Lisboa
Passados 2 anos de pleno usufruto, posso dizer, sem reservas, que estou perfeitamente rendido a tudo o que ela tem para oferecer, restando ainda tanto para descobrir numa cidade que se renova em permanente mudança por possuir massa crítica suficiente para tal. Anos que passem e haverá sempre algo novo para conhecer, haja também espírito e vontade para o fazer. Acredito que, para quem cá sempre viveu, este espírito de novidade se esgote e até adianto que, contingências da vida o permitam, venha a existir a possibilidade de rumar a outra metrópole de uma escala e nível de vida superior como Barcelona, Madrid, Londres, Nova Iorque, São Francisco, Tóquio, Hong-Kong, Paris, Roma, Milão, São Paulo, Rio de Janeiro ou Berlim. Também aceito que não se tenha essa vontade e que outros queiram ficar mais tranquilamente instalados na pacatez de uma cidade pequena. Tudo depende dos objectivos, gostos e fases da vida. Por mim assumo o gosto pela cosmopoliticidade e animação cultural que Lisboa (ou outra das mencionadas) me oferece nesta altura. Gosto de viver aqui. Vejo-me a viver aqui.
Há teatros, concertos, restaurantes, noite, comércio, habitação, jardins, museus, estádios, empregos, acessibilidades, arquitectura, educação, pessoas, diferenças, escala, cultura, risco, novidades, oportunidades, feiras, festas, esplanadas, diversão, entretenimento, desporto, praia, monumentos, movimento e animação em quantidade suficiente para combater o tédio e o comodismo. Claro que também há poluição, trânsito, crime, custo de vida e todos os restantes malefícios das cidades grandes mas tem de haver um preço a pagar pela maior oferta...
Inicío este terceiro ano com mais mudanças à vista, depois de 2 empregos e 3 casas, depois de fases boas e menos boas, depois de experiências variadas com que aprendi imenso, depois de conhecer pessoas diferentes e interessantes, entre as quais tive a felicidade de reter bons amigos. Não posso dizer que espero de Lisboa em 2008 pelo menos o mesmo porque espero mais ainda!












