terça-feira, outubro 04, 2005

João Deão 31


Dona de papudos beiços, treçolho enorme e fartas cerdas, vim-me pelo nariz e estreei piça na glote na mesma tarde de vindimas. Uns tratavam da bucha: eu dava caralhinho juvenil à cona esfaimada. Escarranchada de cócoras, em cima do rapazote que com o polegar quase me inaugurou o cu, cheirei marsapo vetusto por perto. "E o que fazes ao meu netinho, sua porca?" Como se seguram os cachos de uvas antes do corte, assim aparei os colhões do avozinho da criatura que me areava o cono. Desapertei as calças de sarapinheira seguras por uma corda e, abocanhei inteira e de só trago, toda essa massa de pele que lhe caia abaixo do umbigo. Cheia a boca do corpo de piço viçoso de neto, e a boca da cara, de piço macilento de avô, decidi que estava na altura de me vir. Porém, as pregas mortiças que tinha na boca, começaram a fermentar. Um cepo de velho intumescia contra meu palato e, não tendo para onde medrar, esgueirou-se-me garganta abaixo, cortando-me a respiração. Fiquei da cor do vinho e sem vontade de me vir. De igrejo caralho encravado na garganta, e de pila noviça a esbodegar-me a cona, meti frenética, indicador no cu do velho para que se viesse nesse instante. Com os movimentos bruscos, o neto desferiu esguiços lancinantes e o avô pingões de torneira mal fechada. Ainda hoje, quando gargarejo, sento o mofo que sua esporra deixou no meu nariz.

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