A Europa de Berlusconi
Não há muito tempo, um dos mais destacados membros da administração americana, classificou uma certa Europa como a "velha Europa". A velha Europa a que se referia a administração americana é a Europa filha de Roma e da Grécia. Esta Europa que partilha de algum modo os valores do iluminismo e da revolução francesa incomoda o secretário de estado de defesa americano porque mostra não estar disposta a ser colonizada economicamente pelo tio Sam. E isto é assim, porque sabe que, de forma alguma a sua indústria, agricultura (não transgénica) ou armamento pode fazer frente aos E.U.A. Há no entanto, uma Europa que consciente dessa incapacidade, entende que se se associar aos Americanos poderá voltar a sentir os benefícios dos impérios perdidos na segunda metade do sec XX. Ora é aqui que entra Berlusconi. Berlusconi parece representar essa nova europa desejosa de mercados e de petróleo e em necessária contradição como uma certa visão ética da actividade politica. Quando se repetirem os próximos incidentes entre Berlusconi e outros estados europeus, mais interessante que os analisar em si mesmos, será avaliar as explicações que os justificarão.
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