quarta-feira, janeiro 05, 2005

É preciso ter

A esperança é a última a morrer. Não há ditado mais verdadeiro para mim. Morrerei seguramente antes de todas as minhas esperanças. E sei que mesmo nesse dia continuarei a acreditar nelas, pelo que por cá ficarão depois da minha partida. Acredito sempre na reviravolta de última hora; acredito sempre que ainda vou conseguir. Entristece-me quando já não tenho expectativas em relação a determinada coisa. Por isso não tenho escrito sobre as próximas eleições, sobre Portugal.

Mas não faltam provas de que vale a pena ter esperança. Almocei hoje com a esperança suprema, ainda escondida numa barriga de oito meses e meio. Dela tudo se pode esperar, não pode haver esperança maior (por isso se diz "estar de esperanças"?). Enquanto existirem nascimentos a esperança continuará cá para ser a última a desaparecer.
Ainda não nasceste e já me faz bem almoçar contigo.

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