Portugal tem futuro
Enquanto políticos, economistas e cidadãos em geral se desdobram em comentários sobre os perigos que representam a China e a Índia para o nosso país, chorando pelas fábricas que se deslocam para aqueles países, uma luz intensa parece surgir ao fundo do túnel da economia portuguesa.
É verdade que muitas indústrias e mesmo alguns serviços têm sido passados para a Ásia. Não é menos verdade que outras empresas têm sido transferidas para a Suécia, para a Finlândia ou para a Alemanha. Portugal parece, assim, ter sido apanhado a meio caminho nesta revolução tecnológica. Não somos suficientemente pobres nem suficientemente desenvolvidos para atrair investimento estrangeiro.
Mas o tempo joga a nosso favor e a estratégia de desenvolvimento que tem vindo a ser seguida nos últimos anos deverá dar resultados. Daqui a dez ou quinze anos a China e a Índia, fruto do seu actual crescimento, terão já empresas competitivas a nível internacional, que quererão instalar filiais na Europa. As empresas dos países do primeiro mundo, preferem ter as suas filiais europeias instaladas nos países nórdicos, na Alemanha ou na Irlanda, pois não conseguem viver sem eficiência e transparência.
Mas às empresas asiáticas interessará sobretudo o baixo custo e um pouco de promiscuidade com a classe política não será de todo mal vinda. Neste cenário Portugal reune todas as condições para garantir que uma parte significaticva do investimento asiático na Europa se instale por cá:
-Salários baixos;
-Grande quantidade de recibos verdes e contratos a prazo mesmo quando essas situações não se justificam;
-O direito à greve no sector privado só é exercido em empresas em situação de falência;
-99 em cada 100 portugueses pensam que a greve só deve ser feita quando não prejudicar ninguém;
-Altos índices de corrupção.
O investimento chinês será nosso! Portugal tem futuro!
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