Prestígio dos economistas
Poucas classes profissionais defendem tão mal o seu prestígio como os economistas. Poucas delimitam tão mal o seu raio de acção e conhecimento. Talvez por falta de uma ordem forte, mas como eu antipatizo com as ordens profissionais, não vou por aí.
Ainda na semana passada tive mais um exemplo do fraco prestígio dos economistas em Portugal. Numa conversa de amigos, e estando presentes três pessoas que passaram pelo menos cinco ou seis anos das suas vidas a estudar a ciência económica e os seus mecanismos, discutia-se se hoje é melhor, em termos de dinheiro gasto/investido, comprar ou arrendar casa. Ora as duas pessoas presentes que não são da área da economia tinham uma opinião forte sobre o assunto, e estiveram largos minutos a discordar dos seus amigos. Por fim, talvez tenham ficado convencidas...
Agora imaginem a situação ao contrário, com dois economistas a discordarem de três médicos, durante largos minutos, sobre o melhor tratamento para a hipertensão...
1 comentário:
este post nem parece deste blog anti-fascizóide...
então e não se andar cinco ou seis (ou mesmo mais anos...) é motivo para não se comentar as áreas "científicas" em que os outros, supostamente, são especialistas?
mal vai a autoridade que não aguenta ser questionada...
não é uma questão de prestígio, mas sim de abertura ao diálogo e de tolerância. E de aceitar que, às vezes, a razão pode morar ao lado...
Enviar um comentário