"... na saúde e na doença.."
O Vaticano tem a melhor diplomacia da civilização ocidental. As razões são várias. Alta competência técnica dos funcionários, conhecimento profundo do ambiente social, dedicação total das chefias e principalmente uma disciplina de ferro. Se a estas características juntarmos 2000 anos de experiência não será difícil concluir que a diplomacia do Vaticano poria qualquer estadista do século XX num chinelo.
Hoje, é possível observar como toda esta experiência nas relações entre estados é posta ao serviço das razões de estado do Vaticano. Hoje a igreja católica mais que expandir-se quer conservar-se. E para isso usa a doença do Papa. De facto, todos os dias há uma pequena referência ás ligeiras alterações que a saúde do Papa sofre. Assim ontem, foi o Papa que não conseguiu acabar um discurso, hoje, devido a súbitas melhoras até já leu em alemão.
Dentro desta lógica de vai e vem do estado de saúde do Papa, chegou a notícia de algumas melhoras do Papa, pois este conseguiu aplaudir o Hino da alegria. Ora, que coincidência o Papa ter conseguido bater as palminhas a uma música que não é mais nem menos que o hino da Europa.
Numa altura em que se discute se o acervo cristão deve ou não ser escrito na constituição europeia aquelas palminhas são uma lição brilhante de diplomática dada pelo decano da diplomacia: o Vaticano.
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