Paradoxo da Baixa
Na Baixa de Coimbra fechou a mítica Valentim de Carvalho. Há lojas de roupa em liquidação total. Outras lojas que se trespassam. Prédios com grandes cartazes de "Vende-se".
Na Baixa de Coimbra aguentam-se os bancos e as farmácias e os quiosques de gente mal-encarada que há 25 anos, pelo menos, assegura antipatia diária.
Na Baixa de Coimbra, os sapatos, em saldo, anunciam-se a preços de Paris e Nova Iorque e os donos das sapatarias queixam-se da crise.
Na Baixa de Coimbra os políticos dão entrevistas e falam em defesa da Baixa, enquanto preparam a mudança do Tribunal para a outra margem.
Na Baixa de Coimbra os edifícios históricos estão abandonados e há uma empresa, que existe há anos mas só serve para pagar altos salários a boys, a deitar prédios abaixo.
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