Historietas da vida real
2 casais dirigem-se a um restaurante em Tavira, junto ao rio, aprestando-se para se refastelarem com um prato típico de sardinha na brasa. Escolhido um restaurante, um pouco ao calhas é certo, sentaram-se e esperaram pela empregada. Aparece uma rapariga oriental (o que, em conjunto com a decoração do interior do estabelecimento, veio mais tarde provar uma recente mudança no tipo de comida servida de tipicamente chinesa para portuguesa típica) que pergunta pelos pedidos.
- Eram 4 doses de sardinha, por favor!, diz o cliente
- 4 não, 1!
- 1? Porquê? Queremos 4.
- 4 não. Pedir 1 e provar. Se gostar pedir mais.
- Como?
- Às vezes pessoas comer e gostar. Às vezes não comer e reclamar. Eu não querer problemas. Pedir 1.
- Como?
- Eu não saber se sardinhas serem frescas. Comprar no Recheio. Pessoas às vezes comer tudo. Outras vezes deixar no prato. Eu não querer problemas.
- Hum... queríamos 4 bitoques, por favor.
(Ouvido ao vivo, baseado num caso real e reproduzido na íntegra tanto quanto a memória o permite, o que equivale a dizer que não é minimamente de fiar, e também sem nenhum consentimento dos envolvidos, nem que seja tácito. Enfim, em abono da verdade, também não me proibiram e nem sequer posso dar qualquer garantia de que isto não seja absolutamente apócrifo. Adianto ainda que lavo já daqui as minhas mãos, qual Pôncio Pilatos, dos problemas resultantes para o sucesso das sardinhas do Recheio, do turismo em Tavira no geral e deste tasco em particular. Eu não querer problemas! Chamar a ASAE!)
2 comentários:
Olha, eu cá acho que "quem diz a verdade, não merece castigo (tão forte, pelo menos!)"!!!!
pois, nem é pelo castigo, porque a ASAE seria demais... mas gostei muito da total honestidade (e inocência) com que a frescura da dita sardinha foi abordada... teve piada - eu não querer problemas!
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