Portugal, que imigração?
Vamos imaginar um tipo na Roménia. A vida está má. Não dá pra comer. O Munteanu - vamos chamar-lhe assim - decide emigrar. Decide emigrar para um (outro) país da União Europeia, onde se viva melhor. Parece-me lógico. Fica perto e deve ser um dos melhores sítios no mundo para se viver. Presumo que alguém que decide emigrar não escolhe o destino à sorte ou comprando o bilhete mais barato da Ryan Air. O Munteanu informa-se. Presumo que escolhe de acordo com as coisas que mais valoriza. Presumo que faça uma lista dos países da UE e ponha uma cruzinha aos três ou cinco países melhores em cada categoria. País mais tranquilo: Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca. Pais com salários mais altos: Inglaterra, Alemanha, Suécia. País com mais protecção social: França e nórdicos. País com mais sol: Grécia, Itália, Espanha, Portugal. País com menos desemprego: Irlanda. País com mais crescimento económico: Irlanda, Espanha. É difícil (impossível?) imaginar um cenário em que o resultado desta análise indique como melhor país para emigrar: Portugal.
O que me leva à conclusão de que quem imigra para Portugal à procura de melhor vida ou é uma pessoa que não se sabe informar ou tem critérios muito estranhos. Ou seja, ou o Munteanu é uma pessoa muito inapta ou procurava um país com baixos salários, pouca protecção social e muita corrupção. Só assim se explica que tenha vindo parar a Portugal.
1 comentário:
Em conjunto com o sol e o pastel de nada, perdao, de nata...
Ou entao decidiu optar por um país que nao guarante que malas encontradas sejam entregues ao destinatário.
Estou por cá, quando aparecer por Coimbra telefono, talvez já nesta sexta-feira.
E por tudo isto decidi ir embora. Há quem decide ficar, os idealistas com vontade de modificar o mundo...
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