A estudantada foi fácil de vergar...
Os estudantes tiveram oportunidade de ir até ao fim com a luta por uma educação universal, gratuita e de qualidade, para isso bastava terem sacrificado a festa. A sua festa era sacrificável, em nome desses princípios; mas não, já nenhum dos estudantes candidatos à Associação Académica de Coimbra quer o luto. E, desconfio, que o actual presidente, só o propôs porque sabia que não ia candidatar-se nas eleições e que por isso, não corria o risco de o ter de cumprir.
Mais uma vez a luta contra as propinas serviu muito mais os interesses dos dirigentes associativos que se querem promover à custa de manifestações com 10 000 estudantes, do que os princípios de uma educação de qualidade, gratuita e universal.
Hoje as manifestações não passam de rituais que os universitários acham que devem passar, para tentarem macaquear a geração anterior. È pena que os jovens universitários pensem que estão a imitar o Maio de 1969 e não compreendam se o quisessem fazer teriam de ser bastante mais radicais.
A justificação: quem precisa de justificação quando há Sagres a 50 cêntimos. Mas até pode ser que exista uma justificação, e até pode ser que a maioria dos que hoje frequentem o ensino universitário apenas gostem da ideia de usar uma fatiota preta e desfilar com os copos nas ruas das cidades. Tudo, claro, sem nunca pisar muito o risco.
A verdade, é que se o ensino universitário era antes do 25 de Abril frequentado por uma elite, hoje, isso não é mais assim. E isso é bom e isso é mau.
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