terça-feira, novembro 01, 2005

João Deão 37


E, no momento, em que João abriu a porta do quarto onde Isabelle dormia, quando a luz do corredor iluminou o ultimo milímetro de tecido da ponta do lençol que tocava no chão, a prostituta acendeu um cigarro na mão de um ex-presidiário que por tique nervoso pisca muito os olhos e, recordou o que segue:
A venda por atacado de cona, cu e mamas na via publica não é pêra doce. Há as esporradelas-lancetas vazadoras de vistas, os perigosos barrotes abrasadores de cus, e os democráticos indicadores esgarabulhões. Se com os últimos posso bem, da cegueira por beita e da esfolação marsapial dos folhos do cu, confesso ter um certo receio. A puta de esquina, para se defender não precisa de cascos pintados, do pudor da puta casada, ou da promiscuidade da puta de igreja. A puta de esquina precisa apenas de duas brutais gambias, de umas tetas práticas, e de dominar medianamente a arte da cabeçada de cona: potente projecção da zona púbica para a frente, com ou sem kiay. Eu aprendi quando um primo me lambia, e a despropósito me deu incisivos no treçolho abaixo do montinho pentilhoso. Um golpe curvo partiu-lhe o pescoço. A c3. Com um mineteiro paraplégico entre pernas a arregalar-me muito os olhitos para lá da carqueja, e com o talo dorido, puxei-lhe o cabelo da nuca para lhe tirar o focinho da rata. Recordo que pestanejava muito.

Passa um carro a toda a brida. Lá dentro, o rádio grita: Pa-Pa-Pa-Geno, Pa-Pa-Pa-Gena

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