Contos curtos sobre nada: Conversa parva
- Relembra-me lá porque é que não se pode ter tudo o que se quer?
- Porque assim não tinha piada nenhuma.
- Ah!,..., e porque é que não tinha piada se era o que queria?
- Porque sem esforço não dá gozo nenhum.
- E quando não consegues o que queres?
- Ficas triste nessa altura mas mais contente quando conseguires a próxima.
- Forma o carácter, é isso?
- Sim, qualquer coisa como isso.
- Porque assim não tinha piada nenhuma.
- Ah!,..., e porque é que não tinha piada se era o que queria?
- Porque sem esforço não dá gozo nenhum.
- E quando não consegues o que queres?
- Ficas triste nessa altura mas mais contente quando conseguires a próxima.
- Forma o carácter, é isso?
- Sim, qualquer coisa como isso.
- Estás a querer insinuar que não tenho?
- Eu não disse nada... O carácter é teu e a consciência também!
- A minha consciência é descartável.
- Estou a ver. Também queria uma assim.
- Mas olha que tens. E se não tivesses, dava-te a minha. Tudo o que quiseres, sabes disso.
- Tudo? Fazes mesmo tudo?
- Tudo! Menos quando é para o teu bem, claro. Isso e quebrar as leis da física. Ou algumas, pelo menos.
- Também não ia querer tudo, já te disse. E tu também não devias...
- Hum... E se eu afinal só quiser uma coisa?
- Uma coisa?
- Sim, só uma! Uma, mais que tudo o resto!
- Hum... E se eu afinal só quiser uma coisa?
- Uma coisa?
- Sim, só uma! Uma, mais que tudo o resto!
- E o que é?
- Tu sabes...
- Ei! Assim não vale. É batota!
- Gosto tanto! Sabes?
- Sei...
- Ei! Assim não vale. É batota!
- Gosto tanto! Sabes?
- Sei...
Sem comentários:
Enviar um comentário