quarta-feira, janeiro 28, 2004

2º parte...

Entrevistador, bastante atrapalhado :
- Não, nada disso… eu não queria insinuar que alguém que nós não vemos estava agora neste exacto momento a ter .... consigo. Eu sei … os votos... bem …diga-me lá então, por que razão é que ficou assim com a voz?
Irmã:
- Foi há muitos anos atrás, andava a brincar com os meus primos, coisas de miúdos… saltar e pular e apanhar uns cogumelozinhos avermelhados que existiam lá para os lados de Fátima. Lembro-me que numa tarde comemos tantos que passei a noite toda a falar de uma visão que tive. E isso já se sabe, naquela zona faz bastante frio, ... nós pobres como éramos... tínhamos de dormir ao relento. É uma zona onde cacimba muito, sabe. Bem, fiquei rouca, nessa noite. Nos dias e semanas que se seguiram todos me pediam para contar a visão que tinha tido naquela tarde
e por isso tive muitas vezes de repetir a mesma história; e claro está! a voz da pessoa sem descanso, e com uma faringite que já vinha de trás ressentiu-se… e olhe, nunca mais recuperei dessa faringite. A minha sorte é nunca ter fumando muito, nem ter saido muito à noite quando era nova. Claro! lá dei as minhas passitas…e lá me embededei uma ou duas vezes nada que passasse dos limites. Agora estou melhor, depois de ter entrado para o convento com o silêncio e com este xarope que me lá fazem. Só ainda há uma coisita que ainda não percebi...

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