Um passo confuso na direcção certa
Um despacho do Ministro da Saúde define que "o exercício de funções dirigentes em entidades privadas prestadoras de cuidados de saúde, por profissionais de instituições integradas no SNS, independentemente da sua natureza jurídica, é passível de comprometer a isenção e imparcialidade com o consequente risco de prejuízo efectivo para o interesse público".
Mais valia assumir de vez que o SNS só pode funcionar convenientemente quando todos os seus profissionais estiverem em exclusividade no sector público. Porque é verdade, como diz o Ministro, que "ninguém pode servir dois amos de forma igualmente fiel" e a fidelidade, neste caso, é jurada ao privado.
Mas é um passo na direcção certa, o que já é muito bom nos tempos que correm. Virão os corporativistas da Ordem e dos sindicatos acenar com o fantasma de que os melhores médicos sairão para a privada. Mas alguém está disposto a pagar consultas na privada a médicos que não trabalhem no sector público?
Quanto vale, por consulta, a referência "Director do Serviço X dos Hospitais da Universidade de Coimbra"?
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