala. Agora, interessa-me o “ ou não”.
Concluir uma frase afirmativa ou negativa com a expressão “ou não “ traduz um relativismo ético-moral absolutamente novo por estas terras cristãs. Dizer isto e depois negá-lo imediatamente é a única possibilidade ética para o homem pós-moderno se superar.
Esta é sem dúvida a expressão da Beach Generation que raia em Portugal. Ou não! E algures neste blog ela surge já num post longínquo, em titulo. Ou não!
Aplicações práticas: Olhe queria um café? Ou não! Vá à merda! Ou não! Amanhã vou mudar a minha vida. Ou não!
É genial, sentir o vazio que fica depois de um ou não. Ou...
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