Era um fino, por favor!
O governo quer acabar com a venda de cigarros e álcool junto das estradas e dentro da generalidade dos serviços públicos. Para além de saber se as Queimas das fitas poderão daqui em diante ser patrocinadas por cervejas, interessa-me perguntar qual é o sentido de ter a selecção nacional de futebol patrocinada por uma marca de finos.
Este esforço do governo, parece que se insere numa ideia maior de promoção de hábitos de vida saudável. Hábitos esses que na óptica do governo passam pelo incremento de uma melhor dieta alimentar e pelo aumento da prática desportiva. Ora, em relação à melhor dieta, é necessário que as pessoas quando vão ao supermercado possam escolher entre 4 hambúrgueres a um euro e meio e o peixe fresco a cinco euros a posta. Ter um salário melhor é ter uma alimentação mais saudável.
E depois há o desporto. Nas declarações do próprio primeiro-ministro à Antena 1, este depois de anunciar a preocupação em promover a prática desportiva, logo se retirou a ele próprio dessa possibilidade. Mas há mais, se os exemplos devem vir de cima, como entender que um homem, que parece estar sempre na iminência de um ataque de apoplexia fulminante seja, ele próprio, o secretário de estado do desporto.
O problema de fundo de Portugal não são cigarros, as imperiais, ou como a contra-mão na auto-estrada, como dizia hoje Luís Delgado; o problema deste país são os salários baixos.
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