O dia menos romântico do ano
Faz amanhã seis anos que passei o dia de S. Valentim em ambiente internacional. Uma amiga americana, com quem jantei nesse dia, no tabuleiro habitual da cantina trouxe, excepcionalmente, dois pacotes de vinho, daqueles foleiros ao estilo Camilo Alves (com o devido pedido de perdão ao homónimo blogger, que muito aprecio). E embebedou-se. Ali mesmo na cantina. Explicou ela que era tradição, dela e das suas amigas, festejar assim o dia de S. Valentim, nos anos em não tinham ninguém especial com quem o partilhar.
O dia de S. Valentim é de facto algo de terrível para quem não tem um Valentine. É mesmo algo de contraproducente em relação à ideia que dele se tem. Todos achamos que este é um dia em que o amor acontece. Pois na verdade o amor só acontece neste dia para aqueles a quem já aconteceu. Os outros, mesmo que tenham vontade de sair com alguém do sexo oposto (para os leitores mais recentes, este blog é, de forma assumida, politicamente incorrecto) ficam naquela dúvida do “será que ele/ela vai pensar que isto é um convite romântico? Se calhar o melhor é deixar para outra altura…” Estes, portanto, estão condenados a passar o dia sozinhos ou com companheiros de longa data. Também sozinhos, claro. Para eles, este é, garantidamente, o dia menos romântico de todo o ano.
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