segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Governo: resignação ou revolução?

Este fim-de-semana estive em conversa com dois amigos que votaram neste governo e que continuam a ser seus defensores. Em conversas separadas. Os argumentos que eles utilizaram para defender o executivo de Durão, Manela e Cia., apesar de concordarem que ele é péssimo, foram dois e os mesmos:

1.º argumento: não vale a pena mudar porque um governo do PS seria igualmente mau;

2.º argumento: os governos anteriores arranjavam ainda mais empregos para os seus boys do que este.

O pior de tudo isto é que eu concordo com o primeiro argumento e não consigo afirmar convictamente que o segundo é falso.



Consigo, no entanto, dizer que este governo é péssimo, corrupto, desonesto e deve ser derrubado. E se o primeiro dos argumentos apontado é verdadeiro, então que se derrubem sucessivamente todos os governos do país, até que apareça alguém honesto. Já não se exige competência técnica neste momento. Apenas honestidade.



Por outro lado, eu, que sempre me considerei moderado, eu que até já votei no centro-direita, revejo-me cada vez mais nas palavras de uma amiga que há dias me dizia: "eu estou pronta para apoiar uma revolução em Portugal".



Quando estivermos prontos para a fazer, quando estivermos prontos para partirmos a cara a estes senhores que arranjam empregos de 800 e 1000 contos aos seus meninos e à sua família, então poderá haver esperança para Portugal.

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