A queda de um génio
As acusações de plágio, justas ou não, podem bem ter acabado com o estatuto de génio da escrita que era atribuída a Miguel Sousa Tavares depois do êxito do livro Equador.
Não por causa do plágio em si, que os portugueses, por natureza, até nem acham isso mal. Já dizia aquele poeta castiço do Herman, o do "fui ver, era o Octávio", que se não copiasse um bocadinho não tinha tempo para outras coisas.
O problema de Sousa Tavares é que os intelectuais da terra, não tendo sido suficientemente intelectuais para perceberem que já tinham lido aquilo em qualquer lado, vão agora assobiar para o lado e fingir que nunca chegaram a ler o Equador. Pela única razão possível: não perdem tempo a ler obras menores.
E assim se passa de génio a autor menor...
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