Rituais de iniciação tribais
Pegue-se num grupo heterogéneo de familiares e amigos, solteiros e casados, uns quantos míudos, um padre, um DJ ou uma banda, um forógrafo, alguns criados de mesa e cozinheiros. Escolham uma capela e um recinto coberto localizado em algum recanto aprazível. Enfarpelem todas as pessoas reunidas a preceito e de acordo com os papéis a desempenhar na trama. Juntem comida e bebida em doses generosas. Agitem um pouco os ingredientes, de início com um pouco de religião ou formalidades legais, de seguida com alguma conversa de circunstância e cumprimentos a gosto. À medida que as inteacções sociais da praxe o permitam, sentem-se os convivas criteriosamente agrupados em mesas e sirvam a citada comida e bebida. Temperem tudo com música, de início qualquer coisinha calma e melódica que pode evoluir lentamente para ritmos mais exigentes e tropicais. Quando tudo estiver no ponto de caramelo, os noivos estão prontos para iniciar uma vida a dois, que se espera feliz, e os paizinhos já estarão arrependidos de terem comprado tanto álcool ao verem aquele amigo dos filhos que eles sempre olharam de lado, enrolado numa toalha de mesa com uma terrina na cabeça e pendurado no lustre da sala a cantar "Conan o homem rã" aos berros...
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