Cale sapiens
Na passada sexta-feira, tocou em na Aula Magna em Lisboa John Cale.
Para o caso não interessa dizer a relevância que teve nos anos 60/70, quando juntamente com Lou Reed e com o alto patrocínio de Andy Warhol formou os Velvet Underground.
O concerto que teve todo o interesse inerente à música de Jonh Cale, foi no entanto acrescido pelo facto muitas das músicas tocadas, estarem na vanguarda da música que se faz hoje em dia. E esse foi o facto mais relevante deste concerto: um homem que podia se ter cristalizado em fórmulas que ele próprio inventou, opta deliberadamente pelo risco de ser, uma vez mais, vanguarda.
O que é estranho é que tenha de ser um homem com 62 anos que encabeça essa vanguarda. Então, e a juventude? Não devia ser ela, que pegando nas fórmulas do passado as devia alterar? E porque é que não as não altera? Hoje, na música como em muitas outras coisas, a geração que tem poder está mais velha que a geração que a antecedeu. Porquê?
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